Segunda-feira, 23.05.11
Saiu mais um número do jornal chapa-branca "O Nosso Jornal". Vem, sem a menor vergonha na cara, com sete fotos do prefeito, duas do filho e uma da esposa. Loas e mais loas são tecidas, impunemente, ao governo nas suas seis páginas, como se nosso município não tivesse leis.
É um jornal "do prefeito" porque feito por assessores do prefeito. O jornalista responsável Elízio Figueiredo, os dois fotógrafos, Sérgio Quissak e Ronald Pantoja, e o autor da receita culinária, Ginho Quintanilha, são assessores do "home". Elizio e Quissak são assessores com salários de R$ 2.941,00. Pantoja e Ginho, assessores II, com salários de R$1.938,00.
O cartunista também é público, ou melhor, funcionário público. É o senhor Micheângelo. Consegue trabalhar no jornal "O Nosso Jornal", no Primeira Hora e na prefeitura como coordenador da unidade de cultura, ganhando R$ 3.740,00. Eta vida dura!
Então, fazendo as contas, o jornalzinho sem vergonha custa aos cofres da viúva a bagatela de R$ 13.498,00 por mês. O que dá R$ 167.376,00 por ano, do meu, do teu, do nosso rico dinheirinho. É mole!
Além de tudo, tamanho gasto ainda serve para deseducar o povo buziano. O expediente trás esta pérola: "O Nosso Jornal não mente nem destorce (sic) os acontecimentos".
E o editorial tem que entrar para os anais do que há de pior no jornalismo: "uma cidade como Armação dos Búzios, (sic) tem (sic) peculariedades distintas, que em outros municípios não tem (sic), vou citar Cabo Frio com sua larga extensão territorial, por exemplo, lá o prefeito não administra o ramo de hoteleiros e pousadeiros, lá não existem como aqui existem. Em outras cidades os prefeitos não administram determinados moradores de uma 'Classe A', pois lá não existem em números como aqui". Prefeito administrando morador! Nada mais claro! Que horror!Ver: "Imprensa buziana 1" 458
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Segunda-feira, 23.05.11
No último BO (nº485), de 20/05/201, foi publicado o extrato do contrato 34/2011 entre a prefeitura e a RBJ Planejamento e Incorporações Ltda para "serviços de reforma da quadra da Fundação Bem Te Vi para o Projeto Escola em Tempo Integral" no valor de R$ 137.964,50. Processo nº 3340/2011.
Em 2006, o senhor Ruy Borba, em sua coluna "Observatório", sob o pseudônimo de Tiago Ferreira, ao criticar o valor da quadra de esportes construída em Cem Braças pelo governo Toninho Branco, quando foram gastos R$ 680.000,00, afirmou que na Fundação Bem Te Vi foram construídas 5 quadras esportivas pela Lisonda- "a mais abalizada empresa de instalações e equipamentos esportivos do país"- por R$ 450.000,00 (coluna Observatório, Jornal Primeira Hora, 20/06/2006).
Se 5 quadras custam 450 mil reais, uma quadra custa 90 mil. Como é que se explica que uma simples reforma em uma delas custe 47 mil reais a mais? Isso sem se falar no possível aditivo futuro de praxe. Não era melhor ter chamado a Lisonda para fazer uma quadra nova? Por esse preço ela construiria uma quadra e mais 1/2 de lambuja.
Tem algo errado aí, secretário!
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Segunda-feira, 23.05.11

Assim se expressou Mário Flávio Moreira, secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal Lagos São João, em comentário enviado à revista CIDADE ONLINE, reagindo ao artigo nela publicado com o título “Na rota do esgoto”; “Resposta ao Alienado Ernesto Lindgren. Ter, 17 de Maio de 2011 21:38 (Mario Flavio Moreira) Prezado Lindgren, Solicito por gentileza que não "vomite" asneiras numa conceituada revista como essa. Se você tem alguma dúvida em relação ao sistema de captação de esgoto em nossa região, nos procure no Consórcio, estarei a sua disposição para dirimir suas dúvidas. Ou procure alguem que saiba”. A resposta colunista foi “Prezado Mário Flávio. Aceito sua sugestão. Procurarei alguém que saiba”.
O xingamento (alienado = doido, enlouquecido) é coisa vulgar e deve ser descartada. A tentativa de censura é inadmissível.
Há razão para o protesto de Mário Flávio Moreira. Este colunista não dispõe de dados ou informações que confirmem que a corrente marítima está trazendo esgoto que poluiu a praia das Conchas - fato indicado por boletins do INEA - ou que poderia poluir a praia do Peró. Não pode, também, confirmar que a presença de coliformes fecais na praia das Conchas, em nível que excede o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), seja consequência de despejo de esgoto in natura na rede de coleta de esgoto em tempo seco em Búzios, um sistema ardorosamente defendido por Mário Flávio Moreira. Ocorreu, portanto, a este colunista aventar que se trata de um fenômeno inédito que está a merecer a atenção de pesquisadores, provavelmente ou certamente do CILSJ: a auto-poluição da praia das Conchas como mostra a ilustração. Talvez ocorra uma erupção de esgoto in natura, de origem desconhecida, por alguns segundos, na calada da noite.
21/05/2011
Ernesto Lindgren
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