Política, Sociedade, Educação, Búzios, meio ambiente, Região dos Lagos

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Espaço de discussão dos acontecimentos políticos de Armação dos Búzios


Domingo, 05.01.14

Uma marca a ser construída: DEMOCRACIA



"Em seu artigo 5º, a Constituição de 1988 garantiu ao povo brasileiro a participação popular, o direito à informação, a livre manifestação do pensamento, entre tantos outros direitos. Como a liberdade, a informação é uma das condições mais importantes para a participação popular, porque está ligada ao conhecimento e o conhecimento é um patrimônio da humanidade.  Governantes não têm o direito de exercer “o controle do conhecimento” e “não existe participação popular sem acesso ao conhecimento”. “A exclusão social, em boa proporção, se dá mediante a negação do direito e das possibilidades de acesso ao conhecimento”. (Sobrinho, 2009, p. 45).

Existe uma farta produção de documentos (acadêmicos, jurídicos, governamentais, de órgãos de controle etc.) que defende o controle social como o mais legítimo meio de aperfeiçoar a democracia e o serviço público. Serviço público é custeado pelos impostos do povo e é a ele que governantes brasileiros têm que aprender a consultar, já que suas iniciativas, projetos, empreendimentos dizem respeito ao benefício coletivo, à qualidade de vida social, ao interesse público.  As reflexões, que apontam para a consolidação da democracia, pressupõem ”como valor mais alto a cidadania e não o interesse de mercado”. “O interesse geral que supera a soma dos interesses particulares, é uma construção coletiva e esta é a grande obra que se deve esperar da educação superior [de toda a intervenção governamental]”. (ibdem, p. 52 – acréscimo sublinhado).

A gestão pública, portanto, deve se pautar pela legalidade, impessoalidade, transparência, sobretudo, investimentos na democratização das relações, por parte de governantes, porque se trata de compromisso ético, político. “Essa função pública é sua responsabilidade social”.  “É preciso instaurar uma ética da responsabilidade social, que vincule os atores acadêmicos e os agentes da sociedade civil organizada às agendas públicas realmente voltadas ao atendimento das demandas das populações, e não meramente à validação e legitimação dos projetos mercantilistas...” (ibdem, p. 49).

“Cabe a todo governante se perguntar se seus gastos/projetos são, como sugere Sobrinho (2009), uma construção coletiva, de autonomia, de solidariedade, de instituições efetivas da vida pública, a fim de que o necessário aumento de produtividade e fortalecimento da dimensão material das sociedades não se afaste da produção de maior equidade, inclusão e participação social.” (ibdem, p. 53)

Mas tudo o que foi transcrito, até aqui, será inútil se, de fato, governantes continuam praticando a velha política da “casa grande e da senzala ”, ambiente em que, naturalmente, se mantém a cultura do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Esse texto só produzirá seus sentidos se participação for entendida como envolvimento dos atores sociais e não como palco para meros expectadores. Para que este texto produza seus sentidos, uma atitude apenas deveria ser a verdadeira MARCA e preocupação de todo governante: onde anda minha humildade? Onde anda minha capacidade de aplicar a mim mesmo a pedagogia da democracia? Onde anda minha capacidade de me deparar com ideias e pensamentos diametralmente opostos e, assim mesmo, considerá-los? Não se nasce um democrata.  Forma-se um democrata, pela autocrítica, no exercício permanente do encontro com diferentes pensamentos, que nos ensina a saudável negociação de nossos posicionamentos." 

SOBRINHO, José Dias. Educação Superior, globalização e democratização: o debate ético-político, P. 33/55. In LEITE, Denise et al. Avaliação participativa e qualidade – os atores locais em foco. Porto Alegrie: Sulina, 2009. 

Cristina Pimentel

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por ipbuzios às 11:09

Domingo, 22.12.13

Os que se prestam a qualquer coisa


Foto do grupo "Vamos Salvar o Peró..." do Facebook


Tendo em vista o debate a respeito da construção do Club Med  no Peró republico a resposta de Cristina Pimentel  (jornal O Perú Molhado) ao artigo de Sandro Peixoto.

Adianto que o texto de Cristina Pimentel me representa.
O texto de Sandro Peixoto não me representa.

"Um dos fenômenos mais interessantes que ocorre com a leitura é a construção de imagens, de dentro para fora, ao contrário das artes visuais, cujas imagens estão diante de nossos olhos, e que também convidam o apreciador a outras viagens. Pois ao ler o artigo “Só a riqueza transforma”, publicado no último número do Jornal “O Perú Molhado”, a imagem que me veio foi a de quem atira pedras. E só atira pedras quem tem certezas demais e por serem tantas as certezas, são pedras desconectadas da História, portanto, de efeito catástrofe bem maior do que opiniões “erradas”.


Cabe esclarecer, antes, que Mônica Casarin a quem Sandro Peixoto, autor do texto, atribui “opiniões erradas” é Presidente da AMOCA – Associação de Moradores e Caseiros da Ferradura e que ela não está sozinha em seu posicionamento contra o empreendimento intitulado Club Med, nas Dunas do Peró. Com a Presidente da AMOCA, inúmeras entidades, pesquisadores e cientistas se colocam contra esse empreendimento, no local.

O título do artigo de Sandro Peixoto já é um engano, pois não é a riqueza que transforma, mas a educação é que é transformadora. Foi, através da educação, que a Coreia do Sul se transformou em um dos países mais ricos do mundo e, o mais importante, a prosperidade alcançou toda a nação. Ao final de seu artigo, o autor do texto atira Karl Marx. Pedrada terrível, pois, se não me falha a memória, foi esse filósofo que, entre outros, introduziu o conceito da “mais-valia”, que, grosso modo, pode ser entendido como lucro. Não existem registros, na História do Brasil, de que aqueles que detenham o capital tenham por prática dividir o lucro com seus empregados. Historicamente, o Brasil não superou a perversa concentração de renda, em especial, os empresários da construção civil, mestres em pagar pessimamente mal a um exército de pedreiros e empregados, tratando-os, ainda hoje, a semelhança de escravos. E, aí sim, Sandro Peixoto está correto: “somente a economia, o mercado, a grana, o crescimento econômico, a fartura são capazes”. Capazes de quê e para quem? Sempre para uma minoria, como nos mostra a História.

Se construções do tipo Club Med, nas Dunas do Peró, trouxessem o “desenvolvimento”, então, todos os problemas sociais de Tucuns estariam resolvidos, porque o Breezes ali se instalou. Nessa mesma esteira, todos os problemas sociais de Itaparica e de Angra estariam resolvidos, porque grandes resorts ali se instalaram. Estariam resolvidos os problemas de Fortaleza, de Brasília e até de Cabo Frio. O fato é que o próprio IBGE não nos dá trégua e esfrega em nossa cara os índices de exclusão social e de violência que atingem patamares dolorosos, em especial nas capitais. É a própria História que nos mostra para onde vão os pedreiros e suas famílias, esses que não têm acesso à grana, ao mercado, ao crescimento econômico: dirigem-se, em geral, para áreas ambientais, ocupando-as desordenadamente. A Ditadura acabou, mas as relações promíscuas entre governantes e empresários, especialmente os da construção civil, ah! Isso é um vício! O povo brasileiro, mesmo lutando e reclamando muito, não tem conseguido fazer valer a probidade, nessas relações.

Financiadores de campanhas, de jornais, sempre cobiçosos de um pedaço de patrimônio ambiental, como a Praia Azeda, por exemplo, ou gordas fatias de um negócio qualquer, são bem capazes, dia desses, de transformar pacifistas, como Mahtma Gandhi, Golda Meyeir, Martin Luter king, Nelson Mandela em verdadeiros bandidos, já que não pertenceram ao seleto mundo da economia, do mercado, da grana e do crescimento econômico, que é o que sustenta gente que se presta a qualquer coisa. Pouco importa que a economia, o mercado, a grana, o crescimento econômico, a cobiça é que tenham assassinado Chico Mendes. Quem sabe, ainda vejamos circular na imprensa que Chico Mendes era um grande proprietário de seringais, um grande corrupto, safado e sem-vergonha?   

E diante de tudo isso, nada mais me espantaria. O que seriam as Dunas? “Dunas são somente areia trazida pelos ventos”! – como faz circular os que se prestam a qualquer coisa".

Cristina Pimentel
Servidora pública e estadual.

Fonte: jornal O Peru Molhado, nº 1.173, de 20/12/2013

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Denise Morand

comentou em uma postagem do Blogger.
Compartilhada publicamente  -  13:42
 
Muito bom Cristina! É ótimo ter esse dom de escrever porque além do desabafo, ainda se pode contribuir para a formação de uma opinião pública crítica e consciente. Parabéns!

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por ipbuzios às 07:57

Terça-feira, 19.11.13

Para que Secretaria de Turismo?

"Rodoviária" de Búzios, foto de Cristina Pimentel 

Para que Secretaria de Turismo I?

Já postei, em outras ocasiões, comentários sobre a nossa “Rodoviária”. Mais uma vez o faço, pois, a esperança é a última que morre. Pergunto-me, para que uma Secretaria de Turismo se nem em questões básicas parece haver o mínimo de intervenção, de ordenamento? Secretaria de Turismo para sair em fotos, em inúmeros eventos sociais, para fazer show? 

Nosso “turismo” é cada vez mais predatório e, na atualidade, vence a pressão para que em qualquer lugar, alguém se estabeleça, para vender alguma coisa.  Comerciantes nas praias fazem o que querem e não falo de artesãos e ambulantes. Falo dos que se instalam nas praias, em quiosques, para vender bebidas, frituras, verdadeiros almoços e jantares, que ocupam toda a praia com mesas e cadeiras e que praticam impunemente a tal da “venda casada”, como se isso fosse completamente legal. Existem “quiosqueiros” que pegam leve, são mais conscientes, pois já viram seus negócios ameaçados, pela justa intervenção do Ministério Público Federal. Mas, em muitas praias, o vandalismo de alguns quiosqueiros impera e eles continuam abordando os “fregueses” impunemente: “se sentar, tem que comer”, “só senta se beber e consumir”, “o conjunto de mesas e cadeiras é só 50 reais, mas tem que consumir alguma coisa”. Em praias pequenas, muitos ocupam toda a extensão de areia com sombrinhas, mesas e cadeiras.

Em todos os lugares da cidade, barracas foram liberadas, transformando a cidade numa verdadeira babel. Pois isso é a mais absoluta ausência de gestão, é omissão, e vamos assistindo a mais absoluta decadência no turismo da cidade. 

Micro-ônibus da 1001 estacionados na "rodoviária" de Búzios, foto de Cristina pimentel

Para que Secretaria de Turismo II? 

E a Rodoviária? O caos não é menor. 

É um deixar fazer que impressiona e revolta. As fotos mostram que a atual gestão não se empenha, não tem qualquer gestão para retirar a Autoviação 1001 de cima da calçada. Em outros tempos, ainda como candidato, nosso atual Secretário de Turismo conversava com seus eleitores e fazia coro com tal indignação, pois a empresa se estabeleceu em cima de uma calçada e faz o que quer. Há algum tempo, a Autoviação 1001, trabalha com transfer e agora não é só mais a calçada que ocupa, ela ocupa a rua inteira, onde ficam estacionados vários micro-ônibus. Pessoas que usam a empresa, e são centenas, milhares, especialmente, em feriados e na alta temporada, não têm por onde passar, porque tal vexame, o de ter uma rodoviária sobre a calçada, se junta à outra vergonha, a de não ter calçadas.

 A vergonha da falta de mobilidade é a mais completa. E me pergunto: que secretaria é essa que não consegue ver a extensão de tal problema e o risco que isso representa para pedestres e passageiros? Hoje, ao levar minha família na tal “rodoviária”, assisti a uma pessoa quase ser atropelada, pois como só havia a rua para passar e um carro em alta velocidade tirou-lhe um fino. E não me digam que isto é da área da ordem pública, a responsabilidade (ou irresponsabilidade) é conjunta. É a mais completa omissão. 


Ônibus de excursão estacionados na entrada da Ferradura, foto de Cristina Pimentel

Para que Secretaria de Turismo III? 

Trevo da Ferradura se transforma em estacionamento de ônibus de excursão.

Mais uma vez: ONDE ESTÁ O SECRETÁRIO DE TURISMO? Enquanto candidato, tanto o atual Prefeito quanto o atual secretário da pasta se comprometeram a urbanizar e melhorar as condições do bairro da Ferradura. Sendo o primeiro ano de governo, é possível compreender as incalculáveis prioridades, em termos de investimentos. 

Os moradores do bairro têm tido paciência. Mas, existem ações que não dependem de investimentos, mas de gestão e ordenamento.  E uma delas é não permitir a entrada de mais de 50 ônibus de excursão dentro da cidade, para estacionarem na entrada do bairro. NA SEXTA-FEIRA, HAVIA 51 ÔNIBUS DE EXCURSÃO estacionados no local, onde tanto o atual prefeito como o secretário de turismo se comprometeram com a AMOCA – Associação de Moradores e Caseiros da Ferradura a transformá-lo numa bela praça, além de urbanizar a entrada do bairro e a Lagoa da Helena. E isso que temos como resultado? Não podemos aceitar mais tal descaso.

Cristina Pimentel

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Heloiza Americano ????? BOA PERGUNTA....


  • Luiz Carlos Andrade boa pergunta


  • Isac Tillinger Em 1998 foi feita uma lei que proibe a entrada de onibus de turismo na cidade, somente os que se dirigem aos hoteis para levar passageiros. A lei existe só falta cumprir. Na minha epoca de secretario tinhamos um guarda de plantão para coibir tal pratica. A situação fugiu de controle.
  • Jose Figueiredo Sena Sena Ou Luiz Carlos Gomes, eu não concordo com o Sr: Isac Tillinger de maneira alguma, escrevendo que a situação fugiu do controle é só o Prefeito André aplicar a lei manda quem pode e obedece quem tem um pouquinho de juízo e ai muitos na Prefeitura começa a agir né.
  • Jose Figueiredo Sena Sena La pelas bandas das Minas Gerais , quando um "ELEFANTE" passa " VOANDO " a gente sabe que tem um ninho de " ELEFANTE " atras da serra ou dos montes . Pra quem sabe ler , um pingo é letra.
    • Edmilson Satyro Sr.s a Solução imediata que favorece os grandes e pequenos tbm! PLANO DE GOVERNO P/ O VERÃO (IDÉIAS) Vou dar a dica sobre o plano de Governo. 1° O que se deveria fazer é não permitir que os ônibus de turismo entre na cidade. 2° preparar um área pública em são José,cobrando uma taxa de manutenção p/ a mesma. 3° apresentar ao turistas as praias de tucuns e José Gonçalves. Vamos lá agora,por que em São José ? Por que lá se tem o acesso mais fácil de entrada e saída da cidade,lá passa vans das duas cooperativas(cooperBúzios e Cooperativa Coopergeribá Tranportes Altenativo ) O comercio lá estaria em alta pois com tantos movimentos os comerciantes locais estaria a fazer boas vendas dos seus produtos, almoços e por ai assim.Pois estão próximo a belas praias como Tucuns e José Gonçalves e para isto seria só tomar uma das vans e p/ quem fosse ao centro ou outras prais faria o mesmo pegaria uma VAN centro, e não aconteceria de tantos engarrafamentos de ônibus de turismo, circularia somente a Salineira, Vans e 1001. Simples assim pois tomara o poder aderir estas idéias que saíram de graça.
  • Julio Medeiros O engraçado é que, sempre quando se está na oposição, conhece a solução. estamos vendo muito ultimamente, vereadores se referindo diariamente e centenas de vezes a palavra povo. Vamos convocar o povo. O povo tem que ir as ruas. O povo está sofrendo. O povo precisa ser ouvido... Senhores! Vamos parar com essa demagogia.

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por ipbuzios às 11:31

Segunda-feira, 04.11.13

A face oculta da transparência

Para quem visita com frequência o facebook e está no grupo de contatos dos integrantes da ONG ATIVA BÚZIOS, já deve ter se deparado com alguns internautas “preocupados” com a entidade. Eles dizem assim: Cadê as Ativas? Onde está a Ong Ativa Búzios? Isso dá um samba (e de raiz, dos bons).

A ONG ATIVA está no grupo que luta pela inclusão das dunas do Peró no Parque Estadual Costa do Sol, nos grupos que promovem ações em prol do Mangue de Pedra e no do Rio Una; está no Conselho do Idoso, no Conselho Municipal de Educação; é entidade coordenadora do FECAB – Fórum das Entidades Civis de Armação dos Búzios; candidata-se a uma vaga no Conselho de Segurança; está no Conselho Municipal de Saúde e pleiteia vaga, nos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e no da Cidade, entre outros assuntos em que os interesses coletivos dão uma boa briga.

Mas esses “preocupados”, que perguntam pela Ativa, deveriam perguntar por si mesmos (ou a si mesmos), pois tenho impressão que algumas perguntas devem ser respondidas por quem as fez. Aí é o ponto!

Ser humano! Na ilusão da transparência, não alcançará um passo além da opacidade, que nos governa, muitas vezes, porque, lamentavelmente, trata-se apenas de humanos. A luta pela transparência, na aplicação dos recursos públicos, continuará se sustentando, num país que adia o quanto pode a reforma política e que tem no mais completo obscurantismo sua constituição? A despeito de inúmeras prioridades, por que (devemos nos perguntar) governantes concedem licenças a grandes empreendimentos, em áreas ambientais que são verdadeiros santuários, contrariando toda a legislação de proteção ao meio ambiente? Por que governantes aplicam vultuosas quantias do orçamento em empresas terceirizadas, de preferência àquelas ligadas à limpeza pública, às obras públicas, através de licitações (ou a dispensa delas) quase sempre fraudulentas?

Repudiamos o excessivo gasto dos brasileiros com o Legislativo e sua habitual inutilidade; repudiamos o desvio de bilhões dos cofres públicos, o aparelhamento partidário dos órgãos públicos, o agente público que usa a máquina em prol de sua eleição ou reeleição, a crueldade de nossa polícia militar... MAS onde estão as faces que constroem pousadas, restaurantes e estacionamentos em calçadas públicas? Onde estão as faces que “furam” as filas de exames e consultas médicas se aproveitando de seus contatos; que se apropriam de áreas públicas e são até capazes de recorrer a vereadores para que não lhes “tirem seus jardins”, efetivamente, áreas públicas surrupiadas do povo de Búzios? O obscuro nos constitui e a nossos políticos, como consequência de tudo.


São 25 anos de Constituição e quem poderia prever que daríamos nisso: lutamos contra nossos governantes (também contra nós mesmos) e esse é o inaudito. Lutamos para que nossos eleitos cumpram as leis ambientais, para que cumpram a Constituição; lutamos para que não roubem, para que garantam educação pública e saúde de qualidade, para que embelezem nossa cidade, de forma eficiente e proba, lutamos para que a renda seja distribuída, para que as cidades brasileiras superem a violência social, cultural e econômica, consequência de políticos “eleitos democraticamente”, num sistema que se eterniza em violentas alianças entre os ricos, milícias, traficantes e o mandato. Nossos eleitos são nossos inimigos “número um” e contra eles é necessária esta guerra, causada pela falta de limites na captação do voto, que se dá de forma espúria, que se conquista a qualquer preço, nas lixeiras mais ignóbeis da campanha política, lixeiras essas que se multiplicam, em rede municipal, estadual e federal. É a competência mais indômita, do ato de reciclar em causa própria, essa nossa! 

Cristina Pimentel

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por ipbuzios às 09:28

Quinta-feira, 11.04.13

É o pombo, é o pombo, é o pombo!”

























Dick Vigarista  
"...Mutley, faça alguma coisa!"
"Medalha... medalha... medalha!!!
(E sua cauda gira como uma hélice de helicóptero)

                  Um episódio ocorrido com a ONG ATIVA BÚZIOS, esta semana, lembrou-me da Corrida Maluca, desenho animado (de estúdio) inesquecível, produzido pelos irmãos Hanna- Barbera, que, do final dos anos 1960 aos anos 1980, divertiu a garotada.  Dick Vigarista, aquele personagem da Corrida Maluca, engraçadíssimo, protótipo do vilão, que vivia atrás de um pombo-correio (esperto e divertido) e que tentava, em todos os episódios, ganhar a corrida de forma nada ética. Quando seus planos davam errado, ele gritava pelo Mutley, seu cachorro, personagem incrível também, por causa da risada cínica e contínua. Dick Vigarista sempre gritava: “Mutley, faça alguma coisa” ou “Raios, raios triplos!”. O cachorro sempre pedia: “Medalha, medalha, medalha”, porque só ajudava em troca de medalha. (já conhecemos isto muito bem, na vida real da política).

Quando tudo dava errado mesmo para Dick Vigarista, ele dizia: “É o pombo, é o pombo, é o pombo!”.  

               Pois bem, há pouco mais de um mês, a ONG ATIVA BÚZIOS solicitou à Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios, a folha de pagamento, referente aos meses de janeiro e fevereiro. A ONG, de olho na Lei da Informação, sancionada pela Presidente Dilma, ano passado, aguardou os 20 dias de prazo, embora a lei diga que quando se trata de informação pública, o poder público poderá responder, no ato. 

                Qual não foi a surpresa da ONG, quando se dirigiu à PMAB e viu que, além de terem cadastrado errado o nome da entidade, constava do protocolo o seguinte despacho: “A ONG deixou de especificar que folhas quer receber, das folhas de pagamento.”

                  Falta de transparência é a própria corrida maluca da vez, já que a atual gestão vem se relacionando com os cidadãos e entidades, em especial aquelas que trabalham com o controle fiscal, de forma lamentável. Outro exemplo é que o Presidente da Comissão de Licitações negou-se a entregar ao representante da ONG, a ata das licitações ocorridas, no dia 23/03. Não contente com isso, ainda mandou a ONG pagar taxa de expediente, no Protocolo, para obtê-las. Coisa totalmente irregular.

                  O leitor / eleitor só terá o trabalho de dizer, por enquanto, quem é o Dick Vigarista, o pombo e o Mutley desta história. Depois, não vão ficar por aí culpando o pombo-correio. O poder é passageiro e vão. Daqui a 4 anos: “É o pombo, é o pombo, é o pombo!”.

Ps.: os desenhos são do site www.nerdologialternativa.com.br/.../tirou-do-bau-corrida-maluca.ht..., de onde tirei todas as informações de que precisava. Visitado em 05/04/13.


Cristina Pimentel

 Membro da ONG ATIVA BÚZIOS e Servidora Pública Estadual.

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Olavo Pinheiro "Que folhas..." da folha de pagamentos é estupendo!!! não pude evitar a risada! Pena que a situação é tragicômica!

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por ipbuzios às 23:05

Terça-feira, 26.03.13

Só o que lhe vem à mente é um emprego na Prefeitura?

Cristina Pimentel
         Enquanto o que está em jogo é o futuro, não importa se da cidade ou do mundo, aqueles que dedicam suas vidas a alguma questão coletiva não têm o direito de se recolher, neutros e indiferentes, diante da luta. Esta reflexão é de Pierre Bourdieu (filósofo) em quem me amparo para, mais uma vez, ocupar a mídia com a variação de um mesmo tema: a educação e o acesso ao emprego público, motivada por fatos recentes, da vida pública desta cidade.

O primeiro deles diz respeito ao Edital nº 09/13, da Secretaria Municipal de Educação, BO 574, que visa à criação de cadastro de reserva para futuras contratações de professores auxiliares, em que o principal requisito é ter concluído a formação de magistério, de nível secundário, no Colégio Municipal Paulo Freire.

Não pertenço à área jurídica, portanto, não desejo valer-me de um discurso com o qual não tenho intimidade. É a própria área jurídica, no entanto, que me aufere o direito de meter o bedelho, já que o Código Civil diz que ninguém pode alegar o desconhecimento da lei, para se defender o que é válido para os leigos e para aqueles que carregam longa experiência administrativa nas costas. É público e notório que um concurso público, em qualquer esfera, não pode criar empecilhos à igualdade de participação. Parece-me, então, que o concurso público convocado pelo Edital 09/13, como dizem os juristas, está “eivado de vício”.

O segundo fato diz respeito à atuação do Vereador Felipe Lopes. Há quase dois anos, o Vereador fez uma aparição, na mídia, para dizer o quanto estava comovido com o sofrimento de mães que não conseguiam vaga em creches e propôs um critério inaceitável de seleção que só ajudava a manter a exclusão social. Se a oferta foi ampliada de 1 creche para 3, nos últimos 4 anos, foi graças à Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público. Agora, o Vereador ocupa a cena, mas o enredo é o buziano que não está sendo empregado pela Prefeitura. E, para isso, vale-se de uma chantagem ideológica, com soluções inconstitucionais, incitando o atual Secretário de Educação a arranjar emprego para os buzianos (certamente não está sozinho nisso) além de imputar ao novo Secretário toda a responsabilidade pelo fato de as escolas de Búzios terem começado o ano letivo sem professores.

Política que humilha o povo buziano

Assim como o “Vereador da Educação”, como se apresenta, não tem qualquer registro em seu mandato anterior sobre atuação junto ao Executivo para exigir a ampliação da oferta de creches, também nunca se posicionou sobre a convocação de um novo concurso público, para o magistério, logo no início de 2009, quando Mirinho Braga assumiu a Prefeitura, pela terceira vez. Assim, o “Vereador da Educação” é coautor na transformação de nossas escolas públicas em celeiros de empregos para pessoas sem qualificação e sem preparo, política responsável pelos péssimos índices de educação, que chegaram a figurar, no noticiário, como os piores do Estado e, logicamente do país. Algumas escolas de Búzios, e é o caso da Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro, chegaram a ter apenas 10% de professores concursados contra 90% de contratados, o que minou a consolidação de equipes e fez despencar a qualidade da oferta do serviço prestado, nas unidades escolares onde isso vinha ocorrendo.

O “Vereador da Educação” não pode alegar que desconhece o Artigo 37, de nossa Constituição, que obriga a realização de concurso público para acesso ao emprego público - a forma mais democrática, ainda, de selecionar os melhores para prestar serviços públicos de qualidade ao povo brasileiro (que nos custam uma fortuna). Será que o povo buziano precisa de vereador que o desonre e o humilhe desta forma? O caminho natural é estudar, formar-se e passar (ou não – e estudar mais ainda) em concurso público. Isso é digno e conheço dezenas de buzianos nesta luta. E esta luta é a vida. Como cidadã teria vergonha de que alguém me representasse dessa forma. O vereador pode (e deve) empenhar-se para que a gestão municipal invista seriamente em uma política de geração de emprego e renda, estando a sua disposição uma infinidade de opções que poderiam ser pensadas, em conjunto, pelo Legislativo e Executivo. Contudo, dirijo-lhe uma última pergunta: por que o único emprego que lhe vem à mente é o emprego na Prefeitura?

*Por Cristina Pimentel

*Servidora Pública do Estado do Rio de Janeiro e integrante da ONG ATIVA BÚZIOS.


Comentários:

  1. Parabéns Cristina Pimentel, excelente texto e colocações! Estes políticos de Búzios, amarrados a politica clientelista, como não tem criatividade em elaborar projetos para bom desenvolvimento da cidade, vivem de barganha, portanto é mais conveniente a eles, continuar a politica do empreguismo, com apoio da " galinha dos ovos de ouro" denominada PMAB! E o Prefeito a todo custo vem demonstrando apoiar as causas típica deste vereador, quando o prefeito desde a campanha eleitoral até os dias atuais, vem agindo com indicios de preconceito para com os servidores concursados em especial os de fora do municipio. Basta fazer uma breve analise dos fatos, que vem sendo publicado quer queiram quer não, no JPH, alem do aqui mencionado, bem como nas redes sociais, que a ASFAB vem acompanhando.


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  • Carlos Eduardo Roballo Parabéns pelo seu texto muito bem escrito e demonstra bem a realidade


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    por ipbuzios às 13:38

    Segunda-feira, 15.10.12

    Legislativo: a nossa “rosa de Hiroshima”

    Por Cristina Pimentel*

    “O Parlamentar corrompido abdica de seu poder de fiscalizar criticamente o poder”
    Ministro Carlos Ayres Britto, Presidente do STF
    TV Senado, 10/10/12




    A reflexão do Ministro do Supremo, que abre este texto, merece nossa atenção, pela quantidade de reflexões que suscita no que se refere ao Legislativo e sua função maior: fiscalizar os atos do Poder Executivo. PENSEM no resultado das eleições para o Legislativo buziano que, louvando-se as exceções, acabou de consagrar o assistencialismo, o esquema de captação de votos em áreas de pobreza quase extrema, bem como a utilização da máquina pública para reconduzir parlamentares. Tal realidade somada às regras impostas pelas coligações deixou de fora do legislativo, por exemplo, o jovem João Carrilho Filho que, no último mandato, esteve mais afinado às reais atribuições de um vereador, pois grande parte dos pares do ex-vereador Joãozinho Carrilho, que custaram ao povo buziano perto de 20 milhões, em 4 anos, gastaram parte significativa de seus mandatos distribuindo medalhas de honra ao mérito ou servindo de despachantes de empreiteiras; outros, pendurados na carona do Executivo, beneficiaram-se da propaganda institucional (condenada pela justiça eleitoral) que promoveu a imagem de agentes públicos, veiculando ilusões (condenadas pelas urnas). Mesmo assim, essas práticas elegeram a maioria dos vereadores.

    É certo que a constituição de 1988, pelo princípio da representação, tem como finalidade “garantir” a voz de diferentes segmentos sociais. No entanto, de 1988 para cá, o mundo mudou e o Brasil também. A complexidade do mundo contemporâneo, incluindo-se aí suas tecnologias, exige uma reforma política urgente, com o objetivo de que as instituições fiscalizadoras, em especial, o Legislativo comecem a cumprir, de fato, sua principal atribuição: fiscalizar o Executivo. Dessa forma, nenhum cidadão poderia ter acesso ao cargo eletivo se não tivesse, pelo menos, o 2º grau, e que, ao mesmo tempo, não tivesse passado por uma escola de políticas públicas, curso esse que deveria ser ministrado por instituições de nível superior. Minimamente, cada candidato, em potencial, deveria aprender a combater, em si mesmo, a cultura da corrupção e sair convicto de que o parlamentar está a serviço do povo e não o contrário. E servir ao povo não é lhe conseguir dentaduras nem laqueaduras, mas fiscalizar os atos e gastos públicos do Executivo.

    Como, então, ser fiel a tal objetivo? A eleição do Legislativo jamais poderia estar vinculada à eleição do Chefe do Executivo. Mais do que isso, o candidato ao Legislativo deveria ser proibido de subir ao palanque com o candidato a Chefe do Executivo. Como é que um amigo vai fiscalizar o outro? Na verdade, a eleição para o Legislativo deveria estar desvinculada de partido e ser inclusive franqueada a candidatos sem partido. O princípio do fortalecimento dos partidos não pode, de forma alguma, enfraquecer nem as políticas públicas nem o povo brasileiro. O processo de eleição do Legislativo é promíscuo, e a realidade da conduta da imensa maioria dos parlamentares confirma esta revoltante realidade.

    Se inúmeros partidos, invariavelmente, se coligam, para que tantos partidos? O pluripartidarismo no Brasil é um erro, um atraso, que tem servido única e exclusivamente não à democracia brasileira, não ao povo brasileiro, mas ao atendimento de interesses individuais e empresariais; negocia-se de tudo, nesse processo em que parlamentares atuam pelo contrário e fiscalizar os atos do poder executivo é um detalhe de pouca importância. Temos visto, com riqueza de detalhes, o relato da atuação de parlamentares levados ao banco dos réus, pelo “mensalão”, condenados, agora, pelo STF. Para se eleger, tudo se negocia: os serviços públicos, os empregos públicos, os assessores fantasmas, mensalões e mensalinhos, aluguéis de imóveis, de carros, empreiteiras, áreas de preservação para grandes empreendimentos, com o agravante de que candidatos com menos votos entram, em detrimento dos que tiveram mais votos.

    Além do excessivo número de partidos, o financiamento de campanha, outro algoz da democracia brasileira. Num país em que o acesso aos cofres públicos virou caso de polícia, para se quitar dívidas de campanha ou engordar o caixa 2, é urgente o financiamento público de campanhas. Quanto custa, a cada candidato, os “funcionários” e materiais, os comícios, que sustentam sua propaganda e lhe dão visibilidade? É aviltante a fortuna gasta nas campanhas. Pensem nas eleições para vereador, deputado e senador. Que festa da democracia é esta, que soa quase como bullyng com os mais necessitados? Municípios, estados, o país inteiro com tantos desafios que exigem enfrentamento, mas dinheiro não falta a candidatos e partidos para esbanjar em propaganda eleitoral!!! “Pensem nas crianças...”. Sinceramente, por que candidatos e partidos empenham fortunas para ter acesso a uma vaga no legislativo? Será mesmo em prol do interesse público?

    Por fim, mas sem concluir o debate, pois reforma política é um tema que precisa ser aberto e não concluído: acabar com todas as verbas extras e todos os assessores que parlamentares podem contratar. Em se tratando de Senadores e Deputados Federais, vender, inclusive, todos os apartamentos funcionais, de Brasília. O Legislativo é para servir ao povo, como já disse. Pensem, por exemplo, em nosso nababesco Senado, “rosa radioativa, estúpida, inválida”, custando-nos quase 3 bilhões, por ano! Nossa “rosa de Hiroshima” nunca nos será suficiente para mudar tal realidade? Enquanto não for, o legislativo brasileiro, o mais caro e corrupto do mundo, insensível, vem sendo sustentado por tamanha devastação.

    *Cristina Pimentel é servidora pública estadual, é conselheira fiscal da ONG ATIVA BÚZIOS e diretora da AMOCA – Associação de Moradores e Caseiros do bairro da Ferradura.


    Comentários:

    1. Parabéns pelo texto, Cristina! Faço minhas suas sábias palavras!


      Excelente texto.


      Pô! Cris, fiquei muito emocionada... é o que penso sobre os vereadores e o modelo político atual.. é isso ... obrigada pelas palavras.. tomara que muitos vejam e que muitos entendam... e tem mais, li ao som da Nona Sinfonia de Bethoven...(talvez seja o motivo de ter-me emocionado) não imaginas como combina! Parabéns!
      Sorte nossa que os ventos estão mudando e o que abriste pode rapidamente tornar-se uma realidade....

      Comentários no Facebook:

    Walter Piana BELISIMO ANALICE DDO LEGISLATIVO-É LER PARA COMPREEDER!

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    por ipbuzios às 23:28

    Quinta-feira, 29.03.12

    Por uma pedagogia da anticorrupção


    Afastada da área há 6 anos, a Educação continua sendo uma matéria apaixonante e para a qual continuo dedicando grande parte de minha vida e  devo isso, em boa parte, a Paulo Freire. Talvez não haja filósofo da educação mais popular do que ele e isso não é à toa, pois não há experiência mais pujante do que pensar a educação, através desse filósofo. Um de seus ensinamentos, contido no livro A importância do ato de ler, lançado pela Editora Cortez, em 1994, fala da natureza política do processo educativo, como ponto de partida para compreender as diferenças fundamentais entre uma prática ingênua, uma prática astuta e outra crítica. Para Paulo Freire não existe neutralidade no processo educativo, nem no processo político. Essa reflexão é tão libertadora, quase um dogma, para aqueles que desejam estar no mundo de forma cuidadosa, eu diria. Nesse mesmo livro, Paulo Freire coloca outra questão fundamental para educadores: “a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos educação e de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política.”

    Todas essas questões, que me constituíram não só como educadora, mas como cidadã, vieram-me à mente, quando participei, com a delegação de Búzios, da etapa estadual da Consocial, que foi realizada, não por acaso, no Instituto de Educação, na Tijuca/RJ, instituição centenária dedicada à formação de professores, onde, hoje, funciona, o Instituto de Formação Superior de Professores.

    Inúmeros delegados ali se encontravam para discutir e apresentar propostas que serão levadas a Brasília sobre Transparência e controle social da gestão pública. Não foi à toa, também, que uma boa parte das propostas aprovadas está diretamente relacionada à educação. Os motivos são óbvios: nossa educação é a pior do mundo, só ganhando de países onde a pobreza é clássica, como alguns do continente africano. Consequentemente, como nesses países, nossos índices de corrupção são os mais elevados do mundo.

    Há um clamor nacional de que é na escola, e desde cedo, que crianças e adolescentes devem aprender a exercer o controle dos gastos públicos; a conhecer nossas leis; a conhecer e respeitar o patrimônio natural de sua cidade; a aprender que o orçamento público é fruto dos impostos dos brasileiros e que roubar dinheiro público é um crime hediondo, já que, por maior que seja o controle social, o cidadão não tem acesso ao cofre, guardado por alguém que foi eleito, para aplicar esses recursos em prol do bem comum. É um clamor nacional que o exercício da cidadania seja disciplina, em todos os segmentos de ensino.

    Mas, para isso, é preciso que os gestores da educação e cada educador apliquem-se a si mesmos a pedagogia da anticorrupção; é preciso que gestores da educação e educadores saibam que o diálogo é um princípio da filosofia de Paulo Freire, e que ele começa com a transparência; com a prestação de contas, no âmbito de cada escola, das verbas municipais e transferências de verbas estaduais e federais; o diálogo começa na eleição do diretor, no estímulo à criação e infraestrutura das associações de pais, alunos e professores; no estímulo à criação de grêmios, entre outras possibilidades.

    Somente assim, é possível responder às questões legadas por Paulo Freire: “a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos educação e de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política.”

    *Por Cristina Pimentel

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    por ipbuzios às 14:30

    Domingo, 19.02.12

    Pelo Parque Natural do Mangue de Pedra 2


    Nós (Eu, Flor e Cristina), da Ativa Búzios, ralando "no" sol de meio-dia, em Geribá, colhendo assinaturas do abaixo-assinado pelo "Parque Natural do Mangue de Pedra".

     A "Flor de Tucuns" é uma vidente famosa que previu que a Lei da Ficha Limpa ia ser aprovada na íntegra e que todos os políticos corruptos de Búzios serão barrados na próxima eleição. Faltarão candidatos na cidade, segundo ela!

    Ver:











    10)           ”Basta!”

    11)           ”O Mangue de Pedra é nosso! 2”

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    por ipbuzios às 14:07

    Sexta-feira, 13.01.12

    Pobreza de espírito na internet assusta leitores e eleitores

    Esforcei-me para entender a origem da expressão “falsos burgueses”, utilizada pelo atual prefeito, em recente entrevista, que circula na internet. Sinceramente não consegui. Mirinho acusa de “falsos burgueses” àqueles que questionam a liberação de quantidade assustadora de barracas, na Orla Bardot, para a venda de mercadorias, como cangas, óculos, chapéus, biquínis, entre outros produtos. Considerando que não existe “falsa burguesia” (ou se é ou não burguês), não se pode esquecer que a burguesia é parte da população brasileira, assim como os operários e demais segmentos. Somente no Brasil, governantes, que não respeitam cidadãos, desqualificam os que questionam seus atos, tentando igualar os questionadores a uma classe social que, historicamente, não tem afinidade com as causas populares, ou seja, os burgueses. O populismo impera, nessas horas, porque povo brasileiro NÃO é sinônimo de camada social abaixo da linha de pobreza. A pobreza dessa visão é que assusta a todos.
    Diz o Prefeito o seguinte: “A falsa burguesia quer acabar e eu não vou piorar a situação de vida dessa gente colocando um chefe de família ou uma mulher ao relento. O que temos que fazer é organizar e padronizar. Mas não há pressão que me faça tirar daquelas famílias buzianas o seu sustento.” 

    Por que a Prefeitura ainda não concluiu o Mercado do Artesão??

    O prefeito Mirinho Braga tem o dever de realizar atos grandiosos em prol da família buziana, para que ela tenha seu sustento. Mas, como todo governante, está pressionado a fazê-lo, respeitando a legislação do Município que governa. Liberar aquela quantidade de barracas na Orla Bardot ultrapassa o desejo de seu magnânimo coração. A filantropia cabe à pessoa, Mirinho Braga. Já a administração pública está para o Prefeito. Dessa forma, o Prefeito tem o dever e a obrigação de respeitar o Código de Posturas de seu Município, que proíbe a ocupação de calçadas, bem como, o Plano Diretor que rege as leis urbanísticas de seu Município, que prioriza o pedestre. Além disso, o prefeito Mirinho Braga tem que governar de acordo com a legislação de trânsito, que também proíbe ocupação de calçadas. Contudo, não é isso que temos visto, em Búzios. Do pobre ao rico, ou seja, o burguês, a Prefeitura é omissa, em relação à ocupação de calçadas, e temos assistido a ocupações inaceitáveis. É a própria Prefeitura, em boa parte dos casos, que ocupa calçadas, quando libera comércio, a parada da Autoviação 1001, em cima de uma calçada, além de transformar calçadas em estacionamento, tudo em benefício do bolso de particulares.

    Não é o burguês que quer ou deixa de querer. É a lei que manda

    Portanto, enquanto Prefeito, o Sr. Mirinho Braga não pode, pela legislação de seu Município, liberar aquela quantidade de barracas, na orla Bardot. Não é o burguês que quer, são as leis que mandam. Mas, enquanto Prefeito, tem a obrigação de investir em ações que garantirão o sustento das famílias de Búzios, como quer seu magnânimo coração. Aliás, já deveria ter feito isso, desde o início de seu governo, simplesmente, cumprindo suas promessas de campanha, tais como: fazer funcionar a Zona de Negócios Ecológicos, reduzindo o ISS, para atrair empresas não poluidoras, para a cidade, bem como incentivando a criação de cooperativas; poderia destinar algumas áreas de Búzios a campus universitários, cujas graduações tivessem a ver com o patrimônio natural da cidade, como geologia, entre outras; investir recursos nas áreas que foram, recentemente, transformadas em parques estaduais, abrindo uma frente enorme de empregos sustentáveis; rever os contratos de coleta de lixo, investindo na coleta seletiva; construir mais creches; construir a escola de hotelaria, e, principalmente, CONCLUIR A OBRA DA CASA DO ARTESÃO.

    Há tempos que temos sentido por este Prefeito que aí está o mesmo que sentíamos pelo anterior: a mais viva repulsa. Dando continuidade às asneiras, a história de que foi a oposição que rasgou e espalhou lixo pela cidade, no Réveillon, para desmoralizá-lo. Poupe-nos, pobre, homem, de sua desonra!!!

    Cristina Pimentel

      Comentários:

    FlorJan 13, 2012 08:29 AM
    Já postaram notícia de que recomeçaram as obras do mercado do artesão... deve estar pronto em uma semana...alguém vai pagar esta conta...




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    por ipbuzios às 13:12


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