Búzios na História: anos 1980.
O carnaval de 1984.
Problemas enfrentados por quem passou o carnaval de 1984 na Região dos Lagos:
1) estrada péssima e perigosa
2) majoração de preços
3) falta d'água
4) dificuldades para comprar leite, pão e outros alimentos básicos
5) ter que acordar às 5 horas e ainda enfrentar filas para ler jornal
6) ter de esperar, às vezes, até 5 horas para telefonar.
Cabo Frio, que tinha 72 mil habitantes, deve ter recebido 1.000.000 de turistas, muito deles deverão amontoar-se em casas de 15 a 30 pessoas.
As barraquinhas (quiosques) das praias de Búzios- um grande negócio livre de impostos- chegavam a arrecadar 1 milhão de cruzeiros por dia.
O primeiro vereador de Búzios, Otavinho, disciplinou os ônibus de farofeiros.
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Jornal do Brasil, 13/02/1984 |
Búzios na História: hotelaria clandestina.
Presidente da Associação de Hotéis da Região dos Lagos denuncia que casas particulares, condomínios e edifícios de Cabo Frio hospedaram "ilegalmente grupos de pessoas que fretam ônibus", praticando o que ele chama de "hotelaria clandestina".
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Jornal do Brasil, 11/12/1983
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Búzios na História: anos 1980.
Primeiro carnaval de rua de Búzios. O Prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa, prometeu ao presidente da Associação dos Amigos de Búzios, Clemente Magalhães, decorar a principal rua do Distrito, a Avenida JBRDantas. Bares tradicionais onde deverão concentrar-se as comemorações carnavalescas: Bar do Jote e Bar da Severina.
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Jornal do Brasil, 2/2/1983 |
Búzios na História: anos 1980.
Moradores de Búzios, já em 1982, denunciavam lançamento de esgoto in natura diretamente na praia do Canto, Armação e Manguinhos. Na praia do Canto, o despejo estava sendo feito próximo à ponte de atracação. Na praia da Armação, em frente à escola estadual e "ao lado de uma escada de pedra que desce para o mar". Na praia de Manguinhos, através de uma "vala aberta".
Decorridos mais de 32 anos, os pontos denunciados continuam ativos. O famigerado sistema de coleta em tempo seco "autorizou" jogar esgoto in natura em todas as praias. Basta chover.
Pediram que a FEEMA tomasse providências. Parece que a FEEMA fez o mesmo que o INEA faz atualmente: NADA! Trinta e dois anos de despejo de esgoto nas praias!!!
Uma vergonha para nossos governantes e toda classe política buziana!!!
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Jornal do Brasil, 16/11/1982 |
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Juiz João Carlos, foto Márcio Alves, jornal Extra |
Em decisão investigada, João Carlos concedeu território a advogado.
'O senhor é juiz, mas não é Deus', disse agente da Lei Seca a magistrado.
Do G1 Rio
"O juiz João Carlos de Souza Correa será investigado pelo Ministério Público do Rio por improbidade administrativa, como mostrou a Globonews nesta quarta (26). O magistrado, que deu voz de prisão à agente da Lei Seca Luciana Tamburini durante uma blitz, acumula polêmicas. Na ocasião, ele estava sem carteira de habilitação e o carro não tinha placa. Desta vez, as acusações recaem sobre uma decisão de João Carlos que concedeu um território de Búzios, na Região dos Lagos, com mais de cinco milhões de metros quadrados.
O magistrado atuou na cidade, que é uma das mais valorizadas da região, entre 2004 e 2012. Neste período, concedeu ao advogado Arakem Rosa uma propriedade que corresponde a 8% do território de Búzios. A concessão inclui escolas, ruas, praças e até o único hospital do município. A decisão foi anulada há duas semanas e descrita como a "maior fraude imobiliária da cidade" pelo magistrado Marcelo Villas, que assinou o documento. O inquérito civil público instaurado pelo MP pode provocar a cassação do cargo público de João Carlos em decorrência de suposta fraude ao sistema de registros imobiliários.
Agente da Lei Seca pagará indenização a juiz
No dia 12, a 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve, por unanimidade, as decisões do desembargador José Carlos Paes e da 1ª instância, assinada pela juíza Andrea Quintella, que condenaram Luciana Silva Tamburini a pagar indenização por danos morais de R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Correa, parado por ela numa blitz da Lei Seca em 2011.
Em entrevista ao G1, Luciana afirmou que vai recorrer “até ao tribunal de Deus” para reverter a decisão desta quarta-feira. "A 14ª Câmara do Rio rasgou a Constituição. Acho que o corporativismo é da 14ª Câmara. Eles só perdem mais crédito na sociedade. Vou até o tribunal de Deus se for preciso”, disse Luciana.
Uma "vaquinha" foi feita na internet para ajudar Luciana a pagar a indenização, mas ela afirmou que, não só vai recorrer da condenação como vai doar todo o valor arrecadado. As contribuições terminaram na terça (11) e devem chegar a R$ 40 mil (com mais de R$ 26 mil já pagos e outros R$ 14 mil prestes a serem depositados). Luciana pretende doar a quantia a vítimas de acidentes de trânsito.
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Na época, Luciana era agente da Lei Seca e recebeu voz de prisão do juiz após abordá-lo numa blitz na Zona Sul do Rio. Luciana processou o juiz, alegando ter sido vítima de uma situação vexatória. Porém, a Justiça entendeu que quem havia sido ofendido fora o juiz e não a agente. O desembargador José Carlos Paes, ao julgar recurso do juiz, entendeu que Luciana “agiu com abuso de poder, ofendendo o réu, mesmo ciente da função pública desempenhada por ele”.
Juiz é investigado
Na segunda-feira (10), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou que os juízes são pessoas comuns. "Esse é um caso concreto e eu não posso me pronunciar, porque, eventualmente, essa matéria poderá ser examinada pelo próprio Supremo Tribunal Federal. Mas eu quero dizer que o juiz é um homem comum. É um cidadão como outro qualquer", disse o ministro.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) analisa a conduta do juiz João Carlos de Souza Correa, no episódio em que o magistrado deu voz de prisão à agente de trânsito, após ser multado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro, desde o dia 14 de outubro deste ano.
A blitz da Lei Seca ocorreu na Rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, em fevereiro de 2011. O juiz João Carlos de Souza Correa conduzia um Land Rover sem placas e não tinha carteira de habilitação. Luciana Silva Tamburini, na condição de agente de trânsito, informou que o veículo teria de ser apreendido e levado a um pátio. O juiz, por sua vez, exigiu que o carro fosse levado para uma delegacia. Ambos acabaram sendo levados para a 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado. A agente teria dito, na ocasião, que "juiz não é Deus".
O juiz alegou que a agente Luciana foi debochada. Ela, por sua vez, disse que o magistrado agiu com abuso de autoridade. Durante a discussão na abordagem, Luciana disse ao magistrado “Você é juiz, mas não é Deus”. O juiz retrucou dizendo: “Cuidado que posso te prender”. Então, a agente falou: “prende”.
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