Anos 1950: O misterioso caso do submarino visto por pescadores na praia João Fernandes. A suspeita de que "agentes vermelhos" teriam entrado clandestinamente no Brasil pela praia de Búzios.
Anos 1950: O misterioso caso do submarino visto por pescadores na praia João Fernandes. A suspeita de que "agentes vermelhos" teriam entrado clandestinamente no Brasil pela praia de Búzios.
Eduardo José da Silva, chefe da agência dos Correios e Telégrafos de Búzios, declarou que "na noite de 8 de maio de 1953, entre 23 e 24 horas", quando pescava na praia de João Fernandes, no trecho conhecido como Ponta do Criminoso, em companhia do pescador José Gonçalves de Faria, mais conhecido como Zeca, viu, de repente, surgir um grupo de 12 homens vindos do mar. "O mais alto do grupo, um homem louro e forte", depois de perguntar, "com um carregado sotaque estrangeiro", o que faziam ali, "autoritariamente, mandou que se retirassem, acrescentando que a noite não estava propícia à pescaria".
Quando voltava para casa em seu barco "Fé em Deus", Zeca viu que alto do morro do Sarraio, um dos homens do grupo fazia sinais com um holofote para o que ele pensou ser um submarino. Não pode precisar porque anoite estava bastante escura.
Zeca enviou um ofício ao Senhor Inácio Bezerra de Menezes, diretor dos Correios e Telégrafos de Niterói. Também comunicou o fato ao 1º Tenente Francisco Alves da Silva, da agência da Capitania dos Portos de Cabo Frio. Como não fora tomada nenhuma providência, em 29 de agosto de 1953, com o Aviso nº 34, comunicou o fato ao Ministro da Marinha, Almirante Renato Guilhobel, que designou um funcionário do estado maior da Armada para fazer investigações.
A partir das matérias relativas ao "sensacional episódio" ficamos sabendo que em 1953 Búzios tinha 300 casas e 4.000 moradores.
Anos 40: Misterioso caso de guerra envolve até a polícia política de Vargas.
-Barco de guerra inglês intercepta barco alemão "WAKAMA" próximo ao Cabo de São Tomé. Logo após a interceptação a própria tripulação do "Wakama" incendeia o barco e o põe a pique. Três baleeiras do barco foram abandonadas em alto mar.
- Em uma das baleeiras foram encontrados documentos pertencentes a Joseph Argos, alemão de 42 anos, residente em Santa Catarina, casado com uma brasileira. Segundo seu sobrinho, Eduardo Argos, ele veio para o Rio de Janeiro onde embarcou no "Wakama" com destino à Alemanha.
- A tripulação do iate "Leão" quando iam de Macaé para Cabo Frio para carregar o barco de sal, próximo a Búzios, avistou uma das baleeiras abandonadas do "Wakama". Quando estavam a rebocando "uma onda mais forte invadiu a baleeira, perdendo-se tudo o que havia em seu interior". Não se sabe o que a baleeira estava transportando, mas o Wakama carregava uma "pequena fortuna": Café, Pasta de Linhaça e Banha em larga escala.
-O negociante Jacomo Tardelli comunica à Capitania dos Portos que tem em mãos uma carta de seu irmão Domingos Tardelli Filho na qual três pescadores buzianos (Manoel Gonçalves, Domingos Gonçalves e Colotário Araújo) afirmam que viram um navio flutuando na altura da Ilha do Âncora, a uma hora de distância de Búzios. Funcionários da Capitania dos Portos acompanhados de agentes da da Ordem Política e Social seguiram para o local.