Li no Jornal de Sábado (16/04/2011) que o governo de Arraial do Cabo fez uma pesquisa de opinião para traçar o perfil da juventude do município. Foram entrevistados 350 jovens entre 15 e 29 anos que responderam a 54 perguntas. A iniciativa é da Superintendência da Juventude. A partir da análise da pesquisa poderão ser elaboradas políticas públicas voltadas para eles. De acordo com o superintendente da juventude, Ayrton Freixo, esta "é a primeira vez que uma cidade realiza uma pesquisa destinada à juventude no Estado do Rio de Janeiro".
Búzios deve ter atualmente 30% de sua população nessa faixa etária de 15 a 29 anos. São mais de 8.000 jovens que nunca tiveram uma política pública específica voltada para eles. Segundo estudos, são as maiores vítimas da violência em nosso município, tanto causando quanto sofrendo.
Fica aí a sugestão para o nosso governo municipal. A pesquisa poderia ser feita pela secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda- a secretaria da primeira dama, Cristina Braga. Muito provavelmente se descobrirá um índice altíssimo de desemprego entre esses jovens. Não só desemprego, mas também relações precárias de trabalho, muito comuns em Búzios. Com base nesses dados, a secretaria poderia elaborar políticas de trabalho e renda- que é a sua razão de ser- para esse segmento. Claro que o Conselho Municipal da Juventude precisaria ser criado para ouvir os principais interessados- os jovens. Precisamos parar com a presunção de achar que sabemos o que os jovens querem. Vamos ouvi-los.
Poderia também, com o embasamento que a pesquisa fornece, pleitear para Búzios políticas para a juventude, tanto do governo estadual quanto do governo federal. O governo federal tem programas e projetos “de montão” para os jovens nas áreas da cultura, educação, justiça, trabalho, etc. Basta ter vontade (política). Mãos à obra.
Ver:
"O que querem os jovens do Brasil?"
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