Quarta-feira, 28.05.14
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mapadaviolência.org |
Ainda não é oficial mas já podemos adiantar que o município de Cabo Frio é a cidade mais violenta do estado do Rio de Janeiro. O Instituto Sangari que elabora o mapa para o Ministério da Justiça está na fase final de compilação os dados de 2012 para apresentar a versão 2014 do trabalho, que calcula uma taxa média com base nos dados dos anos de 2010, 2011 e 2012.
Segundo os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde tivemos neste último ano 123 óbitos em Cabo Frio por "causas externas de morbidade e mortalidade" (Capítulo CID-10: XX) (Grupo CID-10: Agressões). Considerando a população estimada em 195.197 pessoas obtemos uma taxa de 63,01 mortes por 100.000 habitantes, superior à taxa do Mapa de 2013 que foi de 54,0, quando Cabo Frio ficou como a 2ª cidade mais violenta do estado. Duque de Caxias, a mais violenta de 2013, conseguiu reduzir os óbitos de 403 em 2011 para 384 em 2012. Com isso sua taxa passou de 60,3 para 44,28 em 2012. Armação dos Búzios, que já foi a cidade mais violenta no Mapa de 2012, deverá passar a ocupar a 2ª colocação. Teve uma morte a mais do que as 15 de 2011 por "agressões". Sua taxa por 100.000 passou de 53,0 para 55,22 neste último estudo.
Vejam os dados da MORTALIDADE no estado do RIO DE JANEIRO dos últimos dois anos:
Óbitos p/Ocorrênc segundo Município
Microrregião: Lagos
Capítulo CID-10: XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
Grupo CID-10: Agressões
Causa - CID-BR-10: 104-113 CAUSAS EXTERNAS DE MORBIDADE E MORTALIDADE
Município Óbitos p/Ocorrênc
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
2012
Código - TOTAL 295
330020 Araruama 48
330023 Armação dos Búzios 16
330025 Arraial do Cabo 4
330070 Cabo Frio 123
330187 Iguaba Grande 5
330452 Rio das Ostras 52
330520 São Pedro da Aldeia 33
330550 Saquarema 14
2011
Código - TOTAL 243
330020 Araruama 44
330023 Armação dos Búzios 15
330025 Arraial do Cabo 4
330070 Cabo Frio 103
330187 Iguaba Grande 2
330452 Rio das Ostras 23
330520 São Pedro da Aldeia 37
330550 Saquarema 15
Meu comentário:
Enquanto tivermos Prefeitos que governem para 1% da população não resolveremos nenhum problema estrutural das nossas cidades. Eleitos com base em grandes currais eleitorais e terceirizações desnecessárias e caras, a maioria dos governos da Região não tem o mínimo de Capital de Investimento para resolver esses problemas. A máquina pública consome quase todos os recursos com salários dos cabo eleitorais e terceirizações para financiadores de campanha eleitoral. Adoram fazer reuniões e mais reuniões e jogar a responsabilidade pela Segurança Pública municipal nas costas do Governador de Estado e, até mesmo, da Presidência da República.
Os números não permitem que se responsabilize a política de segurança do atual governo de estado- a política das UPPs. O número de mortes violentas ocorridas em Cabo Frio no ano de 2012 (123) foi ultrapassado pelo número de mortes do ano de 2005 (127), 2007 (125), 2008 (129) e 2009 (142), quando as UPPs ainda estavam sendo esboçadas. Ocorreram mais assassinatos em 1999 (105) do que em 2011 (103).
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Quarta-feira, 28.05.14
Número de assassinatos cresceu 7,9% no país entre 2011 e 2012
DEMETRIO WEBER E ODILON RIOS
BRASÍLIA E ALAGOAS - O Brasil registrou em 2012 o maior número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde 1980. Nada menos do que 56.337 pessoas foram mortas naquele ano, num acréscimo de 7,9% frente a 2011. A taxa de homicídios, que leva em conta o crescimento da população, também aumentou 7%, totalizando 29 vítimas fatais para cada 100 mil habitantes. É o que revela a mais nova versão do Mapa da Violência, que será lançada nas próximas semanas com dados que vão até 2012.
O levantamento é baseado no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que tem como fonte os atestados de óbito emitidos em todo o país. O autor do mapa, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diz que o sistema do Ministério da Saúde foi criado em 1979 e que produz dados confiáveis desde 1980. As estatísticas referentes a homicídios em 2012, portanto, são recordes dentro da série histórica do SIM.
— Nossas taxas são 50 a 100 vezes maiores do que a de países como o Japão. Isso marca o quanto ainda temos que percorrer para chegar a uma taxa minimamente civilizada — destaca o sociólogo.
Para Waiselfisz, o Brasil vive um “equilíbrio instável”, em que alguns estados obtêm avanços, mas outros tropeçam. Os dados mais recentes mostram que apenas cinco unidades da federação conseguiram reduzir suas taxas de homicídios de 2011 para 2012. Dois deles — Rio de Janeiro e Espírito Santo — se mantiveram praticamente estáveis, com quedas de 0,3% e 0,4%, respectivamente. Os outros três foram Alagoas, com retração de 10,4%; Paraíba, com 6,2%, e Pernambuco, com 5,1%. Ainda assim eles continuam entre os dez estados com maiores taxas de homicídio do país.
São Paulo apareceu na outra ponta. Entre 2011 e 2012, registrou alta de 11,3%, mas segue ainda com a segunda menor taxa do país. Considerando um período maior, de dez anos entre 2002 e 2012, os dados de São Paulo ainda são positivos, pois houve queda de 60% em sua taxa. Nesse mesmo período, o índice do Rio caiu 50%. Na média brasileira, a alta nesses dez anos foi de 2,1%. Para o sociólogo, a análise desses dados comprova que esses dois estados tiveram êxito em suas ações de Segurança Pública, mas que ainda é preciso fazer ajustes.
— Não se pode dizer que o ano de 2012 seja uma tendência, mas é preocupante. As ações pontuais na área de Segurança Pública estão mostrando seus limites. Sem reformas estruturais que mexam no sistema penitenciário e no modelo obsoleto de Polícia Civil e Militar, não conseguiremos resolver o problema. E aí, sim, a tendência vai ser de alta — afirma Waiselfisz.
O sociólogo destaca ainda que a onda de violência migrou das capitais para o interior, na esteira de novos polos de crescimento econômico. Segundo Waiselfisz, as taxas de assassinatos em capitais e grandes municípios diminuíram 20,9%, no período de 2003 a 2012, enquanto as de municípios menores cresceram 23,6%.
Líder em violência e cobaia do plano federal Brasil Mais Seguro, Alagoas acumula 64,6 assassinatos por 100 mil habitantes. De janeiro a abril deste ano, 820 pessoas foram assassinadas (contra 765 ano passado). O secretário de Defesa Social alagoano, Diógenes Tenório, informou que só comentará os dados após a publicação do Mapa. Uma das propostas para combater o crime é a parceria da Polícia Militar com projetos sociais de redução do consumo de drogas. Segundo a secretaria, 70% dos homicídios têm a droga como pano de fundo. Outra ação é o reforço no policiamento em áreas críticas.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também informou que não comentaria o estudo por não ter tido acesso aos dados. No entanto, lembra que, em 2012, sua taxa de homicídios foi de 11,53 para cada 100 mil habitantes, na época, a mais baixa do país.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mapa-da-violencia-2014-taxa-de-homicidios-a-maior-desde-1980-12613765#ixzz331fnGMcJ
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Quarta-feira, 28.05.14
E ai, já se preparou para o Bundaço de Quinta-feira as 10 horas na Câmara dos Vereadores?
"Não é uma decisão fácil, reconhecemos.
Se por um lado a manifestação é legitima e irá arrancar aquela sensação de impotência e o grito travado em nossa garganta, por outro, colocar a bunda de fora é quase uma decisão existencial.
Bate aquela coisa da formação religiosa, da cultura, dos costumes, da estética e por ai vai.
Apesar da bunda ser cantada em prosa e verso em todo o mundo, compor temas de artistas plásticos, inclusive em Búzios e ser um tema elencado como objeto de desejo na preferencia nacional entre as matizes de nossa diversidade sexual, é uma decisão extremamente arrojada.
Como manifestação de cunho popular, pouco exercitada em Búzios, jamais poderia ser imposta.
Primeiramente deve ser aceita e entendida, como um ícone contra a tentativa dos políticos locais em nos tornar reféns desse grande Bundalelê que campeia na politica de Armação dos Búzios.
Por isso, não se aflija, sua participação deve ser rebelde na presença, porém, respeitando-se os limites de cada um.
Assim sendo e dentro do humor característico que vem marcando as manifestações na cidade, propomos uma solução que irá acabar com suas angustias ao olhar no espelho e avaliar o tamanho de tanta exposição.
Apresentamos o Kit Bunda Galego, com ele, seus problemas e suas dúvidas acabaram.
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O Kit Bunda Galego, fornecido pelas Lojas Silmer possui selo do INMETRO para sua maior segurança.
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Compareça, é a sua bunda que eles estão colocando na janela.
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Quarta-feira, 28.05.14
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Paulo Lobo, foto araruama.net |
Por contratação indireta de agentes comunitários de saúde para a execução do Programa Saúde da Família (PSF), o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) condenou o ex-prefeito do município de São Pedro de Aldeia Paulo Roberto Ramos Lobo a pagar multa no valor de R$ 10.189,20 (equivalente a 4 mil Ufir-RJ). O convênio foi firmado com a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Baixo Grande, em 2008, no valor de R$ 134.946,12. A decisão, tomada em sessão plenária, nesta terça-feira (27/5), segue voto do relator do processo, conselheiro Aluisio Gama de Souza.
Embora o serviço tenha sido prestado à comunidade, conforme prestação de contas apresentada, o ex-prefeito desrespeitou preceito constitucional ao contratar os agentes de saúde para o PSF por meio do convênio com a associação de moradores, o que resultou na penalidade aplicada pelo Tribunal de Contas.
O artigo 2º da Emenda Constitucional 51 (14/2/2006) determina que os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias somente poderão ser contratados diretamente pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, ou por meio de concurso público (para serviço permanente) ou por intermédio de contratação direta, via seleção, quando a prestação for temporária.
O prazo para o recolhimento da multa é de 30 dias a contar da ciência da decisão do TCE-RJ.
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