 |
Subsecretário do Ambiente, RJ, Luiz Firmino, foto G1 |
Em matéria confusa o jornalão O Globo de ontem (12) relaciona os projetos do governo do Estado para o tratamento de esgoto na Região dos Lagos.
No vídeo, aparecem o subsecretário de ambiente, Luiz Firmino, e o agente regional do INEA, Túlio, mas a reportagem informa que “agentes da secretaria estadual de Saúde” estiveram em Cabo Frio para “verificar a situação da estação de tratamento do Jardim Esperança (JE)”. Agentes de saúde verificando ETE? Até que seria bom!
Parece que o governo estadual ainda não entendeu o que está acontecendo no país e em Búzios: o povo não aceita mais que decisões importantes para a sua vida sejam tomadas em gabinetes sem a sua participação. Os dirigentes estaduais da área ambiental- SEA e INEA- falam de projetos como se eles pudessem ser implementados na Região sem a mínima discussão com a população diretamente impactada. Limitam-se a discutir com os prefeitos a portas fechadas. Firmino fala em “acordos” com os prefeitos de Iguaba, São Pedro, Cabo Frio e Búzios. Que acordo cara-pálida? Audiência Pública e Estudos de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), pelo visto, não existem no vocabulário dessas “autoridades”.
Gastar 25 milhões de reais para a instalação de rede separativa em Búzios e nas áreas principais de Cabo Frio, São Pedro e Iguaba, e mais 15 milhões para ampliar em 30 hectares e tornar terciária a ETE do JE, tudo bem. Mas afirmar que o efluente resultante do tratamento terciário, por ser “água limpa e tratada”, poderá ser despejado no Rio Una é outra coisa. É preciso que se apresente estudo de impacto ambiental provando que essa é a melhor alternativa e que nenhum dano será causado ao rio. Estudo que deve ser discutido em Audiência Pública. Pior ainda, se pensarem em dar o mesmo destino para os efluentes dos tratamentos “terciários” (com quantos coliformes fecais?) de esgotos de São Pedro da Aldeia e de Iguaba Grande.