A sessão da câmara de vereadores de terça-feira (10/08) conseguiu fazer uma radiografia quase completa da triste situação em que se encontra a nossa cidade. Vários sintomas de degradação moral e politica foram apontados. Começou com a discussão do requerimento do vereador Evandro que pede a relação de todos os protocolos fornecidos a partir do primeiro dia deste governo. Suspeita-se que eles estão sendo vendidos. Este é o sintoma 1: corrupção. As suspeitas são tão fortes que o vereador da base, Lorram, votou a favor. O vereador Evandro falou da simbologia do Pórtico separando as duas Búzios e lembrou que o bairro Baía Formosa desde a emancipação está abandonado. Chegou a chamar o ex-prefeito Toninho Branco de Toninho Braga, tal as semelhanças de suas politicas excludentes. Sintoma 2: exclusão social. O vereador Lorram falou dos secretários e diretores que não estão nem aí para a cidade. Depois das 5 horas da tarde e nos finais de semana eles somem e não atendem ninguém. Sintoma 3: falta de compromisso da máquina administrativa com o povo. O mesmo vereador, Lorram, citou o caso de calamidade pública que é o córrego de esgoto em José Gonçalves. O vereador Felipe Lopes reclamou que a cidade está escura apesar de nesta legislatura a taxa de iluminação pública ter voltado a ser cobrada. Falou também do problema do teto da escola José Bento que ameaça cair. Terminou sua intervenção perguntando se algum equipamento foi comprado com o dinheiro dos royalties para conter a chegada de óleo em nossas praias. A vereadora Joice fez uma indicação solicitando que o governo exame a potabilidade da água que as crianças bebem nas escolas municipais. Este é o sintoma 4: descaso com o dinheiro público e com a saúde de nossas crianças. Para finalizar, a questão do cais do Porto Veleiro. Como é que uma pessoa ocupa de forma tão precária um ativo da União e ninguém faz nada? Já fez duas obras e não aconteceu nada. Sintoma 5: a elite faz o que quer na cidade.
Mas o título do post se refere ao discurso do presidente da casa. Para o vereador Messias, o "proprietário" do cais não pode fazer a obra porque ele não tem autorização da União (SPU), que é quem dá autorização para obra em espelho dágua. Se ele não tem autorização da União, se a prefeitura atual também não autorizou (o "tudo a opor" do secretário Ruy), então o governo tem que intervir para "retirar tudo o que ele está fazendo lá". O vereador presidente chega a sugerir que a obra tem que ser desfeita na marra. Calma companheiro! Vivemos em um estado de direito. O proprietário do Cais ganhou um mandato de segurança para continuar a obra. Esse mandato revogou a liminar dada ao presidente da Colônia, Chita. Muito mais razoável é a proposta do vereador Lorram de realizar uma manifestação popular pacífica para paralizar a obra, caso não se conseguisse o objetivo por meios legais.
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