O modo como a Cidade de Búzios está sendo administrada pelo prefeito André não é "normal". É uma "aberração". Foi o que disse o vice-prefeito de Búzios Carlos Alberto Muniz na entrevista concedida ao jornal Folha de Búzios (ver
https://www.youtube.com/watch?v=8xzev0BPIQQ).
Segundo ele, a administração pública municipal atual é uma verdadeira "caixa-preta", pois não há "transparência nas decisões e no uso dos recursos públicos". O governo não atende aos interesses da maioria da população mas a "outros interesses", de uma minoria. Faz-se muita "politicagem". Esta forma de administrar a Cidade, que segue modelos de administrações anteriores, é "lesiva à população, aos trabalhadores". Tudo o que a população está querendo é "transparência e honestidade". E poder decidir o que fazer com o dinheiro público que, afinal, lhe pertence.
Muniz conclui a entrevista conclamando a população de Búzios a continuar mantendo pressão sob o governo, porque segundo ele, todo o governo é igual a feijão, "se não tiver pressão, não amolece".
Alguns esclarecimentos feitos pelo vice-Prefeito na entrevista:
1) Obra na Tartaruga - segundo ele, a obra foi licenciada em novembro de 2012, nos estertores do governo Mirinho, quando houve um "surto de licenças de obras complicadas, sempre com as mesmas pessoas e os mesmos cenários". Entre as obras cita a do Mangue de Pedras e uma outra na Enseada do Gancho. Entre as pessoas, cita Adriana Saad e Paulo Abranches.
Revela que conseguiu que o INEA revogasse uma cláusula "absurda" contida na licença da obra da Tartaruga que fechava o caminho entre Manguinhos e a Tartaruga.
2) Solidadriedade com o movimento dos Professores - O vice-prefeito se posiciona contra a redução do salário dos professores contratados e a favor da eleição direta de diretores de escola, assim como defende que seja fornecida merenda de qualidade aos estudantes.
3) Estabelecimento de capacidade de carga da cidade - Muniz concorda com a AHB nesse sentido. Compara Búzios a um apartamento. Como dar uma festa aberta a todos em um apartamento de 2 quartos?
4) Defende a implantação do Projeto Índio da Costa.
5) Pela revisão da questão dos navios. Para ele, o local de fundeio não é adequado, a quantidade de pessoas que desembarcam é desproporcional ao tamanho da cidade e o consumo feito pelos passageiros dos navios não dá retorno. A hospedagem em Búzios não tem que ser feita em navios mas na rede de hotéis.