Política, Sociedade, Educação, Búzios, meio ambiente, Região dos Lagos

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Espaço de discussão dos acontecimentos políticos de Armação dos Búzios


Sábado, 03.01.15

Estão destruindo a joia da Coroa

"Armação dos Búzios não é uma cidade qualquer. É uma verdadeira joia da Coroa, frágil e pequena, que precisa estabelecer um limite ao número de turistas que entram na cidade. No Brasil, Fernando de Noronha e Ilha Grande já fazem isso. Na Ilha, por exemplo, só entram 500 pessoas por vez. Como as Ilhas Seicheles, Cancun ou Bali- verdadeiros paraísos naturais-, Armação dos Búzios precisa de um tratamento diferenciado" (Aspásia Camargo, Jornal O Perú Molhado, 12/03/2011).

Um município, estima-se, com 33 mil moradores não pode receber, como dizem, 330 mil turistas nesta época do ano. Proporcionalmente, é como receber 100 pessoas em uma casa onde cabem apenas 10. Vão faltar banheiros, vagas de estacionamento, luz, água, telefone, alimentos, tranquilidade e paz. Obviamente, quando os visitantes forem embora constatar-se-á que os estragos na casa foram enormes. Diante do prejuízo, arrependido, o senhorio (povo de Búzios) se perguntará se valeu a pena ter alugado a casa para tanta gente.   

Este tipo de promiscuidade turística não interessa de forma alguma ao povo de Búzios. Como sempre, poucos são aqueles que se beneficiam deste turismo altamente predatório. Já passou da hora de os representantes do povo buziano no Executivo e no Legislativo tomarem providências e estabelecerem, de uma vez por todas, a "Capacidade de Carga" da Cidade. 

Efluente da ETE de São José despejado no canal da Marina, foto de 2/1/15, 12:08 horas
Efluente, dia 31/12/2014, 18:26 horas 

Engarrafamento Centro, 2/1/2015, 20:47
Engarrafamento Geribá, 2/1/2015, 12:48 horas

Vegetação nativa destruída, Geribá, 2/1/15 

Lixo na porta de mansão em Geribá, 2/1/15
  
Ver links:


http://ipbuzios.blogspot.com.br/2012/11/sem-governo-5.html#.VKff6yvF-P8

Meu comentário:

O Prefeito de Búzios, que apareceu em rede de TV bebendo água de reuso da Prolagos, bem que poderia dar uma chegadinha no canal da Marina e dar uma cheirada- no bom sentido- para sentir o odor emanado pelo efluente que está sendo despejado no outrora belo canal da Marina. Uma perguntinha: alguém fiscaliza a porcaria dessa empresa chamada Prolagos?

Durante os engarrafamentos não vi uma alma viva de guarda municipal de Búzios. Por onde andam eles?

A placa do MPF e nada é a mesma coisa. A vegetação nativa cercada, e mesmo com o aviso do MPF , é pisoteada à vontade, e ainda serve para guarda dos apetrechos dos ambulantes e quiosqueiros da praia de Geribá. Também não se viu uma alma viva de fiscais de meio ambiente ou de posturas nas imediações. Por onde eles andam?

Se o lixo não é recolhido em áreas de mansão próximo à praia de Geribá, imaginem a montoeira de lixo que não deve estar sendo acumulada nos bairros da periferia. O Prefeito poderia dar uma passadinha pela Rasa, Cem Braças, Tucuns, Baía Formosa, etc. Afinal, ele é Prefeito de todos, ou não?

Última perguntinha: esse desgoverno municipal fiscaliza alguma coisa?

Estão destruindo a joia da Coroa. Depois não vão dizer que eu não avisei!

Comentários no Facebook:



  • Marcao Buzios Gostaria de saber quantas multas foram aplicadas contra a prolagos pelo crime ambiental... E cadê os vereadores que ainda não fizeram nada.............Fica pergunta!!!!!!!!!!!!!!!!



    • Carlos Simas Trata-se de algo que nos parece não mais haver solução, professor Luiz Carlos Gomes. Não que falte dinheiro, pois há até demais, haja vista que em 2007 o Governo do Estado lançou o chamado Pacto pelo Saneamento, que em tese prometeu que até este ano de 2015 haveria 90% do esgoto doméstico tratado na Região dos Lagos. Só em 2013 foram disponibilizados R$ 88.000.000,00 (isso mesmo, oitenta e oito milhões de reais) que a sortuda Prolagos teve o direito de administrar. O espaço é pequeno para tantos questionamentos óbvios, porém o principal é: O que foi feito de fato com todo este dinheiro em relação ao tratamento do esgoto in natura que é lançado todos os dias em nossos córregos, a céu aberto, contaminando águas subterrâneas, lagoas, lagunas e acaba finalmente em nossas praias destruindo a vida marinha e dessa forma causando sem nenhuma justificativa tantas doenças de veiculação hídrica à população e turistas? "O que fica claro que há e sempre existiu é a falta de vontade política para fazer! Com a palavra nossas autoridades, que certamente nada falarão...ou farão de concreto. Um abraço professor e um, se possível (diante das circunstâncias) feliz 2015!



      

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    por ipbuzios às 11:10

    Sábado, 03.01.15

    Ricardo Amaral: a história de um embuste



    Salvador Dali ficaria assustado com o surrealismo. Não havia projeto na Reserva do Peró. Era um enorme pedaço de papel com muitos quadradinhos, círculos, retângulos, triângulos e várias outras formas que parecem terem sido inseridas com o uso de um processador de texto, todos coloridos. Era um embuste, um crime quase perfeito como o conto do vigário em que se usa uma nota de R$100 sobre um pacote de papéis em branco que o vigarista diz conter R$5.000. Os bancos estão fechados, diz ele, não quer andar com tanto dinheiro e precisa de alguém de confiança para guardá-lo. Alega ter pressa, aceita R$500 e voltará para pegar o resto. A ganância induz o otário a aceitar a proposta e o vigarista desaparece. Mas, sempre deixa rastros.

    No caso do "projeto", inicialmente divulgado em 2007, com muito espalhafato em um anúncio de uma empresa de nome Lakpar de propriedade de Ricardo Amaral, constavam as construções de seis hotéis (Sheraton, dois Boutique, Bora-Bora, Moorea e Club Med), campo de golfe, áreas residenciais, etc. O embuste adquiriu legitimidade e legalidade quando foi solicitada a licença para a construção, ainda em 2006, uma vez que ocuparia uma área de preservação ambiental. Àquela época o incomparável Luiz Firmino Martins Pereira, então secretário-executivo do CILSJ, participou de uma reunião onde foram feitas recomendações quando às localizações dos hotéis. A ata da reunião foi a nota de R$100 que o vigarista usa e que, além do mais, era falsa. Mas serviu.

    Acontece que nada em que Ricardo Amaral e Firmino tocam, cheira bem. Mas, o quê, no caso?
    Da releitura da ata salta aos olhos de onde vem o mau cheiro: o projeto seria executado numa área que está sob o controle do município de Cabo Frio, mas, curiosamente, não se encontram os documentos onde o proprietário de cada hotel concorda e autoriza a empresa de Ricardo Amaral a executar as obras. É como se alguém solicitasse licença para construir um hotel cinco estrelas do grupo Othon no terreno em frente à rodoviária em Cabo Frio e não apresentasse algum documento onde aquele grupo concorda com a empreitada. E mais: sem custo algum para o grupo! Bom demais para ser verdade.

    Como pode esse fato, tão elementar, passar despercebido? A prefeitura, o CILSJ, o INEA e a SEA não notaram? Ninguém notou? A discussão ficou centrada na nota de R$100 no topo do pacote com papéis em branco: a aplicação correta da lei. Afinal, tratava-se de Ricardo Amaral, o famoso cozinheiro de feijoadas que preparava para os deslumbrados da elite carioca, íntimo de ex- presidentes da República, ministros de Estado e escritores famosos. Como suspeitar que seria o autor de tamanho trambique, um dos maiores contos-do-vigário na história dos empreendimentos imobiliários no Brasil?

    Por outro lado teriam percebido o embuste e trataram de ficar calados e continuar a enganar a prefeitura de Cabo Frio? Bem possível. De fato, mais do que possível: altamente provável. Mas, havia mais. Tal como o otário no golpe do vigarista, a ganância do setor imobiliário e agências de turismo aflorou: seus olhos ficaram cobertos por cifrões. Trataram de dar ampla visibilidade ao projeto, imaginando navios de cruzeiros ancorados em Cabo Frio e levas de turistas comprando pacotes de viagens. A questão jurídica se resolveria, imaginaram, e, claro, a favor do visionário Ricardo Amaral e comparsas.

    A história continuava a cheirar mal e foi muito simples verificar o que estava acontecendo: consultar as administrações dos operadores de cada hotel. E vieram as respostas: do Sheraton, do Boutique, do Bora-Bora e do Moorea, que negaram terem projetos, não só na Reserva do Peró como em qualquer lugar no Brasil. Já o escritório do Club Med no Brasil fez extenuantes exercícios de retórica para escapar de uma resposta definitiva. Era sabido, porém, que seu representante no Brasil, Janyck Daudet, estava e continua a estar, preocupado com a sobrevivência da empresa Club Med com sede em Paris, que por pouco não faliu em 2008. Mas, junto com Ricardo Amaral, teve a ousadia de em setembro de 2013 vir a Cabo Frio e assegurar ao prefeito Alair Corrêa haver interesse na construção de um Club Med na Reserva do Peró. Mas, e eis nisso um dos erros que todo vigarista comete: uma consulta aos atuais e principais controladores do Club Med, os grupos Fosun e Ardian, mostrou que continuam a manter a posição de que o interesse é investir na China, embora os acionistas restantes do Club Med original - e que retêm 8% da empresa - continuem a imprimir relatórios que falam em "futuros" resorts no Brasil e na Rússia.

    Não se pode dizer que Daudet mentiu. Apenas omitiu fatos, entre eles o de que Giscard d´Estaign foi mantido na presidência da empresa Club Med como uma cortesia do bilionário chinês Guo Guangchang, presidente do grupo Fosun. Omitiu o fato de que d´Estaign retém, apenas, 0,01% das ações do Club Med e de que todas as decisões que toma são submetidas para aprovação de Guo. Atualmente Guo e o milionário italiano Bonimi estão numa disputa pelo controle da empresa cujo valor está estimado em mais de um bilhão de dólares. Essa disputa já estava em curso quando Daudet esteve em Cabo Frio com Ricardo Amaral. Os dois omitiram essa importante informação. Talvez Daudet tenha sido pressionado por Amaral. Talvez tenha se encantado com a oportunidade de ter uma foto sua junto ao empresário para ser divulgada nas redes sociais, o que de fato aconteceu.

    De qualquer forma, os anos haviam se passado desde a concessão da licença para a execução das obras com base na lei municipal (Cabo Frio) 1968 de 23/11/2006, sancionada pelo prefeito Marcos da Rocha Mendes. (Cabe uma pergunta: será que o prefeito também não percebeu que estava em andamento um bem elaborado embuste?).

    Há anos, também, um dedicado grupo de cidadãos vem liderando uma batalha na Justiça destacando várias irregularidades na execução do projeto. É mais um componente do embuste.

    A Juíza Sheila Draxler Pereira de Souza concedeu uma liminar, em 19/12/2014, no processo nº: 0037499-92.2014.8.19.0011, Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, sendo dois dos réus Costa do Peró Participações Ltda., Estado do Rio de Janeiro e Instituto Estadual do Ambiente - INEA ordenando a paralisação das obras e proibindo a concessão de nova licença para sua continuação. Nessa liminar consta um detalhe bastante significativo e importante.

    SMJ esses dois réus conspiraram para que os relatórios técnicos que produziram tivessem conclusões pré-estabelecidas, qual seja beneficiar a empresa Costa do Peró Participações Ltda., de propriedade de Ricardo Amaral. Dessa conspiração participou um especialista brasileiro que presta serviços à Costa do Peró. Ocorre que a credibilidade de um documento técnico ou científico depende da credibilidade do(s) seu(s) autor(es), quase sempre ocorrendo discordância de outro(s) autor(es) no que concerne a metodologia utilizada ou as conclusões. No caso, portanto, é válido questionar todos os relatórios produzidos pelos dois réus e, ainda, pelo especialista. A posição desse especialista se agravou quando, talvez numa tentativa de elevar o nível de credibilidade de seu trabalho, fez uso de papel timbrado da instituição da qual se havia se aposentado, o Instituto de Geociências (IGEO) da UFRJ. Dessa forma envolveu aquela universidade, mesmo que indiretamente, no embuste perpetrado por Ricardo Amaral. O comportamento desse especialista está registrado numa carta, incluída nos autos do processo, endereçada ao MP pelo diretor do IGEO afirmando que o IGEO não autorizava o uso de seu nome até porque outros pesquisadores possuem opiniões diferentes daquele especialista. Eis que, com isso, SMJ, quer parecer que a participação de outros especialistas na oitiva marcada para 16/01/2015 para que os relatórios e/ou pareceres emitidos passem pelo crivo do contraditório é desnecessária. Afinal, o próprio diretor do IGEO já afirmou que existem opiniões diversas sobre o que tratam aqueles relatórios e/ou pareceres.

    O que parece ficar evidente é que Costa do Peró Participações Ltda., com a colaboração do especialista que contratou, e o INEA fizeram uso de documentos deliberadamente fraudados.
    Talvez àquele queira especialista o MP oferecer o benefício da já notória prática da delação premiada a fim de ajudar a esclarecer a extensão do embuste perpetrado por Ricardo Amaral e por seu comparsa Paulo Pizão.

    Para o bem de todos Cabo Frio será poupado de qualquer reação dos embusteiros: a Câmara de Vereadores, percebeu ter sido enganada e em uma história reunião, em 23/12/2014, revogou a lei 1968/2006.

    Foi o fim do embuste.

    Chegaram ao fim as ações de quem tratou e trata a população da Região dos Lagos como cidadãos de segunda classe. Tipifica o comportamento dos arrogantes, dos prepotentes, dos que agem com desdém, dos que ignoram os direitos de todos.

    A população da Região deve um agradecimento especial aos vereadores de Cabo Frio e aos que nunca desistiram de lutar contra o absurdo que ocorreu na Reserva do Peró: Anna Bina Mehdi, Paulo Klem, Profa Kátia Leite Mansur/Geologia/UFRJ – IGEO, Davi Moura Neves, Sérgio Ricardo Verde, Professor Cyl Farney Sá/JBRJ, Professor Guilherme Fernandez/Geografia - UFF, Juarez Lopes, Professora Desirée Freire/Geografia - UFF, Thais Figueiredo, Profa Thais Rocha/Geografia - UERJ, Daniel Bastos/Herpetofauna - Museu Nacional, Rafael Cunha Pontes/Herpetofauna - Museu Nacional, Professor Mauricio Vecchi Brandão/UERJ, Professora Cristina Ariani, Antônio Revail, Deputada Janira Rocha, Deputado Paulo Ramos, Cacau Agostini, Maryanne Medeiros, Martin Moulton/Geografia - UFF, Igor Zelada, Claudia Souza, Zeca Nader, Paula Richard, Cris Paramita, Vanda Marcelino, Elias Brito, Grimalda Magalhães, Niete Martinez/Revista Cidade, Manoel Santos, Renata Moura e Luiz Lyra, Sabata Belgrano, Rosa Espinosa, Douglas Santana, Hilarion Faggioli, Luiza Gerhard, Janete Veiga, Mabel Mow, Kitty Ayala, Ativa Buzios, Wagner Silvano, Luiz Carlos Gomes/IP Buzios, Ong Ecoar, OAB de Cabo Frio, Dr. José Carlos Sícoli Seoane/Geologia UFRJ, Anna Maria Croce, Anderson Inacio e Karina Ramos, Profa Dalila Mello/Biologia – IFF, Mauro Spacenkopf e Isabela Mariz, Alejandra de Luca, Chico Tatoo, Profa Maria Alice dos Santos Alves/Ecologia, IBRAG – UERJ, Prof Elizeu Fagundes de Carvalho/Ecologia – UERJ, Prof. Carlos Frederico da Rocha/ Ecologia – UERJ, Prof. Dr. João Wagner Alencar Castro/Lab Geologia Costeira(Museu Nacional) – UFRJ, Prof Wilson Costa /Ictiofauna - UFRJ, Vila Jaghanata.

    Que o prefeito de Cabo Frio respeite a vontade do povo e sancione a lei.

    Vigaristas, porém, nunca desistem: se flagrado na Estação Central do Brasil e desmascarado, muda-se para a Estação da Leopoldina. Que se acompanhem os próximos passos de Ricardo Amaral. É bem capaz de tentar vender seu "projeto" em alguma cidade litorânea.

    Por essa razão a investigação em curso pelo MP não deveria se limitar às conclusões de relatórios e/ou pareceres técnicos. Tudo o que consta neste artigo, até esse ponto, pode ser considerado como ilação, mas a decisão da Câmara de Vereadores de Cabo Frio, revogando a lei 1968/2006, traz à luz fatos que devem ser investigados. Por exemplo, em seu discurso na seção de 23/12/2014, declarou o vereador Luiz Geraldo "sentir-se enganado quando da aprovação da Lei 1968, em 2006, e sentia-se, agora, muito à vontade para derrubá-la", declaração corroborada pelo vereador Paulo Henrique. Que fatos chegaram ao conhecimento dos vereadores para que concluíssem que "no local, se vendia a ideia que seriam construídos quatro resorts, sendo um deles o Club Méd, mas apenas loteamentos estão sendo implantados"? (Ver artigo nesta revista em 
    O leitor poderá consultar, por exemplo, a página cujo link se segue, onde consta a notícia de 10/10/2007, de que o Club Med investiria USD$45 milhões na construção de eu quarto resort no Brasil. Cita também os demais cinco hotéis mencionados no início deste artigo. De que maneira essa notícia chegou ao conhecimento do autor da notícia? Além disso, se a informação era verdadeira, deveria ter sido assinado um contrato com a empresa Lakpar, de Ricardo Amaral, que àquela época já a havia divulgado em sua página que, aliás, foi retirada da Internet. Qual a razão para Ricardo Amaral omitir esse importante detalhe? Se contrato houve ou havia, porque razão essa informação não passada ao prefeito Alair Corrêa, por Janyck Daudet e Ricardo Amaral, em setembro de 2013? (Ver

    A ousadia de Ricardo Amaral parece não ter limites. Em 27/11/2014 foi publicada uma notícia divulgando a assinatura de um contrato da empresa Club Med com uma construtora ligada à Costa do Peró Participações Ltda. para a construção de um resort na Reserva do Peró. É muito estranho que o Club Med em Paris não tenha dado notícia sobre a assinatura desse contrato e é válido concluir de que há pessoas em Cabo Frio dispostas a servirem de capacho de Ricardo Amaral e espalharem notícias falsas. Além do mais a notícia confirma que Ricardo Amaral estava usando, sem permissão, a marca do Club Med para validar o embuste.

    Por qual razão as ações de Ricardo Amaral são sempre anunciadas indiretamente? Nada o impediu de apresentar à prefeitura de Cabo Frio o original desse contrato. Essa postura parece indicar que em novembro de 2014 já tinha conhecimento da decisão sobre a ação movida pelo MP e que, afinal, foi divulgada em 19/12/2014. Talvez, também, tenha tomado conhecimento da discussão que ocorria na Câmara de Vereadores de Cabo Frio e a divulgação da notícia tenha sido uma tentativa de alterar a decisão que foi tomada em 23/12/2014 pelos vereadores. Eis ai a oportunidade para que o MP exija a apresentação do original desse contrato, mesmo porque sua existência leva a uma conclusão oposta a que chegaram os vereadores de Cabo Frio um mês depois (23/12/2014).

    Todos esses fatos devem ser investigados uma vez que os danos causados na Reserva do Peró resultaram das ações de pessoas que agiram, deliberadamente, de má fé. A eles deve ser cobrada uma indenização, devida ao estado do Rio de Janeiro e à sua população, e exemplarmente punidos.


    Ernesto Lindgren
    CIDADE ONLINE

    02/01/2015


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    por ipbuzios às 08:26

    Sexta-feira, 02.01.15

    Percepção da corrupção na Região dos Lagos

    Segundo a percepção dos leitores do blog o município mais corrupto da Região dos Lagos é Armação dos Búzios. O segundo,  Cabo Frio. A enquete foi realizada durante o mês de dezembro de 2014. Votaram 98 pessoas. Vejam o resultado:

    O município mais corrupto:

    1º) ARMAÇÃO DOS BÚZIOS
      60 (61%)

    2º) CABO FRIO
      21 (21%)

    3º) ARARUAMA
      4 (4%)

    4º) ARRAIAL DO CABO
      3 (3%)

    5º) IGUABA GRANDE
      1 (1%)

    SAQUAREMA
      1 (1%)

    SÃO PEDRO DA ALDEIA
      1 (1%)

    NÃO SEI
      4 (4%)

    NÃO TÔ NEM AÍ PRA ISSO!!!
      3 (3%)

    Meu comentário:

    É óbvio que a enquete não tem nada de científico, mas bem que poderia servir de estímulo para que algum órgão ou entidade civil fizesse uma pesquisa séria sobre o tema, como a Transparência Internacional faz, desde 1995, publicando um relatório anual do Índice de Percepção da Corrupção 
    "que ordena os países do mundo de acordo com 'o grau em que a corrupção é percebida a existir entre os funcionários públicos e políticos'. A organização define a corrupção como "o abuso do poder confiado para fins privados".

    É sintomático que a percepção de corrupção seja maior entre os municípios mais ricos como Búzios e Cabo Frio. A escolha de Araruama como terceiro, talvez se deva ao fato do município ter tido seu prefeito recentemente afastado do cargo, mesmo que por curto período, por denúncia por improbidade administrativa. Arraial do Cabo, como quarto colocado, também se explica pelo envolvimento do atual prefeito com problemas judiciais, mas em outra esfera da Justiça, a Eleitoral, por crime de abuso de poder.   

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    por ipbuzios às 10:17

    Quinta-feira, 01.01.15

    O pior secretário do governo do Dr. André

    O (A) grande vencedor (a) da enquete que escolheu o (a) pior secretário (a) do governo do Dr. André, segundo a opinião dos leitores do blog, foi a secretária de Saúde Raquel Haddad. Vejam o resultado completo da enquete:

    Raquel Haddad, secretária de Saúde de Búzios, foto divulgação Prefeitura


    1º) Saúde - Raquel Haddad
      18 (20%)
    2º) Obras - Genilson Drummond
      16 (18%)
    3º) Governo - Kleber Ferreira
      13 (15%)
    4º) Planejamento e Projetos - Alice Passeri
      7 (8%)
    Meio Ambiente - Fábio Dantas
      7 (8%)
    6º) Educação - Deisemar Gonçalves
      4 (4%)
    7º) Procuradoria - Sérgio Luiz
      3 (3%)
    8º) Turismo - José Márcio
      2 (2%)
    Desenvolvimento Social - Claudia Carrilho
      2 (2%)
    Fazenda - Renato de Jesus
      2 (2%)
    Ordem Pública - Geraldo Barreiro
      2 (2%)
    12º) Serviços Públicos - Miguel Pereira
      1 (1%)
    Desenvolvimento Urbano - Humberto Alves
      1 (1%)
    14º) Controladoria - Jurandir Lemos
      0 (0%)
    Cultura - Alexandre Raulino
      0 (0%)
    Não sei
      6 (6%)
    Não me interessa

      2 (2%)

    Total de votos: 86

    Depois dizem que o povo não sabe votar. Pelo menos os leitores do meu blog acertaram na mosca, pois a população de Búzios, em geral, sabe muito bem que a Saúde de Búzios, para dizer o menos, está muito mal administrada pela atual secretária. Não só a sua secretaria, mais todas as outras mais importantes, também estão muito mal avaliadas, tais como a secretaria de Obras, Planejamento, Meio Ambiente e Educação. Vamos ver se no novo ano as coisas melhoram. Se o povo de Búzios desse uma forcinha, ocupando as praças em protesto, com certeza a melhora viria muito mais rápido. 

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    por ipbuzios às 15:04

    Terça-feira, 30.12.14

    Somos todos Denize: uso da Tribuna Livre da Câmara de Búzios

    Professora Denize na Câmara de Vereadores de Búzios





    Último dia:
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    por ipbuzios às 18:48

    Terça-feira, 30.12.14

    O craque do cinquentão da Rasa

    Pelada de confraternização do time de cinquentão da Rasa 

    Último dia:
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    por ipbuzios às 16:30

    Terça-feira, 30.12.14

    A Lei Mirinho

    Você sabia que Búzios tem uma Lei do ficha limpa municipal? Pois temos. Até eu que vivo acompanhando os trabalhos legislativos não sabia. Ela foi votada, como deveria ser, em dois turnos, pois é um projeto que altera o artigo 79 da nossa Lei Orgânica Municipal. Na sessão ordinária do dia 27 de maio deste ano, a Câmara Municipal de Armação dos Búzios aprovou, em segundo turno, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 1/2014, de autoria do vereador Lorram Silveira. O objetivo do projeto era disciplinar as nomeações para cargos em comissão no âmbito dos órgãos do Poder Executivo e Legislativo Municipal. Dentre as determinações, o projeto estabelece que as pessoas que venham a ocupar cargos e secretarias municipais deverão ter a ficha limpa. 

    Sobre a Lei o vereador autor assim se manifestou: 
    “Para exercer uma atividade pública, nós entendemos que a pessoa tenha que ter a ficha limpa. Este projeto estabelece normas para isso."  (ver "camarabuzios").

    Talvez pouca gente saiba que a Lei exista porque, apesar de ter sido aprovada em 27 de maio, ela só foi publicada no Boletim Oficial nº 657, de 18 de setembro de 2014. Não se sabe o motivo do atraso. E com um pequeno grande detalhe que me leva a apelidá-la de Lei Mirinho: a Lei aprovada por nossos vereadores difere de todas as outras leis municipais de ficha limpa por não incluir na vedação de nomeação para cargos em comissão no âmbitos dos órgãos do Poder Executivo e Legislativo de pessoas que: 

    "tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas, por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos".

    Tem coisas que só acontecem em Búzios mesmo. Já tivemos a Lei Princesa, a Lei dos Pombais (Lei Complementar nº 17) direcionada para construção de pombais no antigo campo de pouso de Geribá, Lei que alterava a taxa de ocupação das ZCVS para beneficiar determinado empreendimento imobiliário na Azeda-Azedinha, etc, agora temos a Lei Mirinho. Com isso, Mirinho, qualquer outro Prefeito e Presidente da Câmara de Búzios poderão ocupar cargos públicos mesmo que tenham suas contas de gestão julgadas irregulares. Só em Búzios mesmo!

    Vejam a íntegra da nossa Lei do ficha limpa, não tão limpa assim: 

    BO 657, de 18/09/2014

    Observação:
    O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Búzios, no biênio 2005-2006, Sr. Francisco Neves, ficou impedido de disputar as eleições deste ano por ter sido enquadrado na Lei do Ficha Limpa pela Justiça Eleitoral. Mesmo assim ele tem uma boquinha no governo André. Como é que fica a situação dele senhores vereadores?  Não pode disputar as eleições mas pode ocupar cargo público comissionado  na Prefeitura de Búzios?

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    por ipbuzios às 15:14

    Terça-feira, 30.12.14

    Discurso do vereador Dr Adriano em defesa das dunas do Peró

    Vereador Dr. Adriano






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    por ipbuzios às 01:47

    Segunda-feira, 29.12.14

    O mal de Búzios é falta de informação (Arthur Parkinson)

    Do site do Ministério do Turismo

    Com a aproximação do réveillon- data em que se acredita que Búzios mais recebe turistas- os jornais da região estampam manchetes anunciando a presença de 1 milhão de turistas em Cabo Frio (ou será na Região dos Lagos toda?), 300 mil em Búzios, 100% de ocupação da rede hoteleira, etc. Não sei de onde são sacados esses números, mas me parece que não são nem um pouco confiáveis porque nossos desgovernos, por incompetência e preguiça, nunca realizaram uma pesquisa séria em relação ao setor turístico. 

    Em palestra realizada em 2005 na Associação Comercial e Empresarial de Búzios (ACEB), com o título de "Búzios, um olhar à frente", o arquiteto e executivo da Brascan Arthur Parkinson (AP) assim se manifestou a respeito da falta de informações sobre a cidade ( o que pode ser estendido às outras cidades da Região dos Lagos): 

    "A coisa mais importante para se vender um produto é a informação sobre ele. E Búzios não tem pesquisa, não tem informação e não têm dados. Em outras cidades turísticas, nos moldes de Búzios, se sabe até o sexo das formigas"

    É óbvio que é preciso que os nossos desgovernos da Região dos Lagos invistam em pesquisas completas e profissionais porque delas se poderiam tirar algumas conclusões do que seria necessário para que nossos municípios venham a ter um futuro melhor. Segundo AP, "a realização da pesquisa permitiria, entre outras coisas, criar um calendário de eventos baseado naquilo que o turista espera encontrar e não no que 'achamos' que ele quer". Para saber onde encontrar e como atrair um público específico "é preciso ter informações sobre o mercado em que atuamos". 

    Assim como o Poder Público, as entidades civis (associações comerciais e de hotéis) representativas do setor empresarial ligado às atividades turísticas também não realizam pesquisa alguma, mesmo que as pesquisas sejam fundamentais para a própria sobrevivência de seus negócios. Movem-se todos na escuridão da ignorância, tateando experiências de acertos e erros.  

    A única fonte de informação que o arquiteto AP encontrou em Búzios foi uma pesquisa feita pelos alunos do curso de turismo da Universidade Nilton Paiva, de Belo Horizonte, realizada no verão de 2004 durante o desgoverno Mirinho. Durante quatro dias, foram aplicados 2.500 questionários aos turistas que entraram e saíram da cidade. Apesar de pobre em dados, a pesquisa permitiu que se concluísse: 
    1) Búzios continuava com sua imagem em alta (ainda está, decorridos 10 anos?)
    2) os turistas ainda proviam das classes mais abonadas (e a nova classe C?)
    3) Cinquenta por cento deles eram cariocas (o número de turistas de outros estados era insignificante) (continuamos na mesma?)
    4) os atrativos naturais eram mesmo o carro forte da cidade (continuam sendo?)
    5) nossos serviços de atendimento ao público tiveram a nota mais baixa (continuam?)

    Visando contribuir para o debate, apresento abaixo algumas conclusões tiradas a partir dos "Estudos de Demanda Turística Internacional" do Ministério do Turismo. 

    Em 2013, Búzios permaneceu  em 5º lugar (repetindo a posição de 2012) entre as cidades brasileiras que mais atraíram turistas estrangeiros para o Brasil em viagens de lazer, atrás do Rio de Janeiro (1º), Florianópolis (2º), Foz do Iguaçú (3º) e São Paulo (4º). O ex-prefeito Mirinho vive mentindo dizendo que estamos em 12º lugar. Seguidores seus vivem repetindo a mesma mentira nas redes sociais. Em 2011, ocupavamos a 7ª colocação. 

    Mas mais importante que isso, é o fato de Búzios ter aumentado a sua participação percentual na demanda turística internacional do país: 8,3% em 2013 contra 7,9% em 2012. Como o país como um todo, recebeu 5.813.342 turistas estrangeiros em 2013 e, destes, 46,5% vieram ao Brasil em viagem de lazer, temos 2.703.204 turistas nesta modalidade de viagem. Destes, Búzios recebeu 8,3%, o que resulta em 224.365 turistas estrangeiros em Búzios em 2013  em viagem de lazer (sol e praia). Por mês, temos uma média de 18.697 turistas estrangeiros. Falta saber quantos nacionais por aqui aportam. Não considero aqui o número de turistas que vieram a Búzios em viagens de negócios por não dispor dele. Na pesquisa deste tipo de demanda feita pelo Ministério do Turismo, Búzios não aparece.  

    Fonte: Jornal O Perú Molhado de 21/10/2005 e "dadosefatos"

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    Somos todos Denize!

    Somos todos Denize

    Amanhã utilizaremos a tribuna da Câmara em Búzios para denunciar as arbitrariedades do Sr Prefeito.

    A luta continua!

    Perseguidores NÃO PASSARÃO!


    Cartaz da manifestação contra a demissão da Professora Denize


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