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Fotos de Adriana Amaral |
"Foi levantado, divulgado e solicitado ajuda das autoridades competentes em relação a esse problema, mas até a presente data nenhuma providencia foi tomada.
O número de valas negras sendo lançados diretamente nas praias da cidade de Armação dos Búzios é assustador; e o mais assustador é o fato das autoridades responsáveis se preocuparem em fechar convênios com o setor turístico e não se preocuparem em preservar e proteger as praias ou se conscientizarem que os turistas procuram as praias como primeira opção para visitar o balneário, o resto é paliativo.
Basta olhar as fotos acima que fica fácil de ver os riscos que a população e turistas estão correndo.
Quando houve a contaminação na praia da Tartaruga em que várias pessoas foram parar no hospital e uma perdeu a visão, uma semana depois no Carnaval a praia estava liberada para o banho, colocando em risco a saúde dos turistas desavisados.
“ É oportuno considerar que o resultado dessa omissão participativa é um prejuízo a ser suportado pela própria coletividade, porquanto o direito ao meio ambiente possui natureza difusa. Alem disso o fato de a administração desse bem ficar sob a custodia do Poder Publico não elide o dever do povo atuar na conservação e proteção do direito do qual é titular. (Celso Antonio Pacheco Fiorillo)”
Por isso como Bióloga a sensação de ver tanto descaso em relação ao meio ambiente em Búzios, me faz tomar ações para preservação e proteção ambiental com ajuda de instituições privadas, como UFRJ, Petrobras e o Instituto de Preservação Ambiental Marinho de Búzios.
Coletamos 9 amostras de água do mar das Praias de Geribá, canto esquerdo e direito, João Fernandes, Azeda e Azedinha, Ferradura, Brava, Olho de Boi , Manguinhos e Tartaruga, que foram levados ao laboratório da UFRJ e laboratório Sergio Franco, os laudos devem sair nos próximos dias e estaremos divulgando o resultado das analises. Os principais jornais do Rio de Janeiro já estão aguardando esse laudo e já estão com as fotos e a previa da matéria.
Cabe as autoridades tomarem ações em relação a essas valas negras e esgotos.
Não sou política sou ambientalista defendo o meio ambiente sim, assim como Chico Mendes, e temos leis que foram criadas para serem respeitadas:
Segundo a resolução CONAMA 001, de 23.012.1986 que define Impacto Ambiental como sendo qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetem:
A saúde, a segurança e o bem-estar da população
As atividades sociais e econômicas
As condições estéticas e sanitárias do Meio Ambiente
A qualidade ambiental.
E com base no Direito Ambiental que define o Meio Ambiente como um interesse Transindividual, ou seja, O meio ambiente , como bem a ser juridicamente protegido, enquadra-se na categoria daqueles que ultrapassam a esfera puramente individual na medida em que os efeitos da degradação ambiental passam a ter reflexo coletivo.
levando em conta o Principio da natureza publica da proteção ambiental que retrata o meio ambiente como um bem de uso comum ao povo, formado no inc.I do art. 2◦ da Lei n ◦6.938/1981, recepcionada pela Constituição vigente , que dispõe acerca da ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio publico a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.
Fica aqui mais uma vez o alerta para as pessoas evitarem de mergulhar na frente da saída dessas valas e o pedido de ajuda as autoridades responsáveis para que solucionem esse problema, e tomem ações em nome da estética e saúde da população da cidade de Búzios".
Adriana Amaral
contato: adianaamaral.ipam@gmail.com/
aamaral.colunistaambiental@gmail.com
Referencias: GUNDLACH ER. 1978 Vulnerability of coastal impacts/ MALTHUS TJ 2003. Remote sensing of the coastal zone./ Impacto Ambiental MMA/ Direito Ambiental R. Miranda.