O ex-secretário Ruy Borba, afastado de suas funções pela juíza de Búzios a bem do serviço público, continuava trabalhando normalmente. Essa, pelo menos, é a convicção do Ministério Público Estadual, que deve ter provas de que tal fato vinha ocorrendo. Talvez fotos, gravações de áudio, filmagens, etc. A juíza não teria decidido por sua prisão preventiva se as provas não fossem robustas. Se, de fato, o ex-secretário desrespeitava a decisão judicial indo trabalhar normalmente como se nada tivesse acontecido, uma pergunta não quer calar: o prefeito Mirinho Braga sabia disso?
Qualquer resposta que ele dê o compromete politicamente e/ou judicialmente.
Primeira opção: o prefeito não sabia que o ex-secretário continuava trabalhando. Resposta que não convence. Um prefeito não pode dizer que não sabia o que acontecia próximo ao seu gabinete. Compromissos com o ex-secretário o impedia de impor sua vontade? Então, era um prefeito fantoche.
Segunda opção: o prefeito sabia. Como autoridade máxima do município, deve ter autorizado o ex-secretário continuar trabalhando. Neste caso, tem que ser responsabilizado judicialmente por também desrespeitar decisão judicial.
A única saída para o prefeito é negar, como fez em nota à TV INTERTV, que o secretário continuava trabalhando desde julho quando a Justiça o afastou de suas funções. Só lhe resta ganhar o confronto com as provas do MPE.
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