Tive acesso à apostila "Cadernos Pedagógicos- Português, Matemática" do curso Projovem Trabalhador de Búzios. Na página 37, com o título "Veja os seus direitos", encontramos:
"...Por isso, o mais conveniente pode ser o empregado procurar informar-se sobre essas questões, antes de acenar as contas com a empresa. Quando o demitido tem um ano ou mais de trabalho na empresa, a rescisão do contrato é assinada no sindicato da categoria ou na Delegacia Regional do Trabalho. Quando tem menos de um ano, o aceno é feito na própria empresa. O advogado especializado em direito do trabalho, Carlos Balarem explica que, ao ser demitido o em-pregado tem os seguintes direitos trabalhistas:"
Vamos acenar as contas? Para quem?
"Saldo salarial: recebe pêlos dias trabalhados no mês."
Quanto mais trabalhar mais "pêlos" recebe?
"Aviso prévio: um salário, de valor igual ao do mês de demissão. Aqui o em-pregado tem três opções: dispensar o em-pregado de trabalhar no período de aviso prévio: exigir que se trabalhe durante os 30 dias, mas dispersando-o três horas mais cedo ..."
Está na hora da dispersão? Não existe ; ?
"Fundo de garantia: o dinheiro do FGTS deve ser sacado na Caixa Econômica Federal. Mas os 40% do Fundo de Garantia não são mais pagos ao trabalha-dor na hora da rescisão do contrato..."
Vamos trabalhar a dor?
"Acordo coletivo: alguns sindicatos costumam negociar benefícios adicionais para proteger o trabalhador no caso de de-missão."
Qual é a missão de?
"11. Leia o texto abaixo para informar-se sobre as profissões e setores que tendem a expedir ou não."
Profissões expedem o que?
"Depois de ouvir especialistas da área de recursos humanos, é possível apontar os setores e profissões que prometem se expandir em 2005 no Paraná."
Em primeiro lugar, qual o interesse que têm os estudantes de Búzios no mercado de trabalho do Paraná? Pegaram a apostila de lá e enfiaram goela abaixo dos nossos alunos. Economia de gastos? Búzios gasta R$ 794.937,50 com o curso! É muito dinheiro e muito pouco caso com nossos jovens.
Em segundo lugar, fica claro que a apostila foi feita a toque de caixa, o que resultou em um trabalho cheio de êrros de impressão. Tem trechos que, por causa dessas falhas, ficam incompreensíveis.
Em terceiro lugar, tem uma piadinha de muito mau gosto sobre funcionário público com o sugestivo título "ninguém trabalha" (página 31). Alô ASFAB. Alô Osmane, estamos aguardando seu pronunciamento.
Nas outras duas apostilas dos "Cadernos Pedagógicos" - Básico e Inclusão Digital- os êrros se repetem.
Se trata aqui de uma coisa muito séria. Não se brinca com a educação de jovens buzianos impunemente. Estou enviando este post para todos os grandes jornais do país, para o Ministério do Trabalho, para o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (reclamação
115548) , Ministério Público Federal (
2010.09.29.132639), , Controladoria Geral da União, Jornal Primeira Hora, Jornal O Perú Molhado e ASFAB.
Comentários: