Casas sem abastecimento de água (casas que não estão ligadas na rede de distribuição da concessionária):
1º) Arraial do Cabo - 44% (3.942 casas), 12.268 moradores
2º) Rio das Ostras - 40,6% (14.081 casas), 44.016 moradores
3º) Cabo Frio - 37,3% (22.194 casas), 73.640 moradores
4º) Armação dos Búzios - 19,9% (1.795 casas), 5.801 moradores
5º) Iguaba Grande - 17,8% ( 1.347), 4.362 moradores
6º) São Pedro da Aldeia - 15,8% (4.374), 14.947 moradores
7º) Araruama - 13,1% (4.694), 15.938 moradores
Fonte: IBGE
|
Foto do grupo Calçada Livre do Facebook |
No último Censo (de 2010), o IBGE constatou que tínhamos 9.030 Domicílios Particulares Permanentes ocupados (DPP) onde viviam 27.560 pessoas. Dentre estes DPPs, 7.235 (80,1%) tinham abastecimento de água. Ou seja, em pleno século XXI, 1.795 casas (5.801 pessoas) em Búzios não eram abastecidas com esse líquido tão precioso para a vida chamado água. Na linguagem do IBGE estes "domicílios particulares permanentes em áreas urbanas com ordenamento regular, por forma de abastecimento de água e existência e características do entorno" não estavam ligados na rede geral de distribuição de água da Prolagos. Por si só isso já é uma calamidade que não poderia ocorrer de forma alguma no 5º município mais rico do Estado do Rio de Janeiro. Diante da incompetência do governo municipal, miséria pouca é bobagem. Quando comparamos as "características urbanísticas do entorno dos domicílios" de Búzios com a média das características deste imenso país chamado Brasil, chegamos à conclusão que, além da incompetência inconteste, muito dos recursos financeiros do município, muito provavelmente, devem estar saindo pelo ralo da corrupção. Vejamos.
Dos 7.235 DPPs ligados na rede de abastecimento de água- o IBGE nem considerou os outros, sem recebimento de água- apenas 35,3% (2.556) deles tinham calçada. Ressalte-se que na pesquisa o IBGE não considerou o estado delas. Simplesmente verificou se existia algo que poderia ser chamado pelo nome de calçada. O que impressiona é que no País 69,0% das casas têm calçadas. Como explicar tamanha disparidade entre a realidade municipal e a nacional?
Mas não é somente quanto a existência de calçadas que apresentamos resultados piores do que o nacional. Vejamos.
-Apenas 42,3% (3.065) dos DPPs de Búzios têm "identificação de logradouros", enquanto no Brasil o índice é de 60,5%. Ou seja, mais de três mil pessoas vivem sem endereço. É por isso que muita gente vem para Búzios pra se esconder. Ninguém o acha por aqui.
- 4.101 casas (56,6%) têm arborização em seu entorno. No País, 68,0%.
- 81,7% das vias do país são pavimentadas. Em Búzios, apenas 70,0%, no entorno de 5.065 DPPs. E o prefeitinho mentiroso disse, em 2004, quando saiu, que deixou 90% das ruas de Búzios calçadas.
- No Brasil apenas 4,7% dos DPPs contam com rampa para cadeirantes. O que já é um castigo para os deficientes físicos. Em Búzios, o castigo é oito vezes pior: 0,6% (49 imóveis) dos DPPs têm rampas nos seu entorno. Estamos pior do que o Norte/Nordeste cujo índice é 1,6%. No Sul/Centro Oeste, temos o melhor índice do país, 7,8%. Ser deficiente no país é outra tragédia. Em Búzios, é melhor morrer.
- Em pleno século XXI, ainda temos 414 ( 6,4%) casas sem iluminação pública no seu entorno. No Brasil, 3,7%. Considerando que cada casa tenha pelo menos três moradores, temos mais de 1.240 buzianos tendo que transitar por ruas sem iluminação alguma. Que horror! É o verdadeiro governo das trevas. Vade retro, Satanás!
Quanto à existência de bueiros/boca de lobo, meio fio/guia e depósitos de lixo nos logradouros ficamos bem próximos da média nacional. O que não representa nenhuma glória, muito pelo contrário.
-45% (3.257) dos DPPs em Búzios têm bueiros/boca de lobo no seu entorno. No Brasil, 41,5%. Falta saber quantos estão entupidos. Por falar nisso, quando foi que a prefeitura os limpou pela última vez?
-75,8% (5.485) dos DPPs em Búzios têm meio fio/guia. No país, 77,0%.
-3,0% (222) dos DPPs em Búzios têm depósitos de lixo nos logradouros do seu entorno. No Brasil, 5,0%. Imagina se não fossemos uma cidade turística?
Só temos um índice em que estamos melhor do que o país: esgoto a céu aberto. Enquanto no país o índice é de 11,0%, em Búzios nosso índice é de 0,8%. 61 casas convivem com esgoto a céu aberto no seu entorno. Não convivemos com esgoto a céu aberto, em grande proporção, porque adotamos o criminoso sistema de coleta a tempo seco, escondendo o esgoto nas tubulações de águas pluviais sempre que chove. Imagina se não fossemos uma cidade turística?
Meu comentário:
Moramos em uma cidade governada por um "prefeitozinho" que não está nem aí para a cidade. O seu negócio é o poder, custe o que custar. Mesmo que se veja obrigado a nomear um secretário que-acha-que-sabe-tudo-faz-nada em uma secretaria tão estratégica para Búzios como a secretaria de planejamento. O secretário que já foi chamado, muito apropriadamente, de "imbecil vaidoso", pelo atual líder do governo na Câmara de Vereadores, o vereador "no mais, tudo bem" Messias Carvalho, em três anos de governo não conseguiu desenvolver um "planozinho" que fosse até o final. Divide seu tempo entre o Fórum, onde está sendo processado pela metade da cidade por calúnia e difamação, e o licenciamento de obra. Planejar que é bom, nada.
Mas, o grande responsável por esses dados e pelo secretário é o senhor Mirinho dos Pombais.
A forma de abastecimento de água do domicílio particular permanente foi classificada como:--Rede geral de distribuição - quando o domicílio, ou o terreno ou a propriedade em que estava localizado, estava ligado à rede geral de abastecimento de água;--Poço ou nascente na propriedade - quando o domicílio era servido por água de poço ou nascente localizado no terreno ou na propriedade em que estava construído; ou
--Outra - quando o domicílio era servido por água: de poço ou nascente localizado fora do terreno ou da propriedade em que estava construído; de poço ou nascente localizado na aldeia ou fora da aldeia, em terras indígenas; transportada por carro-pipa; de chuva, armazenada em cisterna, caixa de cimento, galões, tanques de material plástico, etc.; de rio, açude, lago, igarapé; ou outra forma diferente das descritas anteriormente." (IBGE)
Segue abaixo a quantidade de domicílios dos municípios da Região dos Lagos que não estão ligados à rede geral de distribuição de água:
1) Rio das Ostras - poço ou nascente: 10.349 domicílios ; outra: 3.254 domicílios; Total: 13.603 domicílios (39,24 % do total de domicílios).
2) Arraial do Cabo - poço ou nascente: 2.228 ; outra: 545 ; Total: 2.773 (30,96%).
3) Cabo Frio - poço ou nascente: 12.362 ; outra: 5.811 ; Total: 18.173 (30,57%).
4) Armação dos Búzios - poço ou nascente: 293 ; outra: 1.484 ; Total: 1.777 (19,71%).
5) Iguaba Grande - poço ou nascente: 236 ; outra: 1.109 ; Total: 1.345 (17,74%).
6) São Pedro da Aldeia - poço ou nascente: 622 ; outra: 2.828 ; Total: 3.450 (12,43%).
7) Araruama - poço ou nascente: 2.502 ; outra: 1.387 ; Total: 3.889 (10,86%).
Em pleno século XXI é inadmissível que existam governos que não consigam abastecer todas as casas com um bem tão fundamental como a água. Alguns destes municípios são muito ricos! Aqui são colocados no mesmo barco furado pobres-do-poço e classe-média-dos-carros-pipas. Deveriam se unir pra exigir, em praça pública, que esses governozinhos incompetentes e/ou corruptos coloquem água imediatamente em suas casas.
É muito atraso! Eles necessitam do atraso tanto quanto de alimento! Como porcos, se chafurdam nele.Fonte:
"ibge"
Parece chover no molhado.
Olha, Luiz, a única coisa que eu espero e confio, é no tempo e na justiça Divina.
Ou seja, pulseiras especiais para todos eles com holofotes e muita mídia.. Já imaginou 15 minutos de Fatástico!?!?!