Sexta-feira, 03.09.10
Post 019 do blig
Data da publicação: 16/04/2010 00:05
A FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) criou o IFDM – Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal – para retratar alguns aspectos da qualidade de vida dos moradores de um município. Basicamente, o índice se compõe de variáveis que tratam do acesso e da qualidade da educação, da atenção básica da saúde e da capacidade de gerar emprego e renda. O levantamento é baseado em informações oficiais de três ministérios repassadas pelas prefeituras. Foram pesquisados os 5.560 municípios brasileiros. O IFDM é anual, diferentemente do IDH-M que é decenal (censo do IBGE), o que permite que se façam análises comparativas tanto absolutas como relativas. Apresentaremos abaixo o estudo de 2009 feito com base nos dados de 2006.
Nosso município apresenta IFDM igual a 0,6762. Este índice é considerado ”moderada qualidade de vida”. Está em 1459º no Brasil e 49º no estado do Rio de Janeiro.
O IDH-M do IBGE de 1991 era igual a 0,6890. Búzios estava em 1475º no Brasil e 40º no estado.
Em 2000, o IDH-M era 0,7910, o que colocava Búzios em 785º no país e 12º no estado.
Conclusão: Búzios teve uma grande melhoria na qualidade de vida de sua população,relativamente aos outros municípios, de 1991 até 2000. Nesse período, Búzios praticamente não recebia royalties. De 2000 até 2006, época em que mais recebeu royalties, regrediu, praticamente voltando à situação anterior. Isso prova, definitivamente, que os recursos dos royalties foram muito mal empregados em Búzios ou, pelo menos, que eles não foram utilizados para a melhoria da qualidade de vida da população.
Curiosidades:
Macaé tem o melhor IFDM do estado do Rio de Janeiro (57º no Brasil). É seguido pelos municípios de Niterói, Volta Redonda e Rio de Janeiro.
Da nossa Região Costa do Sol, Quissamã é o melhor colocado (15º no estado). Rio das Ostras vem em seguida (17º). Depois vem Araruama (20º), Saquarema (22º), São Pedro da Aldeia ( 28º), Cabo Frio (34º), Casemiro de Abreu (43º no estado). Todos estes municípios apresentam índices superiores ao de Búzios. Atrás de Búzios estão Maricá (55º no estado), Carapebus (66º), Arraial do Cabo (68º) e Iguaba Grande (80º).
Meu comentário atual:
Teremos um novo IDH-M do IBGE agora, em 2010. Acredito que ficará comprovado que retrocedemos nos quesitos educação, saúde e emprego. Vamos aguardar.
019-178
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Sexta-feira, 03.09.10
Post 018 do blig
Data de publicação: 15/04/2010 - 21:22
Durante a campanha eleitoral de 2004 o prefeito Mirinho Braga fez uma série de alertas sobre o significado da possível eleição de Toninho. Disse que ele estava “comprometido com todo tipo de coisa ruim nesta cidade (coordenadores de sua campanha)… A nata de sua coordenação, com certeza, são pessoas envolvidas com outros interesses, como a mudança da lei do uso do solo… Se o prefeito de Búzios for desonesto, ele pode ficar milionário com a mudança na lei do uso do solo, é só ceder a estas pressões… É preciso impedir a venda de Búzios.Venderam em 1996, em 2000, e não entregaram… agora (2004) estão tentando vender de novo”. Toninho teria feito acordo para “vender a cidade” (O Perú Molhado, 06/02/2004). Conclui, fazendo um prognóstico que não se realizou: “a população buziana é politizada e não vai ser enganada por eles” (idem). A população de Búzios se mostrou muito pouco politizada, segundo os parâmetros de Mirinho: Toninho ganhou a eleição e com uma boa diferença de votos.
Depois da eleição, derrotado, continuou fazendo suas análises. Numa delas se revelou profético: “prefiro defender meus ideais em relação à cidade do que me aliar a estas pessoas (cita Otavinho como uma delas) para ganhar uma eleição e depois não conseguir governar. Vocês vão ver, o tempo vai mostrar o que eu estou dizendo aqui” (O Perú Molhado, 12/11/2004). Toninho fez um desgoverno desastroso, tantos eram os interesses da oligarquia que precisavam ser atendidos.
Três anos depois, Mirinho faz um diagnóstico certeiro das causas que impediram Toninho governar: ”o atual prefeito teve que fazer tantos acordos para conseguir a sua eleição que agora está com os pés e as mãos atados, pois tem que respeitar a turma que investiu nele e, por isso, acabou ocupando cargos na administração municipal. Sou totalmente contrário a essa troca de favores. O PDT também não aceita isso” (Mirinho, Jornal Primeira Hora, 24/01/2007).
Conclui, apontando as consequências desses acordos “que, certamente, são impublicáveis“ : “em função de acordos feitos no período eleitoral a prefeitura foi loteada sem o menor respeito pela hierarquia ou pela ordem administrativa. Numa secretaria manda fulano, na outra beltrano e mais adiante não se sabe direito quem manda o que ou em que” (Mirinho, Jornal Domingo, 10/06/2007).
Isso tudo não estaria ocorrendo também no seu governo atual? O secretário de turismo chamou o coordenador de cultura de incompetente e não o demitiu, por que? Se o coordenador de cultura não é incompetente, quem teria que ser demitido é o secretário. Por que o senhor não fez isso?
Meu comentário atual:
Mirinho consegue explicar muito bem o governo Mirinho. Não resolve nada porque está amarrado a acordos pré-eleitorais como seu antecessor. A história se repete. E como dizia o velho Marx, agora como farsa.
018-177
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Sexta-feira, 03.09.10
Post 017 do blig
Data de publicação: 14/04/2010 17:10
Ao receber o deputado federal Fernando Gabeira em seu gabinete o nosso prefeito Mirinho Braga reclamou com razão que o governo do estado do Rio de janeiro não faz investimentos diretos na indústria do turismo. Ele (o governo estadual) preocupa-se unicamente com o turismo da capital, esquecendo-se do turismo do interior. O desabafo está registrado no Jornal Primeira Hora (JPH) do dia 13/04/2010. Mirinho lamenta que isso aconteça porque “o turismo é a nossa grande fonte de empregos e geração de renda, nossa principal indústria e queremos nos fortalecer para daqui a vinte anos não dependermos mais dos royalties de petróleo”.
Nos parece que Mirinho incorre em alguns equívocos. O primeiro, é achar que a indústria do turismo será capaz de gerar empregos para todo mundo em Búzios. Isso talvez fosse possível em uma cidade com 10 mil habitantes, mas em uma cidade com a população beirando 30 mil habitantes, isso é impossível. Que o turismo é a nossa principal indústria ninguém discute. Mas parece que– e este é o segundo equívoco do prefeito -, para ele, o turismo é a única indústria viável em Búzios. Esses dois equívocos levam o prefeito a não ver necessidade de “apoiar o desenvolvimento e a diversificação de atividades econômicas não poluentes, em especial a atividade pesqueira artesanal, a fabricação de produtos para o esporte náutico, a agricultura familiar e urbana, o artesanato e pequenos estabelecimentos de comércio e serviços voltados à população local e aos turistas (artigo 4º, paragrafo XII, Plano Diretor)”. É por causa dessa visão equivocada que não temos até hoje em Búzios um entreposto pesqueiro, um mercado municipal para o produtor rural e o mercado do artesão inaugurado. E é imperdoável, para quem diz defender tanto o turismo de Búzios, não ter construído até hoje um hotel escola na cidade.
Comentários (3):1.15/04/2010 às 1:01
Julio Medeiros disse:
Com certeza Luiz, o Prefeito continua a administrar problemas e não solucionar, o que seria o certo.
Fica mais fácil arranjar culpados , seja no governo estadual ou federal.
2. 15/04/2010 às 10:45
Michael disse:
O orçamento municipal de 2010 demonstra em valores o quanto a administração se preocupa com o Turismo; isso sem falar nos orçamentos anteriores…
3. 18/04/2010 às 7:51
j mathiel disse:
RESIDO EM CABO FRIO, SOU GUIA DE TURISMO, E, HÁ VÁRIOS ANOS, NÃO VOU AO TERMINAL DE ÔNIBUS DE TURISMO…
Meu comentário atual:
Ou é incompetência ou é preguiça. Dizer que busca o turismo de qualidade para dar emprego para todos em Búzios é fácil. Basta mandar o secretário de turismo ficar viajando e participando de feiras e esperar o tal "turismo de qualidade". Eu quero ver é arregaçar as mangas e criar uma matriz econômica nova. Os municipios vizinhos pelo menos estão tentando. Rio das Ostras criou as ZEN - Zonas Especiais de Negócios. São Pedro da Aldeia, o Polo de Distribuição. Cabo Frio, a Indústria da Moda Praia. Saquarema, um Polo Industrial.
017-176
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Sexta-feira, 03.09.10
Post 016 do bligData da publicação: 13/04/2010 01:15
016-175
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Sexta-feira, 03.09.10
Post 015 do blig
Data de publicação: 12/04/2010 21:34
Toninho tira onda com a câmara de vereadores dizendo que eles lhe deram um “título de idoneidade” e que reconheceram seu “excelente trabalho”. Nunca antes na história de Búzios uma conta de gestão foi aprovada por unanimidade! Ao votar pela aprovação das contas de 2008 – último ano da administração Toninho – os vereadoes da base (?) de Mirinho deixaram o seu governo com saia justa. Como justificar a “herança maldita” usada para explicar a completa inação governamental de 2009? A dívida herdada de mais de R$ 30 milhões – o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal – que o governo vivia alardeando nunca existiu, pelo menos para os vereadores da base. Ou seja, o governo Mirinho, para eles, passou o ano inteiro mentindo para a população.
Na realidade, os fatos são outros. Quem ler a ata da 88ª sessão ordinária do TCE-RJ (
http://www.tce.rj.gov.br/) do dia 10/12/2009 em que foi discutido o parecer prévio contrário do relator José Gomes (JGG) vai ficar sabendo que Toninho deixou sim déficit financeiro – considerado como uma irregularidade, entre outras. As outras são: má utilização dos recursos dos royalties e uso indevido de verbas do programa de saúde de família. Além destas irregularidades, o relator apontou 17 impropriedades. Os conselheiros Jonas Lopes (JLCJ) e Aluisio Gama (AGS) revisaram o relatório transformando as irregularidades – má utilização dos recursos dos royalties e déficit financeiro – em simples impropriedades. Na questão do déficit, os dois conselheiros foram convencidos pela defesa de Toninho de que ele se esforçou durante os quatro anos de governo para pagar o déficit herdado de Mirinho. Mesmo assim, os dois defenderam a rejeição das contas, saindo vitoriosos por 3X2.
Então como explicar a posição dos vereadores? Uma pista o próprio prefeito dá na entrevista. Ele diz que nestas eleições vai apoiar Adrian Mussi do PMDB e Marcos Abraão do PT do B. O vereador Lorram – presidente da Comissão de Finanças e Licitação que elaborou o parecer – é filiado ao PT do B. Como o mandato é do partido (fidelidade partidária) …
Em tempo: no mesmo jornal o vereador Lorram afirma erroneamente que o relator das contas de Toninho de 2008 foi o conselheiro Júlio Rabello. O relator foi José Gomes Graciosa. Para um presidente de Comissão é um erro grave. Pior ainda: afirma existir um conselheiro/relator, um conselheiro relator/revisor e um conselheiro/revisor. Na verdade só existe o conselheiro relator sorteado para cada processo. Ao discordar do relatório apresentado qualquer conselheiro pode fazer revisão dele.
Comentários (1):
1. 14/04/2010 às 14:19
luiz do pt disse:
Encontrei o vereador Lorram no trânsito. Eu teria dito que foi ele o relator do parecer da Câmara, o que não é verdadeiro. Na verdade, o que eu disse é que ele é o presidente da Comissão que elaborou o parecer. Mesmo tendo um relator (que todos sabem ter sido o vereador Leandro) o parecer é oriundo da Comissão. Esperando ter esclarecido, agradeço o acesso ao blog.
Meu comentário atual:
Toninho teve três contas julgadas nesta legislatura. A primeira conta - de 2006- foi reprovada pelos vereadores. Parece que o calor da disputa eleitoral ainda estava muito presente. Também parece que um ser muito vingativo trabalhou para dar o troco. Depois de ter conseguido que o ex-prefeito passasse pelo que ele passou - e que ainda passa- liberou os seus para votar como quisessem. Talvez seja só por isso que Toninho teve duas contas completamente irregulares aprovadas. Isso são só hipóteses. Circulam boatos sobre outras hipóteses não muito republicanas. Talvez só boatos.
015-174
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