Segunda-feira, 17.12.12
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Terça-feira, 04.09.12
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Foto Wikipédia |
Para analisar as condições de vida, emprego e renda dos trabalhadores de Armação dos Búzios resolvi compará-las com as de Rio das Ostras, município vizinho. As duas cidades têm receita per capita praticamente iguais. Atentem que não estou falando em renda per capita mas em receita per capita! Ela é obtida dividindo-se o orçamento anual pelo número de moradores. Considerando-se os dados populacionais do Censo de 2010 do IBGE Armação dos Búzios tem uma população de 27.560 pessoas e Rio das Ostras, 105.676. Como os orçamentos deste ano são de 172 e 641 milhões de reais, respectivamente, obtemos a receita per capita de R$ 6.240 para Búzios e de R$ 6.065 pra Rio das Ostras. Praticamente iguais. Já os mercados de trabalho são completamente diferentes.
De janeiro a julho deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (M.T.E.), o mercado de trabalho do município admitiu 2.221 trabalhadores e demitiu 2.828, resultando um saldo negativo de 607 desempregados. No mesmo período, Rio das Ostras, teve um saldo positivo de 955 empregados, resultado da diferença entre 6.649 admitidos e 5.694 desligados. Mais importante, levando-se em consideração que ambas as cidades são eminentemente turísticas, o setor que mais contribuiu para o saldo negativo de Búzios foi o de serviços: 348. Rio das Ostras, pelo contrário, contratou mais 267 trabalhadores do que demitiu neste setor.
Outro problema do mercado de trabalho de Búzios é o alto índice de informalidade. Enquanto Rio das Ostras tem o menor índice de trabalhadores empregados sem carteira de trabalho em relação ao total de empregados, 25,6%, Búzios tem 37,2%, muito próximo do índice da pobre Iguaba Grande com 37,9%.
A distância entre as condições de vida dos trabalhadores buzianos e riostrenses fica ainda mais clara quando comparamos a remuneração salarial média por setor. Os dados são de 31/12/2010 (M.T.E.) :
Indústria de transformação – salário médio de R$ 2.274,00 em Rio das Ostras (RO). Salário médio de R$ 695,90 em Armação dos Búzios (AB).
Construção civil – R$ 1.495,00 (RO) – R$ 862,98 (AB)
Comércio – R$ 961,00 (RO) – R$ 785,79 (AB)
Serviços – R$ 2.056,00 (RO) – R$ 901,38 (AB)
Agropecuária e pesca – 767,00 (RO) – 698,10 (AB)
O único setor em que Búzios ganha de Rio das Ostras, como não poderia deixar de ser, é na Administração Pública, R$ 1.931,84 contra R$ 1.558,00 de Rio das Ostras. Neste setor estão os parentes, amigos, filhos dos amigos, cabos eleitorais, indicados pelos vereadores da base de sustentação na Câmara, revelando que os frutos da Administração Mirinho Braga não chegam à mesa do trabalhador buziano. Só a sua curriola se dá bem com seu governo.
Em compensação, a criação da Zona Especial de Negócios (ZEN) em Rio das Ostras- Mirinho prometeu, mas não cumpriu, construir uma pequena ZEN em Búzios em 1996- fez com que o salário médio dos trabalhadores do setor "Extrativa Mineral" chegasse a R$ 4.711,00.
Comentários:
Beto, você tem razão quanto ao salário dos concursados. Mas o MTE fala em salário médio. Como tem comissionado a botar pelo ladrão, a média aumenta. Quero sim que você me mande o que tiver, principalmente da carreira do magistério. É possível?
Obrigado pelo elogio e
por visitar o blog
Grande abraço,
Luiz
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Segunda-feira, 30.07.12
Promessas de 2008
Trabalho e Renda
2) "Criar um Banco de Empregos, com o objetivo de viabilizar, junto à iniciativa privada, empregos para o cidadão".
"Revitalizar o Espaço do Artesão, onde, além de comprar o artesanato, o visitante poderá observar o artesão fazendo suas peças, integrado com a Feira de Arte e o Espaço Literário Antônio Câmara, onde haverá a compra, venda e troca de livros usados e espaços para o lançamento de novas obras literárias e seus autores".
É mentira!
Promessas de 1996
"Búzios verá a formação de um Mini-distrito industrial não poluente, que vai abrigar indústrias nas áreas de artesanato, doceria, confecções, calçados, papelaria e muitos outros, gerando novos empregos e o fortalecimento da economia local. O setor de hotelaria será reestudado, de forma a colocar o povo de Búzios para trabalhar preferencialmente nas vagas que hoje são ocupadas por pessoas de fora".
"Construção do Mercado Municipal".
É mentira!
Promessas de 2000
"Fortalecimento da agricultura"
"Apoio à instalação de indústrias não poluentes".
"Estimulo e apoio à Criação de Cooperativas de Produção"
É mentira!
Mirinho mentiu em 1996! Mentiu em 2000! Mentiu em 2008!
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Sexta-feira, 13.01.12
Esforcei-me para entender a origem da expressão “falsos burgueses”, utilizada pelo atual prefeito, em recente entrevista, que circula na internet. Sinceramente não consegui. Mirinho acusa de “falsos burgueses” àqueles que questionam a liberação de quantidade assustadora de barracas, na Orla Bardot, para a venda de mercadorias, como cangas, óculos, chapéus, biquínis, entre outros produtos. Considerando que não existe “falsa burguesia” (ou se é ou não burguês), não se pode esquecer que a burguesia é parte da população brasileira, assim como os operários e demais segmentos. Somente no Brasil, governantes, que não respeitam cidadãos, desqualificam os que questionam seus atos, tentando igualar os questionadores a uma classe social que, historicamente, não tem afinidade com as causas populares, ou seja, os burgueses. O populismo impera, nessas horas, porque povo brasileiro NÃO é sinônimo de camada social abaixo da linha de pobreza. A pobreza dessa visão é que assusta a todos.Diz o Prefeito o seguinte: “A falsa burguesia quer acabar e eu não vou piorar a situação de vida dessa gente colocando um chefe de família ou uma mulher ao relento. O que temos que fazer é organizar e padronizar. Mas não há pressão que me faça tirar daquelas famílias buzianas o seu sustento.”
Por que a Prefeitura ainda não concluiu o Mercado do Artesão??
O prefeito Mirinho Braga tem o dever de realizar atos grandiosos em prol da família buziana, para que ela tenha seu sustento. Mas, como todo governante, está pressionado a fazê-lo, respeitando a legislação do Município que governa. Liberar aquela quantidade de barracas na Orla Bardot ultrapassa o desejo de seu magnânimo coração. A filantropia cabe à pessoa, Mirinho Braga. Já a administração pública está para o Prefeito. Dessa forma, o Prefeito tem o dever e a obrigação de respeitar o Código de Posturas de seu Município, que proíbe a ocupação de calçadas, bem como, o Plano Diretor que rege as leis urbanísticas de seu Município, que prioriza o pedestre. Além disso, o prefeito Mirinho Braga tem que governar de acordo com a legislação de trânsito, que também proíbe ocupação de calçadas. Contudo, não é isso que temos visto, em Búzios. Do pobre ao rico, ou seja, o burguês, a Prefeitura é omissa, em relação à ocupação de calçadas, e temos assistido a ocupações inaceitáveis. É a própria Prefeitura, em boa parte dos casos, que ocupa calçadas, quando libera comércio, a parada da Autoviação 1001, em cima de uma calçada, além de transformar calçadas em estacionamento, tudo em benefício do bolso de particulares.
Não é o burguês que quer ou deixa de querer. É a lei que manda
Portanto, enquanto Prefeito, o Sr. Mirinho Braga não pode, pela legislação de seu Município, liberar aquela quantidade de barracas, na orla Bardot. Não é o burguês que quer, são as leis que mandam. Mas, enquanto Prefeito, tem a obrigação de investir em ações que garantirão o sustento das famílias de Búzios, como quer seu magnânimo coração. Aliás, já deveria ter feito isso, desde o início de seu governo, simplesmente, cumprindo suas promessas de campanha, tais como: fazer funcionar a Zona de Negócios Ecológicos, reduzindo o ISS, para atrair empresas não poluidoras, para a cidade, bem como incentivando a criação de cooperativas; poderia destinar algumas áreas de Búzios a campus universitários, cujas graduações tivessem a ver com o patrimônio natural da cidade, como geologia, entre outras; investir recursos nas áreas que foram, recentemente, transformadas em parques estaduais, abrindo uma frente enorme de empregos sustentáveis; rever os contratos de coleta de lixo, investindo na coleta seletiva; construir mais creches; construir a escola de hotelaria, e, principalmente, CONCLUIR A OBRA DA CASA DO ARTESÃO.
Há tempos que temos sentido por este Prefeito que aí está o mesmo que sentíamos pelo anterior: a mais viva repulsa. Dando continuidade às asneiras, a história de que foi a oposição que rasgou e espalhou lixo pela cidade, no Réveillon, para desmoralizá-lo. Poupe-nos, pobre, homem, de sua desonra!!!Cristina Pimentel Comentários:
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Segunda-feira, 19.12.11
14)Secretaria de desenvolvimento Social Trabalho e Renda
a)Projovem (qualificação social e profissional) - 521.000,00
b)Cursos de capacitação em hotelaria e gastronomia - 220.000,00
c)Manutenção do Conselho Tutelar - 217.000,00
d)Capacitação de recursos humanos - 53.000,00
e)Telecentro - 42.000,00
f)Pesquisa e levantamento de dados (geração de trabalho e renda) - 30.000,00
g)Realização de palestras e seminários (cooperativismo) - 30.000,00
h)Atendimento à população - 20.000,00
i)Realização de palestras e seminários (geração de trabalho e renda) - 20.000,00
j)Internet na difusão do conhecimento (inclusão social) - 10.000,00
k)Subvenção ao CAT - 1.000,00
A grande política pública de trabalho e renda do governo Mirinho Braga é o Projovem! Permanece aquela idéia de cursos rápidos que não formam verdadeiramente ninguém. Um município que é hoje o 5º destino internacional não pode fornecer pobres cursinhos para o povo pobre e trabalhador de Búzios. Como o maior contingente da força de trabalho do município está no setor de serviços ligado ao turismo é fundamental que se construa um Hotel Escola para dar cursos técnicos regulares de três anos. Com uma população de quase 30 mil é quase impossível o turismo gerar trabalho para todos. É preciso pensar em constituir um mini-distrito industrial para atrair empresas não poluentes para nossa cidade. O Plano Diretor já indica este caminho. Observem a subvenção prevista para o CAT: 1 mil reais! Já que o governo não tem um balcão de emprego bem que poderia aproveitar a ONG que tem uma longa experiência na área no município.
15)Secretaria Municipal de Gestão
a)Estagiários (iniciação ao trabalho) - 1.000.000,00
b)Rede de dados e voz - 226.000,00
c)Aprimoramentos de TI - 105.000,00
d)Gestão de processos municipais - 50.000,00
e)Servidores de grande porte - 40.000,00
f)Capacitação de recursos humanos - 25.000,00
O governo não tem nenhuma política de trabalho e renda. Até hoje não construiu um mini distrito industrial, um Hotel Escola, um Mercado Municipal do Produtor Rural, um Entreposto Pesqueiro e o Mercado do Artesão. Mas gasta 1.000.000,00 de reais com estágios para os filhos e netos dos seus familiares, amigos e cabos eleitorais.
16)Fundo Municipal de Saúde
a)Atividades do hospital municipal - 19.511.000,00
b)Credenciamentos - 3.860.000,00
c)Conservação das unidades de saúde - 2.895.000,00
d)Abastecimento das unidades de saúde - 1.043.000,00
e)Programa Farmácia básica - 1.023.000,00
f)Medidas de média e alta complexidade - 901.000,00
g)Atividades da Estratégia Saúde de Família (ESF) - 706.000,00
h)Assistência farmacêutica - 575.000,00
i)Programa agentes comunitários - 558.000,00
j)Programas prioritários de saúde pública - 366.000,00
k)Programa de saúde bucal - 232.000,00
l)Construção e ampliação de unidades de saúde - 211.000,00
m)Combate à dengue, vetores e roedores - 182.000,00
n)Vigilância epidemiológica - 155.000,00
o)Saúde informatizada - 107.000,00
p)Centro de apoio psicosocial - 64.000,00
q)Atividade da fiscalização sanitária - 26.000,00
r)Projetos de saúde consorciadas - 30.000,00
s)programa de imunização básica - 25.000,00
t)capacitação de recursos humanos - 15.000,00
u)Conselho Municipal de Saúde - 5.000,00
Não é a toa que os conselheiros da saúde reclamam da falta de infraestrutura para trabalharem. Cinco mil reais por ano é brincadeira!
Só para manter o hospital funcionando gastamos 19,5 milhões de reais. Os postos de saúde consomem mais 3,4 milhões.
Gastamos 3,8 milhões com credenciamentos.
Devem-se somar à despesa com a limpeza publica 2,8 milhões gastos com a limpeza das unidades de saúde.
O gasto com nossa saúde é um absurdo. São mais de 43 milhões de reais por ano. Deveríamos ter uma saúde de primeiro mundo. É muita incompetência, ou está havendo muita corrupção. Ou as duas coisas juntas. Gastamos mais de 1.500,00 reais/ano por habitante. Não seria melhor fazer um plano de saúde privado para toda população?
17)Fundo Municipal de Assistência Social
a)Ação de suplementação alimentar - 430.000,00
b)Convênio APAE - 400.000,00
c)Construção do CRAS - 230.000,00
d)CRAS Estadual - 220.000,00
e)CRAS Federal - 203.000,00
f)Construção do CRIARTE - 200.000,00
g)Assistência funerária - 161.000,00
h)Proteção especial de média complexidade - 156.000,00
i)Assistência ao portador de deficiência - 116.000,00
j)Centro de referência à Mulher - 63.000,00
k)Atenção ao idoso - 44.000,00
l)Acompanhamento das famílias beneficiárias do Bolsa Família - 41.000,00
m)Atenção especial - 26.000,00
n)Oferta de ações sócio-educativas aos beneficiários do Bolsa Família - 16.000,00
o)Assitência ao migrante e população de rua - 22.000,00
p)Subvenção ao CRER-VIP - 1.000,00
Observem a rubrica "ação de suplementação alimentar" e a sua dotação de 430.000,00. A ação não é nada mais nada menos que fornecimento de cestas básicas. Calculem quantas cestas podem ser compradas com esse montante. E não se esqueçam que o ano que vem é ano eleitoral! Estamos compreendidos?
Outra dotação com possível uso eleitoral é a "assistência funerária". 161.000,00 reais!
A subvenção ao CRER-VIP é ridícula!
18)Fundo municipal da criança e do adolescente
a)EMCA - 65.000,00
b) CMDCA - 27.000,00
19)Fundo Municipal de Meio Ambiente
a)Parques e jardins - 280.000,00
b)Fiscalização de licenciamento - 40.000,00
c)Sistema de informação ambiental - 30.000,00
d)Licenciamento ambiental - 20.000,00
e)Criar unidades de conservação - 10.000,00
f)Conselho Municipal de Meio ambiente - 10.000,00
20) Fundo Municipal da Pesca artesanal
a) Entreposto pesqueiro - 180.000,00
b)Ampliação e construção de piers - 150.000,00
c)Maricultura - 150.000,00
d)Recife e corais artificiais - 150.000,00
e)Criar unidades de conservação - 57.000,00
Seria motivo para comemorar se a previsão de construção de um entreposto pesqueiro fosse pra valer. No orçamento do ano passado a rubrica já estava lançada e nada aconteceu. Antiga reivindicação dos pescadores, é fundamemtal para que a pesca sobreviva em Búzios. Os pescadores de Búzios merecem!
Final
Como eu disse, dos R$ 172.958.434,34 de receitas orçamentárias só teremos R$ 17.294.000,00 de investimento. Mesmo assim há de se considerar que R$ 7.474.000,00 serão usados para pagar dívidas. Teremos realmente disponível para investir na cidade 9,8 milhões de reais.
Se o prefeito continuar usando a máquina pública com fins eleitoreiros como está, deverá, no limite da irresponsabilidade fiscal, gastar 92,8 (54% do orçamento) milhões de reais com folha de pagamento. Tirando o que é gasto com funcionário concursado- mais ou menos 30milhões-, muito deste montante é dispendido com sua patota de amigos e cabos eleitorais.
Teoricamente o governo só investe 9,8 milhões de reais na cidade. Quanto será que investe com a sua turminha de contratados e comissionados?
OBSERVAÇÃO: não tem nenhuma dotação para "realização de concurso público". No orçamento do ano passado também não tinha. Nos anteriores, a rubrica estava presente. Soube que o prefeito pretende manter os 500 cargos comissionados do jeito que está. O concurso seria somente para preencher as vagas dos atuais contratados. Ele só aconteceria em momento apropriado indicado pelas pesquisas eleitorais. Se o prefeito perder a eleição teremos mais uma vez concurso entre outubro e dezembro. Concurso público em ano eleitoral pode dar nisso. Vamos ficar de olhos bem abertos!
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Quinta-feira, 15.12.11
A receita orçamentária prevista para 2012 é de R$ 172.958.434,34. Desse total, o prefeito pretende gastar R$ 93.397.554,00 para pagar funcionários. Um terço deste valor- 31 milhões de reais- vai ser gasto com 900 funcionários concursados. Até aí tudo bem. A máquina pública para funcionar precisa deles. Como fizeram concurso público já mostraram que merecem ocupar o cargo. O problema está em gastar desnecessariamente mais 62 milhões de reais com 1.800 funcionários, dos quais 1.300 são contratados e 500 comissionados. Muitos deles nem aparecem na prefeitura. Outros- verdadeiros muquiranas da política- são cabos eleitorais eternos que nunca trabalharam na vida. Quase todos os candidatos a vereador da coligação que elegeu o prefeito em 2008 está empregada na prefeitura. E não se empregaram só. Trouxeram também as respectivas esposas. O prefeito Mirinho Braga, que ganha R$ 13.932,00, também trouxe a sua, aumentando a sua renda familiar em mais R$ 6.413,00. O nepotismo e o "amiguismo" rola solto na prefeitura. Não tem máquina pública que funcione nessas condições.
Em geral, se gasta 40% do orçamento para a manutenção da máquina pública. Se se comete o "crime" de entupir de empregados a prefeitura no limite da irresponsabilidade fiscal (54%), o prefeito fica sem dinheiro pra investir naquilo que a imensa maioria da população necessita. Em 2012, devem sobrar pouco mais de 10 milhões para investimento (6% do orçamento). É por isso que não temos políticas públicas de trabalho e renda e um mini-distrito industrial para atrair empresas não poluentes para nosso município, visando criar empregos para nossos trabalhadores.
Seguem abaixo as áreas onde se pretende alocar mais verbas no orçamento de 2012:
1) A educação receberá o maior quinhão: 45 milhões (26,16%). Não se compreende como não se consegue transformar a educação de Búzios em uma das melhores do Estado do Rio de Janeiro, apesar de contarmos com tantos recursos. Entre os 92 municípios do Estado nossa educação fica em 40º lugar no IDEB. Talvez uma, em muitas, das explicações se encontre no fato de gastarmos 10 milhões (1/3 da folha da secretaria) com professores contratados. Já imaginou como são recrutados esses "mestres"?
2) A Saúde de Búzios receberá a segunda maior dotação: 43 milhões de reais (25% do orçamento). Também não se entende como uma secretaria com tantos recursos não consegue prestar um bom serviço à população. Só o nosso hospital consome 19 milhões e meio de reais em manutenção. Gastamos com credenciamentos 3,8 milhões. Se na Educação gastamos 1/3 da folha com contratados, na Saúde gastamos 13,8 milhões de um total de 26 milhões de reais.
3) Em terceiro lugar em dotação temos a Secretaria de Gestão com 32,1 milhões de reais. Destes 25 milhões serão gastos com pessoal e encargos. Se o prefeito emprega amigos, cabos eleitorais e parentes nas várias secretarias, a secretaria de gestão se presta para empregar os filhos deles. Um milhão de reais estão reservados para o estágio dos meninos e meninas com QI alto. Basta ver os sobrenomes deles.
4) Para alegria dos terceirizados e financiadores de campanha, a Secretaria de Serviços Públicos consumirá R$ 13,2 milhões com o Programa Cidade Limpa. Serão gastos 4,7 milhões com a coleta de lixo; 516 mil com operação de caçambas; 5,1 milhões com roçada, capina e varrição; 570 mil com praias limpas; 100 mil com o aterro sanitário; 1,6 milhões com destinação do lixo; e 462 mil reais com a manutenção do cemitério.
Todo governo governa para determinadas classes e categorais sociais. Nessas coisas não tem neutralidade. Necessariamente, o prefeito tem que optar. Nada melhor para revelar suas opções do que analisar as secretarias menos aquinhoadas com verbas orçamentárias.
O governo mostrou que não quer nada com o orçamento participativo. O seu negócio é a enganação do Governo Itinerante (GI). Enquanto o primeiro terá pra constar 12 mil reais, o G.I. terá 55 mil pra gastar.
Também mostrou que não está nem aí pra Cultura. Míseros 353 mil reais foram alocados para a área. Destes, 103 mil vão para Oficina de Arte Circense. Ou seja, cultura pro prefeito é circo! Nada contra o pessoal da artes circenses.
A ouvidoria já era. Se tens alguma reclamação, vai reclamar com o bispo Ricardo. O gabinete de relações institucinais terá 23 mil reais para passar o ano todo. Serão menos de 2.000 reais por mês. Mas o salário do amigo Jamil Felipe está garantidinho! Por sinal, por onde ele anda?
Na secretaria da primeira dama não se fará nada em relação a construção de uma verdadeira Política Pública de Trabalho e Renda. Míseros 271 mil reais serão consumidos em paliativos tais como pesquisas, realização de palestras, cursos rápidos de capacitação e subvenção ao CAT (1 mil reais).
A secretaria de Habitação do Ricardo Romano- Felipe Lopes ficará mais um ano sem fazer nada, como se a população buziana não tivesse problemas habitacionais sérios. Mais uma vez se repete o que se faz todo santo ano que é alocar 300 mil reais para a regularização fundiária que nunca acontece. Como o ano que vem é ano de eleição, eles vão mais uma vez chamar o Araken.
Comentários:
É muito din din pra pagamento de pessoal, que não é valorizado de fato, e não ver a cor do dinheiro "proposto" na LOA. Suspeito que parte disto, seja para fazer "caixa 2" para as eleições, com aquele suposto esquema aqui ja mencionado em outro tópico, que é sobre as horas extras. Estas horas extras, entra parte para o servidor, muito alem do que ele faz, ou poderia fazer, e devolvem parte do que recebe ao governo, em troca o servidor fica com uma pequena parcela, mais o comodismo de não ser importunado pelos "fiscais" do sistema, ainda tem aqueles que nem vem trabalhar, e não tem faltas, em troca repassam parte para alguem do sistema, que segura as pontas "politicamente". Esta pratica existe em diversos setores e gabinetes da PMAB. CPI das extras e fantamas, já! Vereadores tem provas materiais nas mãos, se não provocam isto, é pq acobertam os apadrinhados tambem. Eles vereadores solicitam os contra-cheques sempre.
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Domingo, 04.09.11
Reproduzo abaixo o texto do mestre Chicão porque a análise que faz da política cabofriense é profunda e verdadeira. Suas observações servem não só para Cabo Frio mas para todos os municípios de nossa querida Região dos Lagos. Tirando a menção que faz a TV- que não temos-, podemos, sem problema algum, onde se lê Cabo Frio substituir por Armação dos Búzios.

Estamos na contramão do Brasil
Enquanto alguns enriquecem como nunca se viu, os trabalhadores estão cada vez mais pobres ou desempregados. Os dados do IBGE sobre emprego e renda (veja o próximos tópico)são assustadores e provam que aquilo que está sendo feito em Cabo Frio é um crime generalizado contra toda a população. Meia dúzia de coronéis arrogantes estão causando tanto mal quanto aquilo que nossas mentes podem imaginar sobre o que a pobreza e a desesperança podem fazer com famílias inteiras.
Eles são os principais, mas não os únicos culpados.
O mais incrível é ainda ver dois ou três puxa sacos do prefeito pagos com nosso dinheiro dizerem na TV, em programas também pagos com a nossa grana, que este é o governo do cidadão. É muito cinismo e cara de pau. Chega a ser banditismo falar uma coisa dessas.
Nenhuma menção aos dados do IBGE na cidade é feita por esses e outros criminosos, aqueles proprietários da imprensa babona, aquela que vive sugando as entranhas dos cofres públicos para omitir denúncias e puxar o saco. Os donos desses jornais e programas de rádios vivem nos restaurantes caros comendo com representantes do governo e rindo da nossa cara.
Mas tem muito mais criminosos em Cabo Frio. São aqueles que se calam em troca de portarias e benesses. Esses são cúmplices de tudo o que estamos vendo. Dão seu silêncio por algumas migalhas oferecidas. É gente medrosa, sem personalidade, acovardada e medíocre, pois se não tiver boquinha, passa fome.
Podemos falar também das autoridades judiciais, aquelas que recebem denúncias e não as investigam, aquelas que vêem tudo o que está acontecendo e não tomam providências. Como têm coragem de acusar ou mandar prender alguém ? Deixem de ser hipócritas !
E o que falar de meia dúzia de empresários que se agarram como parasitas aos cofres públicos, vendendo para a prefeitura a preços super faturados e sem licitação ? Esses também deviam estar na cadeia !
Podemos citar ainda os criminosos da fé, aqueles bandidos que habitam algumas igrejas e que vendem os votos de seus fiéis em trocas de benesses para si mesmos e suas famílias. Esses invertebrados espirituais asquerosos patrocinam até jogatinas em suas denominações e não pensam em outra coisa a não ser obter vantagens materiais, não se importanto se a cidade está afundando e se seus moradores estão indo para a ruína econômica.
Será que eu preciso também lembrar daqueles falsos oposicionistas que se uniram com o governo esperando benesses da máquina e que não abrem a boca para falar sobre nada na cidade ? Esses aí são os mais repugnantes da cidade e merecem ser combatidos diariamente pelos formadores de opinião independentes.
Caros leitores, perto de toda essa gente acima mencionada, aqueles pobres e negros que vemos na TV sendo presos por uma polícia que só prende favelados são o problema menor da cidade.
As pessoas de bem de Cabo Frio precisam reagir urgentemente !
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Domingo, 04.09.11
Tive uma dificuldade enorme de encontrar dados sobre as condições de vida das classes trabalhadoras na Região dos Lagos. Não foi fácil dar uma de Engels dos trópicos. Dados básicos como o índice de desemprego, população economicamente ativa (PEA), total de trabalhadores com carteira assinada, etc, não são encontrados nos sites das prefeituras. De posse desses números poder-se-ia elaborar políticas públicas de trabalho e renda. Mas é claro que os prefeitos não estão nem um pouco preocupados com a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores da nossa Região. Não poderia ser diferente, porque está evidente que estes prefeitos- e os números provam isso- não governam para a maioria da população. Representam oligarquias.
Dados do IBGE provam que o salário médio mensal dos trabalhadores vem caindo em todos os municípios da Região dos Lagos, exceto em Rio das Ostras (que apesar de não pertencer à Região dos Lagos, aparece sempre em nossos estudos, tanto pela proximidade quanto pela importância do município), onde houve crescimento. Isso é preocupante porque revela que nossos trabalhadores não vêm sendo aquinhoados com as parcelas que lhes cabem do desenvolvimento econômico dos municípios da Região. Por trás desses movimentos se esconde um grande processo de concentração de renda. Com a grata exceção de Rio das Ostras. A gestão deste município tem lições a dar. Por sinal é o único município da Região com Orçamento participativo.
Arraial do Cabo é o município em que a queda foi maior. O salário médio mensal despencou de 3,1 salários-mínimos em 2006 para 2,1 em 2009. Um processo econômico contribuiu para isso: o aumento brutal do desemprego. Os índices devem estar beirando os 50% ( e não só em Arraial). Se no ano de 2000, segundo o IBGE, Arraial do Cabo tinha um índice de desemprego de 12,34% (1.390 pessoas desocupadas uma População Economicamente Ativa (PEA) de 11.261), nove anos depois, em 2009, o número de pessoas ocupadas em vez de aumentar, diminuiu de 9.871 para 4.473. Ou seja, 5.398 pessoas perderam o emprego. Fora o número de trabalhadores surgidos do aumento populacional, já que a população total de Arrraial passou de 23.877 (2000) para 27.715 (2010). Um outro processo- na contra-mão dos outros municípios- contribuiu para frear um pouco essa desvalorização: a informalização das relações de trabalho. Arraial do Cabo foi o único município da Região, nesse período, em que houve diminuição do número de trabalhadores com carteira assinada. Dos 9.871 ocupados em 2000, somente 4.174 (42,28%) tinham carteira assinada. Em 2009, esse número caiu para 3.614.
Araruama, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, como Arraial do Cabo, tiveram diminuição do número de pessoas ocupadas entre 2000 e 2009, mas a desvalorização do salário médio mensal foi contrabalançada com o aumento da formalização das relações de trabalho (carteira assinada).
Araruama
O salário médio mensal do trabalhador de Araruama permaneceu praticamente o mesmo. De 2,0 salários-mínimos em 2006 caiu para 1,9 em 2009.
Em 2000, segundo o IBGE, Araruama tinha um índice de desemprego de 18,77% (7.099 pessoas desocupadas de PEA de 37.802). Em 2009, o número de pessoas ocupadas em vez de aumentar, diminuiu de 30.703 para 18.195. Ou seja, 12.508 pessoas perderam o emprego.
O número de trabalhadores com carteira assinada subiu de 10.497 (2000) para 15.576 (2009).
Cabo Frio
O salário médio mensal do trabalhador de Cabo Frio despencou de 2,6 salários-mínimos em 2006 para 2,1 em 2009.
Em 2000, 9.827 (16, 83%) pessoas estavam desocupadas de um PEA de 58.366. Em 2009, o número de pessoas ocupadas diminuiu de 48.539 para 39.933. Ou seja, 8.606 pessoas perderam o emprego.
Em 2009, o número de pessoas com carteira assinada subiu de 18.307 (2000) para 33.607.
Iguaba Grande
O salário médio mensal do trabalhador de Iguaba Grande praticamente permaneceu o mesmo. Oscilou de 1,9 salários-mínimos em 2006 para 1,8 em 2009.
Em 2000, Iguaba Grande tinha um índice de desemprego de 15,79% (1.064 pessoas desocupadas de uma PEA de 6.737). Em 2009, o número de pessoas ocupadas diminuiu de 5.673 para 3.224. 2.449 pessoas perderam o emprego.
Em 2000 somente 1.507 (26,56%) tinham carteira assinada.
Em 2009, esse número subiu para 2.688.
São Pedro da Aldeia
O salário médio mensal do trabalhador de São Pedro da Aldeia caiu de 3,6 salários-mínimos em 2006 para 3,3 em 2009.
Em 2000, o desemprego era de 7,45% (4.711 pessoas desocupadas de uma PEA de 28.450. O número de pessoas ocupadas, em 2009, diminuiu de 23.739 (2000) para 12.285.
Somente 8.917 (37,56%) dos 23.739 ocupados tinham carteira assinada.
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Em 2009, esse número subiu para 10.663.
Armação dos Búzios
Armação dos Búzios e Rio das Ostras, diferentemente dos demais municípios, tiveram aumento tanto do número de ocupados quanto de carteiras assinadas.
Mesmo assim, o salário médio mensal do trabalhador buziano caiu de 2,6 salários-mínimos em 2006 para 2,2 em 2009.
Segundo o IBGE, tínhamos um PEA de 9.453 pessoas no ano de 2000, de uma população total de 18.204. Desse PEA, 1.221 estavam desocupadas, o que dá um índice de 12,91% de desemprego. Entre os 8.232 ocupados, somente 2.295 (27,87%) tinham carteira assinada.
Nove anos depois, em 2009, o número de pessoas ocupadas só aumentou 2.268, alcançando 10.500. Já o número de trabalhadores com carteira assinada praticamente quadruplicou, perfazendo 8.827.
Conclusão: aumentamos muito a formalização do trabalho às custas do aumento do desemprego. Passamos de 2.295 pessoas com carteira assinada em 2000 para 8.827 em 2009.
Rio das Ostras
O salário médio mensal do trabalhador de Rio das Ostras foi o único que aumentou. Passou de 2,5 salários-mínimos em 2006 para 3,0 em 2009.
Segundo o IBGE, Rio das Ostras tinha uma População Economicamente Ativa (PEA) de 17.065 pessoas no ano de 2000. O índice de desemprego era de 15,24% (2.602 pessoas). Somente 4.391 (30,36%) tinham carteira assinada.
Nove anos depois, em 2009, o número de pessoas ocupadas aumentou de 14.463 para 19.799. O número de trabalhadores com carteira assinada subiu de 4.391(2000) para 16.875(2009).
Conclusão: para participar do bolo dos "Emirados Unidos dos Lagos”, os trabalhadores da Região vão ter seguir a recomendação daquele barbudo, amigo do que estou imitando neste trabalho: Trabalhadores da Região dos Lagos Uni-vos!
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Sábado, 23.04.11
O modelo de desenvolvimento econômico e político posto em prática em Búzios, se não sofrer nenhuma modificação de percurso no curto prazo, inevitavelmente levará o município à ruína. Na economia, continuamos com o modelo de desenvolvimento insustentável baseado no tripé royalties, turismo predatório e construção civil. Nada de se procurar uma matriz econômica alternativa. Vários municípios da região ensaiam novos caminhos já há algum tempo: a Zona Especial de Negócios em Rio das Ostras; o Polo Têxtil de Cabo Frio; o projeto Minha Casa Meu Trabalho em Araruama; o Polo de Distribuição em São Pedro da Aldeia; e o Polo industrial em Saquarema.
E Búzios, nada. Nosso míope prefeito (assim como o anterior) continua acreditando que o turismo de qualidade por si só conseguirá gerar trabalho e renda para uma população de quase 30 mil pessoas. Ledo engano. Pior do que isso: em vez de se conseguir qualidade, estamos cada vez mais aumentando a quantidade de turistas de baixa qualidade que está arrebentando a frágil infraestrutura da cidade na parte peninsular.
Na esfera política, o grande capital especulativo imobiliário (entesourador de terras e construtoras) reina à vontade. Dividem-se em duas frações, uma pró Mirinho e outra pró Toninho. Dominam o executivo e raramente têm seus interesses contrariados na câmara de vereadores. Em determinadas ocasiões, quando necessário, chegam a ter uma bancada à sua disposição.
Nesse quadro político, o prefeito de plantão se equilibra entre seus financiadores e as tradicionais famílias buzianas (nativos) que detêm os votos. Já se elege pensando na reeleição. Para conseguir isso precisa atender à demanda dos grandes proprietários de terras, quase sempre com prejuízo ambiental para a cidade, e saciar a fome de emprego das grandes famílias. Parece até que não é o prefeito que tem o poder de empregar. Os verdadeiros empregadores parecem ser as grandes famílias que também elegem os vereadores. Estes, por sua vez, também pressionam por empregos para os seus. Resultado: o prefeito gasta quase todo seu orçamento com a folha de pagamento e manutenção da máquina pública, não sobrando quase nada para investimento. Fica de mãos atadas. E a cidade desce ladeira abaixo. Como não se investe em infraestrutura e na construção de um modelo econômico alternativo não se consegue gerar empregos suficientes, mantendo a pressão por empregos na prefeitura. É o círculo vicioso nada virtuoso. Que não se espere um bom final desse processo.
É possível que hoje- depois de dois governos desastrosos- uma parcela considerável de nativos tenha percebido que a vaca está indo pro brejo ou que, até mesmo, já esteja no brejo. Também é possível que os não-nativos tenham percebido que precisam se mobilizar para participar do processo eleitoral para sair desse quadro de estagnação. Essa é a única forma de salvar a cidade. Chega de INHO.
Observação: este texto foi escrito por sugestão do meu amigo Sena a partir da leitura do excelente editorial “É cada um por si” do Jornal O Peru Molhado, escrito pelo meu amigo Sandro Peixoto.
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Domingo, 17.04.11
Li no Jornal de Sábado (16/04/2011) que o governo de Arraial do Cabo fez uma pesquisa de opinião para traçar o perfil da juventude do município. Foram entrevistados 350 jovens entre 15 e 29 anos que responderam a 54 perguntas. A iniciativa é da Superintendência da Juventude. A partir da análise da pesquisa poderão ser elaboradas políticas públicas voltadas para eles. De acordo com o superintendente da juventude, Ayrton Freixo, esta "é a primeira vez que uma cidade realiza uma pesquisa destinada à juventude no Estado do Rio de Janeiro".
Búzios deve ter atualmente 30% de sua população nessa faixa etária de 15 a 29 anos. São mais de 8.000 jovens que nunca tiveram uma política pública específica voltada para eles. Segundo estudos, são as maiores vítimas da violência em nosso município, tanto causando quanto sofrendo.
Fica aí a sugestão para o nosso governo municipal. A pesquisa poderia ser feita pela secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda- a secretaria da primeira dama, Cristina Braga. Muito provavelmente se descobrirá um índice altíssimo de desemprego entre esses jovens. Não só desemprego, mas também relações precárias de trabalho, muito comuns em Búzios. Com base nesses dados, a secretaria poderia elaborar políticas de trabalho e renda- que é a sua razão de ser- para esse segmento. Claro que o Conselho Municipal da Juventude precisaria ser criado para ouvir os principais interessados- os jovens. Precisamos parar com a presunção de achar que sabemos o que os jovens querem. Vamos ouvi-los.
Poderia também, com o embasamento que a pesquisa fornece, pleitear para Búzios políticas para a juventude, tanto do governo estadual quanto do governo federal. O governo federal tem programas e projetos “de montão” para os jovens nas áreas da cultura, educação, justiça, trabalho, etc. Basta ter vontade (política). Mãos à obra.
Ver:
"O que querem os jovens do Brasil?"
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