Da esquerda para a direita: vereadores Genilson, o novo presidente Joãozinho Carrilho, Evandro e Joice. Na outra foto, faixa de apoio aos vereadores de oposição.
O novo G-5 (Joãozinho, Joice, Genilson, Evandro e Nobre) formou-se pela negativa: nenhum de seus membros queria mais um legislativo submisso ao executivo. Em sua justificativa de voto, o vereador Genilson disse que o grupo não queria que a câmara fosse mais a "câmara do amém". O novo presidente, Joãozinho Carrilho, afirmou que o propósito maior do grupo é "independência e autonomia".
Como o G-5 de 2006, do qual também participou o vereador Genilson, o novo G-5 não tem um projeto político que paute sua atuação parlamentar. O velho G-5 pelo menos falava em realizar "a fiscalização dos atos dos governantes de nossa cidade, fazendo cumprir e respeitar a legislação municipal, estadual e federal" (OPM, 8/12/2006). Este novo G-5 nem isso fala. Sabemos que o que une o grupo é uma grande insatisfação com o governo Mirinho e o modo como ele se relaciona com a câmara. Dizer que vão fazer o que for bom para a sociedade (vereador Genilson) não quer dizer nada. O G-5 de 2006 também dizia isso e não vi nada de bom ter sido feito para a sociedade buziana, a não ser a derrubada da taxa de iluminação pública. CPIs funcionaram e também não deram em nada. No mais deve ter sido muito bom para os cinco, a começar pelos cerca de 30 cargos do legislativo que, por sinal, o novo G-5 já está de olho. Concurso público (na câmara) que é bom para a cidade, vai ficando pra depois. Bem depois. O quanto se puder adiar, vai-se adiando, mantendo-se o empreguismo costumeiro.
Em seu discurso, o vereador Lorram rebateu ao vereador Genilson dizendo que a câmara atual não é a câmara do amém e deu alguns exemplos comparando com a câmara da legislatura passada. Isso dá uma boa discussão- comparação de todas as legislaturas-, mas não é o momento. O importante do seu discurso foi o alerta que fez quando disse que não permitirá que se transforme a atual câmara em uma "câmara de negócios". Vamos ficar de olho.
Como sugestão para a nova mesa diretora aí vai uma lista de reivindicações feitas no post "Excelência é o povo" que, fiquei sabendo depois, muito irritou o atual presidente Messias:
1) Horário das sessões às 18:00 horas. Acabar com esta esquizofrenia de sessão de manhã e sessão à noite. Isso não existe em lugar nenhum do mundo!
2) Criação de um site atualizado da Câmara, onde fosse possível acessar o banco de leis municipais e algum tipo de interatividade com a população. É uma vergonha uma Câmara de vereadores de uma cidade internacional como Búzios não ter um site ativo.
3) Transmissão online via internet pelo site da Câmara. Existe uma resolução (401) de autoria do vereador Alexandre Martins que torna obrigatória a transmissão do áudio das sessões pelo internet. Isso é lei desde 22/06/2006!
4) Transmissão radiofônica das sessões. Quem não pudesse ir à Câmara ouviria a sessão em casa.
5) Câmara itinerante de dois em dois meses. Isso já é lei desde 3/08/2004 (resolução 263). Vossas excelências criam leis para vós mesmos não cumprirem!!!
6) Construção da sede própria. É um absurdo continuarmos, depois de 12 anos de emancipação, pagando aluguel. São mais de R$ 150.000,00 por ano. Havia uma dotação de R$ 300.000,00 no orçamento até 2006, que a mesa diretora ( Genilson, Alexandre, Messias e Flavio) do biênio (2007-2008) retirou para criar quase 30 cargos, muitos deles ocupados por parentes seus (dos veredaores).
7) Concurso público urgente, pois de 76 cargos a Câmara só têm 5 concursados. No orçamento da Câmara deste ano não se tem nenhuma previsão de concurso. Vamos continuar fazendo loteamento político da função pública, preenchendo estes cargos unicamente pela barganha política ou pela vassalagem?"
Ver:
"Eleição para a presidência da câmara de vereadores 2011-2012 I"
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"Os Policiais do Estado do Rio de Janeiro, receberam hoje a Gratificação Extraordinária no valor de 500,00 (quinhentos reais) , concedida pelo governador através do decreto Nº 42.732 de 06 de Dezembro de 2010 pelo esforço excepcional realizado pelos profissionais da área de Segurança no combate a criminalidade.
No decreto diz que todos os policiais que participaram direta ou indiretamente das operações de segurança, e que estavam trabalhando nos meses de novembro e dezembro fariam jus ao benefício. Porém no 25º BPM em Cabo Frio, e em outros batalhões do estado, alguns policiais tiveram uma surpresa desagradável ao perceberem que a quantia não havia sido depositada, e após indagarem o motivo, fora informado que os policias que encontravam-se de IFP, que são aqueles que não podem ser empregados no serviço de rua por motivo de doença não fariam jus ao abono. Porém durante os ataques ocorridos por uma facção criminosa na capital e em Cabo Frio que foi notícia no mundo inteiro, esses policiais julgados incapazes pela corporação, permaneceram de prontidão nos batalhões, dando apoio logístico , administrativo, e até operacional se preciso fosse.
Segundo relato desses policiais que não quiseram se identificar temendo represálias, os mesmos entrarão na justiça contra o estado, para receberem o benefício uma vez que foram escalados para o estado de prontidão e permaneceram dentro das unidades militares dando total apoio para os que estavam no fronte.
Vale lembrar ainda, que esses policiais que para a corporação são julgados incapazes, um dia serviram nossa sociedade, e em muitos dos casos encontram-se hoje incapacitados de exercerem o serviço de rua devido em sua maioria vitimados por doenças ocupacionais adquiridas ao longo de sua intensa jornada de trabalho. Estes homens merecem respeito da sociedade e principalmente do estado, pois não podem jamais serem alvos de discriminação por estarem doentes. Doenças estas que em sua maioria foram adquiridas no próprio serviço insalubre que realizam diariamente defendendo nossa sociedade muitas vezes com o sacrifício das próprias vidas.
Excelentíssimo senhor governador Sérgio Cabral reveja essa situação com muito carinho, pois o senhor sempre diz em seus discursos que é contra a qualquer tipo de preconceito ou discriminação; Não pode deixar que isso ocorra dentro da polícia. Todos os policiais estavam contando com este abono para proporcionarem um Natal melhor para suas famílias, mesmo os julgados "incapazes", e levaram um banho de água fria ao descobrirem que " não teriam direito" ao benefício no dia do pagamento?! Porque que não avisaram no dia que entraram na prontidão que não teriam direito?!"
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