Quarta-feira, 02.04.14
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Foto do site lagossaojoao |
O número de empregos formais teve uma queda espantosa em todos os municípios da Região dos Lagos no ano passado. O município que teve a menor queda foi Armação dos Búzios com menos 774 (7,5% a menos que em 2012) empregos formais em 31/12/2013 em relação à mesma data de 2012. Búzios fechou 2012 com 10.293 empregos formais e terminou 2013 com 9.519. O município que apresentou a segunda menor queda foi Cabo Frio. Em 31/12/2013 desapareceram 5.069 (13,3% a menos que em 2012) empregos. Os 37.913 empregos de 2012 foram reduzidos para 32.844 neste ano.
Triste estatística que só vem provar o que falamos todos estes anos. Os desgovernos que temos nos municípios da nossa querida Região dos Lagos governam para uma minoria (1%). Nem têm nenhum política pública de trabalho e renda e nada fazem para melhorar as condições de vida do povo trabalhador. Para ele, apenas as migalhas do assistencialismo.
Mesmo em município governado pelo partido dito dos trabalhadores a situação não é diferente. É até pior. Detém a vergonhosa segunda pior marca da Região, só perdendo para Iguaba Grande. A São Pedro da Aldeia de Chumbinho perdeu em 2013 32,5% (3.723) do estoque de empregos formais que detinha em 2012. Os 11.432 empregos foram reduzidos para 7.709. A perda em Iguaba Grande- a pior de todas- foi de 38,5%.
O quadro revela que o patronato da Região deita e rola com a precarização das relações trabalhistas. Como todos os governos municipais, sem exceção, representam politicamente este setor econômico, nada fazem para mudar o quadro. Muito provavelmente houve redução da remuneração média dos empregos formais no ano que passou.
O panorama é tão grave que em alguns municípios o total de empregos formais existentes hoje é menor do que o que existia em 2000, há 13 anos atrás! Arraial do Cabo tinha 4.174 empregos em 2000. Fechou 2013 com 3.146! Iguaba Grande tinha 1.507. Hoje tem 1.432. E São Pedro da Aldeia, antes 8.917. Hoje, 7.709. Caso de polícia!
Não temos ainda disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a remuneração média dos empregos formais em 2013. Mas temos as de 2010 e 2012. Reparem que estamos comparando dados de dois anos, em cujo período houve expansão do estoque de empregos formais. Este movimento de expansão apenas não ocorreu em Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Em Iguaba Grande permaneceu constante e em São Pedro da Aldeia ocorreu uma pequena queda O que não é o caso do ano passado, em que se verificou queda no estoque de empregos formais em todos os municípios da Região dos Lagos.
No período analisado 2010-2012 houve aumento da remuneração média dos empregos formais em todos os município da Região. Em São Pedro da Aldeia houve aumento de apenas 3% ( de R$ 1.824,00 para 1.879,00). Arraial do Cabo, aumento de 13% (de R$ 1.314,00 para R$ 1.489,00). Armação dos Búzios, 18% (de R$ 1.165,00 para R$ 1.379,00). Araruama, 24% (de R$ 999,00 para R$ 1.242,00). cabo Frio, 25% (de R$ 1.089,00 para R$ 1.368,00). Iguaba Grande, 30% (de R$ 886,00 para R$ 1.156,00). E, confirmando mais uma vez o que venho falando no blog, o município de Rio das Ostras com o maior aumento na remuneração média: 54%. Já era em 2010 a segunda maior remuneração média (R$1.743,00) da Região. Em 2012 assume o primeiro lugar com R$ 2.698,00 de remuneração média de seus trabalhadores.
Não é difícil explicar as razões do lugar alcançado por Rio das Ostras. Apenas é o único município da região das Baixadas Litorâneas que tem Orçamento Participativo. E uma Zona Especial de Negócios (ZEN). Que os desgovernozinhos que imperam na Região aprendam com exemplo tão próximo.
Fonte: MTE
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Quinta-feira, 09.01.14
A Simetria Rh seleciona:
76 vagas para Operadores de Supermercado :
Macaé (15 vagas)
Rio das Ostras (15 vagas)
Cabo Frio (27 vagas)
Araruama (4 vagas)
Búzios (15 vagas)
6 vagas para Fiscal de Prevenção e Perdas:
Macaé (3 vagas)
São Pedro (2 vagas)
Araruama (1 vaga)
Os salários são compatíveis com o cargo.
Requisitos: Ensino médio completo e não é necessária experiência anterior na função.
Para participar das seleções os candidatos devem enviar os currículos para: simetrialagos@gmail.com ou ligar para (22) 99274-6400 / (22) 99281-0902
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Quarta-feira, 20.11.13
Se a verdadeira razão de ser dos governos municipais é a busca da melhoria da qualidade de vida da população, uma gestão eficiente da coisa pública pode ser avaliada com base na mensuração dos resultados alcançados nesse sentido. Para avaliar a implementação de programas e políticas públicas é fundamental a utilização de indicadores econômicos e sociais. Entre eles, um dos mais importantes, é o indicador do nível de emprego, pelo que representa em termos de dignidade humana.
Nestes dez primeiros meses (janeiro a outubro) de administração pública na Região dos Lagos temos o seguinte quadro em termos de "movimentação agregada" do emprego formal:
Município Admissões Desligamento Variação
Araruama 5.419 5.710 - 291
Armação dos Búzios 3.599 3.835 -236
São Pedro da Aldeia 2.584 2.616 -32
Iguaba Grande 357 366 -9
Arraial do Cabo 1.304 1.304 0
Cabo Frio 13.008 12.803 + 205
Rio das Ostras 9.247 8.429 + 818
Como não poderia deixar de ser a economia do município de Rio das Ostras é aquela em que ocorrem mais admissões do que demissões, resultado claro dos investimentos feitos em políticas públicas de trabalho e renda (Zona Especial de Negócios) possíveis graças a uma gestão eficiente que compromete apenas 70% de suas receitas totais com o custeio da máquina pública (folha de pagamento e manutenção). Enquanto os outros municípios da região investem menos de 10% de suas receitas em políticas públicas, Rio das Ostras investe em torno de 30%.
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Quinta-feira, 03.11.11
O prefeito pediu autorização à câmara de vereadores, esta semana, para abrir crédito adicional suplementar no orçamento no valor de R$ 3.122.319,92. Desse montante, R$ 490.963,26 seriam destinados à rubrica “Infra-estrutura viária” e o restante, R$ 2.631.356,66, literalmente para o lixo (coleta; operações de caçambas; roçada, capina e varrição; e destinação do lixo).É bom lembrar que ao perder a maioria na câmara para o G5 (Joãozinho, Genilson, Joice, Evandro e Nobre) o executivo viu sua proposta de orçamento para 2011 ser alterada pelos vereadores. Muitas emendas foram apresentadas por eles, tanto para atender às reivindicações de algumas associações civis quanto para projetos sociais considerados importantes para a cidade. Grande parte das verbas necessárias para implementar estas ações foram retiradas da rubrica lixo, aquinhoada pelo governo com uma dotação excessiva, segundo os membros do G5. Não se deve esquecer também que as emendas foram aprovadas por unanimidade pela câmara de vereadores. É por esse fato que a simples proposta de remanejamento de verbas feita pelo executivo é um desrespeito enorme para com o poder legislativo. Como para a turma do amém (base parlamentar do governo: Lorram, Messias, Felipe, Joice e Leandro)- pré-paga com cargos e outras benesses- o rebaixamento do poder legislativo não tem a menor importância, a proposta deverá ser aprovada por 5 a 4. Note-se que o projeto “Viajar é Preciso” é de autoria do vereador Felipe Lopes. Viajar não é mais preciso, vereador? E o projeto “Buzinho”, do vereador Lorram. Vais votar contra, vereador? 2012 vem aí!
Para que a população fique informada do estupro legislativo que será perpetrado no dia 8 de outubro, às 18:00 horas, vamos mostrar de onde se pretende tirar dotações importantes que, inevitavelmente, trarão um rebaixamento na qualidade de vida da população de Búzios:
1) "Deslocamento do governo para os bairros" – R$ 40.000,00.
2) "Instituir o projeto Rota da Escravatura" – R$ 20.000,00.
3) "Manutenção da Escola Vila Lobos" – R$ 40.000,00.
4) "Manutenção dos Conselhos Educacionais" – R$ 3.000,00.
5) "Construção de auditórios e bibliotecas nas escolas municipais" – R$ 30.000,00.
6) "Construção da quadra poliesportiva na Escola Ciléia Barreto" – R$ 100.000,00.
7) "Ampliação da Escola Eulina de Assis Marques (São José)" – R$ 50.000,00.
8) "Projeto 'Viajar é preciso' ” – R$ 19.200,00.
9) "Manutenção da informática na educação" - R$ 5.000,00.
10) "Fornecimento de merenda" – R$ 15.000,00.
11) "Manutenção do serviço de iluminação pública" – R$ 100.000,00.
12) "Infraestrutura operacional da guarda municipal" – R$ 10.000,00.
13) "Drenagem Travessa Clotildes (Cem Braças)" – R$ 50.000,00.
14) "Instalação do sistema de capitação (sic) e drenagem próximo da Escola Antônio Alípio" – R$ 350.000,00.
15) "Padronização das calçadas no Centro da cidade" – R$ 80.000,12.
16) "Obras no Alto da Boa Vista" – R$ 245.000,00.
17) "Regularização fundiária" – R$ 290.000,00.
18) "Associação de atletismo" – R$ 4.000,00.
19) "Associação Búzios Craw" – R$ 4.000,00.
20) "Associação de Taekendo" – R$ 4.000,00.
21) "Manutenção Bolsa Atleta" – R$ 30.000,00.
22) "Manutenção das atividades da categoria amador" – R$ 78.810,00.
23) "Coordenar eventos esportivos"– R$ 10.000,00.
24) "Promover campeonatos inter-escolares" – R$ 10.000,00.
25) "Construção da áreas de lazer com quadra poliesportiva na Vila Caranga" – R$ 100.000,00.
26) "Manutenção da escolinha de Beach Soccer" – R$ 20.000,00.
27) "Manutenção da escolinha de Futsal" – R$ 5.000,00.
28) "Manutenção da escolinha de Volêi" – R$ 10.000,00.
29) "Manutenção de projetos de apoio ao esporte e lazer" – R$ 10.000,00.
30) "Lanche nas atividades desportivas" – R$ 5.000,00.
31) "Projeto Buzinho" – R$ 30.000,00.
32) "Capacitação de recursos humanos (secretaria de turismo)" – R$ 5.000,00.
33) "Implantação e manutenção do site da secretaria de turismo" – R$ 1.000,00.
34) "Realização de palestras e seminários (secretaria de desenvolvimento social)" – R$ 10.000,00.
35) "SINE- (emprego - secretaria de desenvolvimento social)" – R$ 10.000,00.
Este estupro legislativo anunciado pelo prefeito Mirinho Braga revela a verdadeira face do nosso desgoverno municipal: um desprezo imenso pela cultura, um grande desamor por livros e bibliotecas, insensibilidade com a escola de música, medo da participação popular e o caráter antipopular e antidemocrático da sua gestão. Enfim, um desgoverno que mostra no dia a dia que só se mantém no poder graças ao atraso que provoca no desenvolvimento econômico e social do município. No poder, só se sustenta se o atraso se perpetuar. É o desgoverno do atraso! Ou do Lixo! Ou um lixo de desgoverno!
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Domingo, 22.05.11
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Foto: Revista Cidade |
No dia 19 de maio foi realizada, no salão de recepção do Búzios Golf Club, a audiência pública de apresentação do EIA-RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) do projeto de expansão do complexo da Marina Porto Búzios. Falou pela empresa PDG- proprietária da Klabin Segal- o engenheiro Pedro Bulhões que disse que o conceito de empreendimento é o mesmo do Port Grimaud, que nada mais é do que a "revitalização do projeto da Marina Porto Búzios da década de 70 do velho Modiano".
O Projeto de Modiano baseava-se no tripé Golfe, Marina e Aeródromo. A Marina existente será revitalizada pela BR Marinas passando a ter 700 vagas. O bairro será reurbanizado e os serviços náuticos serão melhorados e incrementados. O aeroporto será refeito: dezenas de hangares serão construídos. O campo de golfe será reformado para receber torneios internacionais.
O empreendimento será implantado em terreno de 6 milhões de m²: marina (836.000 m²) e expansão (2.048.000 m²); golfe (2.579.000 m²); e aeroporto (588.000 m²). Serão gastos 300 milhões de reais em ruas, canais, esgoto e drenagem. Calcula-se que sejam criados 2.700 empregos diretos e 5.000 indiretos, gerando uma massa salarial de 32 milhões de reais ao ano. Acredita-se que o caixa da prefeitura seja incrementado em 12 milhões de reais de impostos por ano.
O projeto de expansão do Complexo da Marina Porto Búzios não é um empreendimento qualquer. É um mega negócio que mudará o eixo de crescimento da cidade, da península para o continente, criando um novo bairro. Segundo o prefeito Mirinho Braga é como se estivéssemos "planejando uma outra cidade". É por isso que o projeto precisa de uma avaliação muito mais detalhada. Não se pode cometer erros como os que foram cometidos na parte peninsular. Mesmo na parte continental, temos a experiência negativa do Breezes. Basta ver a página 6 do JPH desta semana onde trabalhadores buzianos são convocados pela empresa por abandono de emprego.
É preciso que se seja muito sectário para não reconhecer que, de imediato, o projeto traz benefícios para o bairro. A empresa PDG deve começar em junho a obra de recomposição dos enrocamentos na entrada do canal e fazer uma dragagem reparativa do canal, acabando definitivamente com o assoreamento dele. Já tem licença do INEA para tanto.
Mas motivo sérios de preocupação não faltam. Vejamos a seguir:
1) A questão da mistura da água doce com a água do mar.
Se existe água doce nos alagados, como é que fica o ecossistema local com a criação de canais navegáveis com água do mar?
2) A questão da impermeabilização do solo.
Até mesmo o prefeito mostrou-se preocupado com as águas que escoam de Cem Braças e que vão desaguar naquela bacia.
3) A questão das áreas públicas.
Se os canais funcionam como ruas e, portanto, são públicos, quais as áreas que serão doadas ao município, como ocorre em qualquer loteamento? Segundo o prefeito isso será resolvido com algum ajuste na Lei do Parcelamento (por ser legislação muito antiga). Será?
4) A questão dos impactos.
Como é que a alteração do relevo pode ser considerada positiva?
5) A questão da hidrogeologia.
Vai ser usada água subterrânea no empreendimento? Poços artesianos?
6) A questão dos alagados.
Como é que ficam as aves migratórias atraídas pela reserva de água doce que a área de alagados apresenta?
7) A questão de taxa de ocupação.
As taxas de ocupação dessas áreas (30% ou menos) segundo os diversos zoneamento (ZCVS 7,5; ZE 10A; ZE 30; ZOC 25 e ZR 30) serão respeitadas?
8) A questão saneamento básico: a água.
Como é que a Prolagos vai fornecer água para mais 6 mil pessoas (considerando 3 pessoas por casa nas 2.016 que serão construídas) se ela não consegue abastecer adequadamente toda população buziana? Será usada água subterrânea?
9) A questão do saneamento: o esgoto.
Se o efluente não vai mais ser jogado em área do emprendimento (canal da Marina) para onde é que ele vai? Rio Una, como já foi aventado? Se o tratamento do esgoto vai deixar de ser primário assistido passando para terciário, muito mais caro, quem é que vai arcar com o novo custo?
Nesta questão, a audiência pública revelou que um crime ambiental está sendo cometido a longo tempo e nada é feito. Tanto o empreendedor quanto o funcionário do INEA afirmaram que o que sai no canal é esgoto puro. Isso é crime. Quem é o responsável? O ex-secretário de planejamento, George Clark, presente à audiência, negou que tenha autorizado o despejo do esgoto da Prolagos no canal da Marina. Quem autorizou? O prefeito Mirinho Braga? O senhor Luiz Firmino do CILSJ- ardente defensor do sistema de coleta a tempo seco?
10) A questão do emprego.
Olhemos a experiência do Breezes. Para conquistar corações e mentes favoráveis ao empreendimento prometeu mundos e fundos para a população da área, inclusive fazer o tratamento de esgoto de todo bairro de Cem Braças e Tucuns. Nada foi feito. Hoje- basta ler os jornais- trabalhadores buzianos estão abandonando a empresa por receberem salários de fome. A história parece que vai se repetir. A PDG também promete capacitar a mão de obra local para os 2.700 empregos diretos. Capacitação no IFF é mentira deslavada porque mais de 50% da mão de obra da Rasa (e de Búzios) não tem o primeiro grau completo. E a admissão no Instituto Federal (nível de 2º grau) se dá por concurso. Hoje, só um ou outro estudante de Búzios consegue uma vaga lá. O que vamos ter mesmo- e a história do Breezes se repete como farsa- é trabalhador da construção civil ocupado, temporariamente, durante o período inicial das obras do empreendimento. Depois de pronto, bye bye, ou salário de fome, porque a mão de obra não qualificada é abundante.
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Sábado, 23.04.11
O modelo de desenvolvimento econômico e político posto em prática em Búzios, se não sofrer nenhuma modificação de percurso no curto prazo, inevitavelmente levará o município à ruína. Na economia, continuamos com o modelo de desenvolvimento insustentável baseado no tripé royalties, turismo predatório e construção civil. Nada de se procurar uma matriz econômica alternativa. Vários municípios da região ensaiam novos caminhos já há algum tempo: a Zona Especial de Negócios em Rio das Ostras; o Polo Têxtil de Cabo Frio; o projeto Minha Casa Meu Trabalho em Araruama; o Polo de Distribuição em São Pedro da Aldeia; e o Polo industrial em Saquarema.
E Búzios, nada. Nosso míope prefeito (assim como o anterior) continua acreditando que o turismo de qualidade por si só conseguirá gerar trabalho e renda para uma população de quase 30 mil pessoas. Ledo engano. Pior do que isso: em vez de se conseguir qualidade, estamos cada vez mais aumentando a quantidade de turistas de baixa qualidade que está arrebentando a frágil infraestrutura da cidade na parte peninsular.
Na esfera política, o grande capital especulativo imobiliário (entesourador de terras e construtoras) reina à vontade. Dividem-se em duas frações, uma pró Mirinho e outra pró Toninho. Dominam o executivo e raramente têm seus interesses contrariados na câmara de vereadores. Em determinadas ocasiões, quando necessário, chegam a ter uma bancada à sua disposição.
Nesse quadro político, o prefeito de plantão se equilibra entre seus financiadores e as tradicionais famílias buzianas (nativos) que detêm os votos. Já se elege pensando na reeleição. Para conseguir isso precisa atender à demanda dos grandes proprietários de terras, quase sempre com prejuízo ambiental para a cidade, e saciar a fome de emprego das grandes famílias. Parece até que não é o prefeito que tem o poder de empregar. Os verdadeiros empregadores parecem ser as grandes famílias que também elegem os vereadores. Estes, por sua vez, também pressionam por empregos para os seus. Resultado: o prefeito gasta quase todo seu orçamento com a folha de pagamento e manutenção da máquina pública, não sobrando quase nada para investimento. Fica de mãos atadas. E a cidade desce ladeira abaixo. Como não se investe em infraestrutura e na construção de um modelo econômico alternativo não se consegue gerar empregos suficientes, mantendo a pressão por empregos na prefeitura. É o círculo vicioso nada virtuoso. Que não se espere um bom final desse processo.
É possível que hoje- depois de dois governos desastrosos- uma parcela considerável de nativos tenha percebido que a vaca está indo pro brejo ou que, até mesmo, já esteja no brejo. Também é possível que os não-nativos tenham percebido que precisam se mobilizar para participar do processo eleitoral para sair desse quadro de estagnação. Essa é a única forma de salvar a cidade. Chega de INHO.
Observação: este texto foi escrito por sugestão do meu amigo Sena a partir da leitura do excelente editorial “É cada um por si” do Jornal O Peru Molhado, escrito pelo meu amigo Sandro Peixoto.
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