Entre 30 de junho de 2000 e 18 de junho de 2004 o Consórcio Intermunicipal Lagos São João realizou onze reuniões. As atas podem ser consultadas em "Consórcio Intermunicipal Lagos São João". Registram elas momentos inesquecíveis e alguns deles são aqui destacados. Não houve preocupação em corrigir a redação, apenas foram omitidos os nomes das pessoas que se manifestaram com exceção do Dr. Luis Firmino Martins Pereira, secretário-executivo do Consórcio à época e atual subsecretário estadual do ambiente. Mais de quarenta pessoas participaram em cada reunião, muitos deles como representantes de órgãos municipais, estaduais e federais. Nota-se que muitas decisões podem ser questionadas como, por exemplo, a contratação de empresas do setor privado para executarem serviços por ordem do Consórcio. E outras, como a gestão para a obtenção de verba para a construção de uma nova ponte na Ponta do Ambrósio (reunião de 17/10/2002) e a decisão de enviar ofício diretamente para o Ministério do Meio Ambiente sem a preocupação de submetê-lo ao governador do estado do Rio ou, pelo menos, ao secretário estadual de meio ambiente (reunião de 14/03/2001). E há a questão de ter o Consórcio autoridade para enviar ofício à governadora do estado do Rio recomendando a alteração dos termos da licitação para a construção da ponte na Ponta do Ambrósio (reunião de 18/06/2004). Alguns desses momentos inesquecíveis são apresentados com mais detalhe, uma vez que permite que se tenha alguma idéia da dinâmica das discussões. É dada ênfase à questão da dragagem do canal Itajuru por ter sido esse fato um dos principais responsáveis pelo que aconteceu na laguna das Palmeiras, com o próprio canal, com a Lagoa de Araruama e por ter sido realizado ignorando a conclusão de um estudo que é descrito numa tese de mestrado na COPPE/UFRJ. A conclusão na tese é a de que a dragagem do canal pouco impacto teria na melhoria das condições na lagoa. De fato, o que o mestrando concluiu coincide com o que foi comprovado em 1955 e com o que concluiu a Dra. Renata Perpetuo Reis cujo trabalho de pesquisa é citado em texto anterior sob o título “A reunião que mudou o destino da Região dos Lagos”. O que foi registrado nas duas últimas reuniões em 12/03/2004 e 18/06/2004 deve, espera-se, levar o leitor a refletir sobre tudo o que aconteceu desde 30/06/2000 quando ocorreu a primeira reunião do Consórcio. Na reunião de 12/03/2004 o Consórcio tomou ciência de que a licença para a dragagem havia terminado, que não seria concedida nova licença e que estava operando sem licença, ou seja, ilegalmente. E na reunião de 18/06/2004 é informado de que a concessionária Prolagos não pode cobrar a tarifa pelo serviço de coleta de esgoto e por uma razão bastante simples: o sistema de coleta de esgoto em tempo seco, tão ardorosamente defendido pelo Consórcio e pelo Instituto Estadual do Ambiente, não é contemplado na lei que regula a cobrança de tarifas. Quatro anos depois, portanto, do início da implantação do sistema o Consórcio é informado desse, digamos, lapso técnico por parte do subsecretário estadual do ambiente e, à época, secretário-executivo do Consórcio. Essa situação se prolongou até 2008 quando, finalmente, a questão foi resolvida com a assinatura do segundo termo aditivo ao contrato entre a concessionária Prolagos e o governo estadual. A reunião de 18/06/2004 deve ter sido um tanto ou quanto melancólica para todos os presentes. A seguir os momentos inesquecíveis. Em artigo que se seguirá será apresentado um relato da contradição entre a decisão do Consórcio em dragar o canal Itajuru e a conclusão do estudo realizado na COPPE/UFRJ, que o julgou ser ineficaz, estudo este que é citado em reuniões e que estaria orientando as decisões do Consórcio. Confuso, sim: o que é não é o que foi concluído que não dever ser. Mas, não fosse assim, o Consórcio não teria vivido seus momentos inesquecíveis. Entre aspas os registros verbatim. Entre parêntesis o nome da pessoa, cargo ou instituição.
Reunião de 14/03/2001.
“A dragagem do canal de Itajuru, está sendo feita com intuito de desobstrução do canal de navegação, em paralelo a Prefeitura de Cabo Frio fez estudo de impacto ambiental para projeto de dragagem com a finalidade de engorda de praias no canal, que será analisado pela FEEMA; este grupo pede que o Consórcio oficie a PMCF, para colocar pedras no enrocamento (sic) do canal na Praia do Siqueira”. “O Secretário Executivo esclarece que a fiscalização é competência do BPF, IBAMA e Prefeituras. Informa ainda que o Consórcio encaminhou o projeto de “ordenamento pesqueiro” da lagoa para o Ministério do Meio Ambiente”.
Reunião de 25/01/2002.
"Com a suspensão temporária da dragagem do Canal de Itajuru no mês de julho de 2001 a draga foi levada para São Pedro da Aldeia, onde as mesmas Instituições que participaram das discussões para dragagem dos pontos críticos do Canal de Itajuru, apontaram os pontos críticos que precisariam ser dragados no Canal do Boqueirão. Após muitas interrupções como por exemplo a mudança do Comando da Capitania em Cabo Frio, que paralisou a dragagem por atraso na documentação da draga e constantes quebras mecânicas na draga”. “O Consórcio aguarda para o final do mês de fevereiro, a conclusão dos estudos da hidrodinâmica da Lagoa, que estão sendo realizados pela COPPETEC”.
Reunião de 14/06/2002.
“O Secretário Executivo do Consórcio informou, que as verbas para desassoreamento prometidas para a Lagoa de Araruama, não saíram. Em relação a verba garantida pela bancada federal do estado, o Secretário esclareceu que tecnicamente o projeto apresentado pelo Consórcio à Agencia Nacional de Águas – ANA, para remoção da ponte da Ponta do Ambrósio e dragagem da lagoa, foi aprovado e, falta empenho político para liberação dos recursos. O Secretário informou também que o presidente do Consórcio irá a Brasília no próximo dia vinte e cinco, para tentar viabilizar a liberação do recurso, uma vez que as verbas federais só poderão ser liberadas até o final do mês de julho”.
Reunião de 17/10/2002.
“A draga da Álcalis que atua no canal de Itajurú a serviço do Estado está parada no momento, aguardando a chegada de peças”. “[O secretário-executivo] informou a situação das obras da Prolagos”. “ETE de Iguaba está com a construção paralisada e processo na delegacia de polícia”. “As Prefeituras de Iguaba e Araruama colocam à disposição o apoio financeiro para as ações de desassoreamento visando a recuperação das praias. (omitido) se posiciona contrário a qualquer intervenção; há 15 mil pessoas que vivem da pesca na lagoa e que as dragas tiram substrato que serve de alimentação para os peixes endêmicos na Laguna, a carapeba e a perumbeba; a colônia e os pescadores devem ser chamados para opinar e participar das decisões; os pescadores, legítimos e primeiros usuários da lagoa, sempre são relegados a planos secundários; solicitam intervenção do IBAMA e nada é feito; sempre o pescador é punido; Sr. (omitido) e (omitido) corroboram com as afirmações. O Sr (omitido) argumenta que em sendo a Laguna uma APP, nem pesca poderia haver. (omitido) argumenta que o problema da pesca do camarão não é a remoção das conchas. (omitido) contesta informando que quanto ao camarão a afirmação é correta, entretanto várias espécies de peixes são afetadas pelas dragagens. (omitido) informa haver estudos da USP afirmando que essa atividade é benéfica. (omitido) informa nada ter contra a continuação da atividade na lagoa desde que se prove que as conchas são recursos renováveis; que serão repostas em curto prazo; que as dragas tenham condições de operar com segurança; que no momento se posiciona contra qualquer plano de uso das dragas tendo em vista que os termos acordados; que as dragas estão em precárias condições e vazam óleo com freqüência”. “A dragagem está sendo efetuada de maneira inversa”. “Quanto à remoção da Ponte do Ambrósio serão feitas gestões junto ao Governo Federal para liberação do recurso da verba de bancada reservada para esse fim”. “Fazer gestões para liberar verba com vistas a construir ponte sobre o canal do Ambrósio em substituição à atualmente existente”.
Reunião de 21/11/2002.
“(omitido) propôs transferir o gerenciamento da draga para o Consórcio, não deixando sob a prefeitura de Cabo Frio. (omitido) informou, que a draga está a serviço do Governo do Estado. Foi levantando a questão de segurança da integridade da draga. (omitido) da PMCF informou, que a prefeitura já colocou guarda no local”. (omitido) esclareceu que se trata de uma dragagem cara e que a Álcalis deverá contratar uma empresa especializada para executar o serviço”.
Reunião de 14/01/2003.
“(omitido) perguntou a representante da Prolagos, se Portugal não vai mas investir na região, ficando sem reposta”. “(omitido) colocou que o contrato de concessão é com a Prolagos, não importando da onde vem o recurso, na sua opinião tem que se partir para multas e acha que o CILSJ deve contratar um jurista especialista para que esse contrato com a Concessionária seja cumprido a risca na justiça”. “O Sr. Luiz Firmino informou que cada prefeitura disponibilizará uma quantia de 2 mil reais por mês para garantir o funcionamento da draga”. “O representante da Álcalis esclareceu que será dragado primeiro as áreas livres e depois o trecho do Palmer até o Boqueirão. (omitido) colocou que ao dragar o trecho das Palmeiras vai entrar muita lama em direção a São Pedro da Aldeia, por isso acha que se deve dragar primeiro o Boqueirão. (omitido) colocou que se deve dragar em primeiro lugar os pontos de gargalo e depois partir para dentro da lagoa, sempre ouvindo os pescadores. (omitido) colocou que deve ser realizada uma audiência pública para definir a dragagem. Foi colocado em votação e não foi aprovado”. “O Sr. Luiz Firmino sugeriu a criação de uma comissão de acompanhamento e que a Álcalis faça o projeto executivo da dragagem. Foi colocado em votação e aprovado”. “O representante da empresa TERPASA informou, que o Projeto Executivo da dragagem foi feito pela empresa AQUAMODELO Consultoria e Engenharia em dezembro de 2002 e foi intitulado de “Projeto Básico de Dragagem do Canal de Itajurú na Enseada das Palmeiras – Lagoa de Araruama – RJ". “A empresa TERPASA terá trinta dias para mobilização da draga e está ata funcionará como Ordem de Serviço”.
Reunião de 09/05/2003.
“(omitido) colocou sobre a necessidade de um estudo em relação à saída de esgoto na Boca da Barra do Canal de Itajurú, que poderá contaminar a Praia do Forte. O Sr. Luiz Firmino respondeu que a Praia só ficará contaminada se não forem feitos os tratamentos de esgoto, que estão previstos para a Lagoa de Araruama”. “(omitido) colocou que a enseada das Palmeiras é berçário da lagoa, portanto os pescadores não irão aceitar nenhum aterro na sua orla e já entraram com ações no MP estadual e federal”.
Reunião de 19/09/2003.
“O Sr. Luiz Firmino fez a apresentação do projeto de dragagem que está em andamento no canal de Itajuru”.
Reunião de 12/03/2004.
O Dr. Luiz Firmino esclareceu que a Licença de Operação emitida pelo IBAMA para dragagem do Canal de Itajuru teve seu prazo terminado em 2003, não sendo renovada pelo motivo do IBAMA não ter aceitado as condicionantes do EIA/RIMA apresentadas pela PMCF. Atualmente a dragagem está sendo feita sem licença”. “Esclareceu algumas duvidas e questionamentos em relação à cobrança pelo tratamento do esgoto, informando que houve consenso por parte dos poderes concedentes (estado e prefeituras) e concessionárias, para ser cobrado 34% a mais do valor atual da tarifa de água”.
Reunião de 18/06/2004.
“O projeto da Ponte será agora encaminhado para a governadora a fim de ser licitado. Plenária aprova que o CILSJ oficie à governadora no sentido de colocar a obra da ponte dentro da licitação da duplicação da estrada“. “O promotor perguntou sobre como estaria sendo conduzida a cobrança da captação e tratamento do esgoto. Firmino explica que a captação em tempo seco criou uma situação inusitada, pois não está prevista na lei. A forma de cobrar não pode ser um para um, pois não existe a rede”.
Cerrem-se as cortinas e que o último a sair acenda a luz.
Ernesto Lindgren
19/08/2010
Tem-se que ser repetitivo. O que aconteceu na Região dos Lagos se compara ao 11 de setembro em Nova Iorque. Não vamos esquecer: aqui destruíram a maior lagoa de água salgada do mundo e os responsáveis devem ser imortalizados. Alair Corrêa, Luiz Firmino Martins Pereira, Arnaldo Villa Nova, Márcio Flávio Moreira, Marilene Ramos, e há outros, são seus nomes e o resultado está ai: na laguna de Cabo Frio vive-se de costas para o mar, como alerta o artigo na revista CIDADE ONLINE (www.revistacidade.com.br), e de frente para a burrice. Alair, autointitulado porta-bandeira na campanha para a prefeitura em 1999, é uma prova de que bacharel não tem competência para assumir a responsabilidade de um engenheiro. Foi dele a estúpida ideia de canalizar os três valões no 1º distrito de Cabo Frio usando manilhas de concreto em lugar da tradicional vala sem fundo com laterais de concreto e coberto, coisa que se encontra em manual de “Como se faz” comprado em banca de jornal. A ele se juntaram o pseudocientista Firmino e puxa-sacos mamadores de tetas governamentais. Não bastou a burrice. A ela somaram-se as boçalidades registradas nas atas das reuniões dessa excrecência, o Consórcio Intermunicipal Lagos São João, uma vergonha para a engenharia nacional. Toda essa gente deveria ser processada por ter cometido crime ambiental e falsidade ideológica. O consórcio promoveu a dragagem do canal Itajuru pretendendo renovar a água da lagoa de Araruama. Desistiu, depois de onze anos, uma confissão de que fez burrice, já que a lagoa é e sempre foi fechada. Desperdiçou dinheiro público enchendo os bolsos de profissionais que por dever de ofício deveriam se ter recusado a participar da farsa.
Ricardo Fernandes, que mantem um escolinha de vela na praia das Palmeiras, Cabo Frio, comenta que para cá veio em 1975 com seu irmão Ronaldo, considerando que a enseada é ideal para ensinar crianças a velejar. Sempre foi. Muita gente, na década de 1950, enfrentava seis horas de viagem do Rio até Cabo Frio, cruzando a baia de Guanabara com pequenos veleiros acomodados sobre carros. O que chama de assoreamento sempre existiu. Na saída do canal, passando a Ilha do Anjo, na maré vazante o banco de areia fica exposto sendo, portanto, natural. Foi anotado pelo grupo de geógrafos do antigo Conselho Nacional de Geografia - atual IBGE - que pesquisou a Região em 1956.
Se Ricardo e Ronaldo tivessem vindo bem antes de 1975 teriam observado que a enseada das Palmeiras ficava lotada de gente com pranchas a vela, hobiecats, lasers, cataventos, dingues.
A burrice se instalou em Cabo Frio no final da década de 1990. Até então era possível fazer tudo o que os irmãos Fernandes pretendem fazer agora. O problema é conseguir a permissão dos pais das crianças, que seriam seus alunos, para que se arrisquem a entrar na imundice na laguna.
Ernesto Lindgren
30/12/2011
Inúteis. Duplamente inúteis são as duas dragas estacionadas, talvez atoladas no esgoto in natura que se depositou nos fundos do Canal Itajuru e na parte submersa do Canal Palmer na enseada das Palmeiras, laguna de Cabo Frio.
As provas da incompetência de como o Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) conduziu a questão da contratação das duas dragas é bastante para mandar embora essa turma de charlatões que há anos vem desperdiçando dinheiro público.
Primeiro. Não é possível ignorar e perdoar a estupidez inicial. Consta da Constituição Federal, Capitulo II, Da União, Artigo 20 e, Inciso IX: “São bens da União: - os recursos minerais inclusive do subsolo”. Ora, se as dragas foram contratadas e agora permanecem paradas, já que não se sabe o que fazer com o material que seria retirado, por pertencer à União, de duas, uma, ou ambas: 1) o Consórcio sabia da restrição e do que iria acontecer, tendo, portanto, havido má fé; 2) malandragem.
Segundo. A intenção era a de dragar o canal Itajuru para que a água da lagoa de Araruama fosse renovada. Isso jamais irá acontecer, já que está mais do que provado que a lagoa é fechada.
A combinação de má fé com malandragem é coisa de charlatão que fez curso de mestrado, doutorado e pós-doutorado com o Urubu Malandro.
Governador! Fecha esse Consórcio!
"Vídeo feito de um celular no Canal do Itajuru nas imediações da antiga Casa Canal (centro). O evento é de uma caixa de esgoto feita no governo Alair para acabar com as inundações da Rua Raul Veiga. Quando enche a caixa, a bomba liga e lá se vai nossa laguna. Pergunto onde está o tratamento desta caixa e outra que vem da Rua 13 de Novembro com o mesmo esquema".
Ver:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8887Visitem meu outro blog: "Iniciativa Popular Buzios"
t$="true" width="400" />O Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) colocou em votação as leis da Física, declarou-as inválidas e concluiu que a água da Lagoa de Araruama pode ser renovada.
Decretada a destruição da lagoa e das lagunas outro problema começou a se manifestar. Este colunista, em 25/07/2011, enviou um e-mail à Prolagos com as fotos de Antônio Ângelo Trindade Marques mostrando a coloração da água na Boca da Barra, saída do Canal Itajuru, no domingo 24/07/2011. Fez a pergunta “Há explicação?” A resposta veio em 28/07/2011: “A observação desta coloração se dá exclusivamente na saída do canal da lagoa, provocado em casos de maré forte. Pedimos avaliação da área fotografada em 24 (domingo), e não constatamos nenhuma ocorrência relacionada a vazamentos de esgotos ou lançamentos irregulares”.
Chama atenção: a) exclusividade e localização do fenômeno; b) maré forte. Não havendo outro comentário, restou investigar se haveria informação que ajudasse a compreender o problema físico. Este colunista obteve cópias de relatórios de pesquisas sobre o que acontece na foz de um rio ou de um canal com características semelhantes às do Canal Itajuru. A ilustração é autoexplicativa.
O fenômeno decorre do movimento da maré e Antônio Ângelo fará um acompanhamento fotografando a Boca da Barra em dias específicos. O problema é gravíssimo: parte do esgoto permanece no oceano e ao longo dos anos irá poluir a praia do Forte.
Não há razão, porém, para preocupação. O CILSJ conseguiu revogar as leis da Física e seu Comitê do Balde Sanitário há de encontrar a solução para renovar a água do Oceano Atlântico entre Rio das Ostras e Saquarema.
t$="true" width="640" /> Consultada sobre a situação da água na saída do Canal Itajuru, fotografada por Antônio Ângelo Trindade Marques, a Prolagos enviou a este colaborador a seguinte resposta: “A observação desta coloração se dá exclusivamente na saída do canal da lagoa, provocado em casos de maré forte. Pedimos avaliação da área fotografada em 24 (domingo), e não constatamos nenhuma ocorrência relacionada a vazamentos de esgotos ou lançamentos irregulares”. (O destaque é deste colaborador)
É um fenômeno curiosíssimo, ao fotógrafo parecendo ser esgoto diluído na água. Trata-se do “ser ou não ser eis a questão” e sendo localizado e intermitente poderia se tornar uma atração turística. Tal ideia já havia sido sugerida por Luiz Antônio Nogueira da Guia em seu “Jornal do Totonho”, que deveria registrar direitos sobre ela, tendo inclusive prioridade na exploração do serviço de transporte de turistas para o posto de observação.
Lamento muito, como engenheiro civil, que alguns colegas de profissão estejam participando desse ato de charlatanismo liderado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João. No alto das paginas do jornal Convés aparece a anotação “VELOCIDADE NO CANAL ITAJURU - 5 NÓS”, comentário necessário e suficiente para qualquer pessoa concluir ser impossível ocorrer uma renovação dos 640 milhões de litros de água da lagoa de Araruama como anunciam os dirigentes do consórcio. Mesmo que a lagoa fosse aberta. As fotos de Antônio Ângelo Trindade Marques a da draga estacionada na entrada do canal Palmer tipificam o quadro. A avalanche de esgoto in natura irá se repetir atingindo a Ilha do Papagaio e poluindo a Praia do Forte. A dragagem do canal Itajuru só poderá ocorrer depois que se souber que destino dar ao material retirado: é propriedade da União. Os que colaboram carregarão nos seus currículos o registro de terem participado de um escandaloso caso de vigarice na história da engenharia nacional.
Ninguém diz nada, ninguém reclama. Mais uma vez essa droga de consórcio pratica uma engenharia que reflete sua insuperável incompetência. Uma empresa foi contratada para fazer a dragagem do canal Itajuru e só depois que a obra teve início se deram conta de que o material que seria retirado pertence à União. Não sabendo o que fazer, a dragagem foi suspensa e a draga está estacionada em frente à entrada do canal Palmer em Cabo Frio.
A verdade é que Luiz Firmino Martins Pereira e seus Sancho Panças são intocáveis. Fazem o que bem entendem e o povo paga pelo desperdício de dinheiro público.