"Em sua primeira edição e com periodicidade anual, o IFGF traz dados de 2010 e informações comparativas com os anos de 2006 até 2009. O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional.
O indicador considera cinco quesitos: IFGF Receita Própria, referente à capacidade de arrecadação de cada município; IFGF Gasto com Pessoal, que representa quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal, medindo o grau de rigidez do orçamento; IFGF Liquidez, responsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte; IFGF Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à receita líquida, e, por último, o IFGF Custo da Dívida, que avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores.
Os quatro primeiros têm peso de 22,5% sobre o resultado final. O IFGF Custo da Dívida, por sua vez, tem peso de 10%, por conta do baixo grau de endividamento dos municípios brasileiros.
O índice varia entre 0 e 1, quanto maior, melhor é a gestão fiscal do município. Cada município é classificado com conceitos A (Gestão de Excelência, acima de 0,8001 pontos), B (Boa Gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,4001 e 0,6) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 pontos).
Em sua estreia, o IFGF avaliou 5.266 cidades brasileiras, onde vive 96% da população. Dos 5.565 municípios do país, 297 não apresentaram seus dados fiscais ao Tesouro Nacional até o fechamento do trabalho, em setembro do ano passado". Oito são do Rio de Janeiro. Dois da Região dos Lagos: Arraial do Cabo e Cabo Frio.
Armação dos Búzios teve o pior desempenho. Obteve apenas 0,5732 pontos (conceito C), ficando em 64º lugar no ranking estadual e 2285º no nacional. São Pedro da Aldeia obteve o mesmo conceito (C) com 0,5816 pontos (61º no estado e 2162º no país).
Apenas Rio das Ostras obteve conceito A (0,8284 pontos). É a segunda colocada no Estado do Rio e a 46ª do país. Só perde para Itaguaí, a primeira colocada no estado (44ª nacional).
Araruama e Iguaba Grande obtiveram nota B. A primeira teve 0,699 pontos (20ª do estado e 711ª no país). A segunda, 0,6949 pontos (23ª e 757ª, respectivamente).
Armação dos Búzios obteve nota C (gestão em dificuldade) na avaliação geral, principalmente, pela nota D (0,3543, gestão crítica) obtida no quesito "investimentos", pior desempenho entre todos os municípios da Região. São Pedro da Aldeia teve nota C, Araruama, B, e Iguaba Grande e Rio das Ostras, A.
Em "gastos com pessoal", Armação dos Búzios (0,5482) só teve desempenho melhor do que São Pedro da Aldeia (0,4753) e Iguaba Grande (0,5245). Perdeu para Araruama (0,6034) e Rio das Ostras (1,0).
Proporcionalmente, a "receita própria" de Búzios (0,503) só é superior à de Rio das Ostras (0,2614) e de Iguaba (0,4929). O que caracteriza gestão em dificuldade.
O índice de "liquidez" de Búzios (0,7551) só supera o de São Pedro (0,7288).
Finalmente, em relação ao "custo da dívida", Búzios (0,8704) só perde para Rio das Ostras (0,9653), mostrando que é uma falácia as supostas dificuldades enfrentadas por este governo pelas dívidas deixadas pelo governo Toninho.