Na votação dos 26% de aumento para os professores o resultado foi: 34 contra, 18 a favor e 16 ausentes. Essa soma dá 68 deputados. Estão faltando 2 de um total de 70. Se estes dois não votaram contra ou a favor, e não se ausentaram, então se abstiveram. Considerando a hipótese de que não tivessem havido ausências, estes dois votos, ou apenas um deles, poderiam ter sido decisivos para o resultado da votação, no caso de todos os ausentes terem votado a favor dos 26%. Daí depreende-se que, objetivamente, a abstenção ou a ausência significa contribuir para a vitória do voto contra.
Se o PT fechou questão em relação ao aumento de 26% dos professores, então o deputado André Ceciliano que votou contra, e os deputados Gilberto Palmares e Nilton Salomão que se ausentaram, terão que ser punidos. Se não fechou questão- o que é um absurdo para um partido dos trabalhadores- objetivamente não se pode dizer que o partido votou a favor dos 26%, porque realmente houve empate na votação da bancada: 3 a favor e 3 "contra" (1 contra e 2 ausências). Nesse caso, os companheiros
"Serjão" e
"Salaibe" não têm razão. E, objetivamente, "metade da bancada sacaneou os professores", como diz
"Chicão".
O governo que temos no estado do Rio de Janeiro é um governo com hegemonia do PMDB no qual as forças de esquerda são minoritárias. O PT participa do governo mas o governo não é um governo do PT. Logo está equivocada a afirmação do deputado Robson Leite de que "deputados governistas (ele) votam contra o governo e a favor de uma categoria" porque deputados petistas não poderiam nunca votar contra uma categoria de trabalhadores (se é que os representam) a favor de um governo que não é o governo dos trabalhadores. No congresso nacional os deputados do PMDB nos ensinam: eles nunca votam contra os interesses fundamentais das classes que representam.
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