Vereador Lorram faz uso da Tribuna da Câmara de Vereadores de Búzios em solidariedade aos pescadores que tiveram suas redes queimadas em ação truculenta da Guarda Marítima Ambiental de Búzios e do IBAMA.
Meu comentário:
Ao se solidarizar com os pescadores buzianos vítimas da ação truculenta da Guarda Marítima Ambiental de Búzios e de fiscais do IBAMA, o blog de forma alguma está defendendo possíveis ilegalidades cometidas por eles. Se houve pesca ilegal durante o defeso da sardinha que as redes sejam apreendidas e os pescadores penalizados. O que não concordamos, na mesma linha do discurso do Vereador Lorram, é que suas redes sejam queimadas ou cortadas, como já ocorreu.
Comentários no Facebook:
Ricardo GuterresDeveria ter feito isso a mais tempo.....as redes de espera são as principais causas de morte das tartarugas e são um perigo a navegação......se conta nos dedos os pescadores que vivem da pesca em Buzios...o resto é caseiro querendo se divertir.....
Anos 1970: Pescador buziano Abílio Maximiano Alegre já advertia para o risco do pescado desparecer de nossas costas por causa da pesca de arrastão (profundidade) e de traineira (superfície).
Búzios, 19 anos, logotipo oficial, Prefeitura de Búzios
Anos 1960: Uma comissão de moradores de Búzios pede ao Secretário de Segurança Pública, Sr. Edésio da Cruz Nunes, que destitua o subdelegado da cidade, Sr. Natividade, por ter se tornado uma ameaça para os moradores do povoado depois que "descarregou toda a carga do seu revolver" nos pescadores Atil dos Santos Correa e Leopoldo Francisco da Silveira.
Búzios, 19 anos, logotipo oficial, Prefeitura de Búzios
Anos 1960: O barco pesqueiro Visconde de Rio Branco que desapareceu em alto mar teria, segundo o Sindicato dos Pescadores, tripulação clandestina. Dos treze a bordo, apenas três seriam sindicalizados. Entre eles, Lauro Antunes Fernandes, filho de Amadora Maria Rodrigues, residentes em Armação dos Búzios.
Anos 1950: o desaparecimento da "indústria da baleia". A reportagem nos informa que a "cabeça da baleia é um depósito de óleo e os seus intestinos acumulam um âmbar cinzento, substância rara, de muito valor, usado para fixar perfumes". Tripulação do barco "Santiago" que caçou a baleia: 1) Adelfo Márcio de Oliveira 2) Adolfo, irmão de Adelfo 3) Pescador Joaquim Carvalho Santana 4) Escrivão Nanau 5) Comerciante Délio de Carvalho 6) Sargento de polícia jaime de Araújo 7) Carcereiro Alberio Gomes da Costa 8) Delgado Pastor
Anos 1950: Barco "Praça 15" com pescadores de Búzios pega fogo em alto mar e afunda. Um dos pescadores buziano- João Jorge de Carvalho- morre afogado. Tripulação do barco: 1) Benedito Corrêa - piloto 2) Veli Antônio de Azevedo 3) Manuel Félix Pereira 4) José Bezerra da Silva 5) José Jorge de Carvalho
Anos 1950: O misterioso caso do submarino visto por pescadores na praia João Fernandes. A suspeita de que "agentes vermelhos" teriam entrado clandestinamente no Brasil pela praia de Búzios.
Eduardo José da Silva, chefe da agência dos Correios e Telégrafos de Búzios, declarou que "na noite de 8 de maio de 1953, entre 23 e 24 horas", quando pescava na praia de João Fernandes, no trecho conhecido como Ponta do Criminoso, em companhia do pescador José Gonçalves de Faria, mais conhecido como Zeca, viu, de repente, surgir um grupo de 12 homens vindos do mar. "O mais alto do grupo, um homem louro e forte", depois de perguntar, "com um carregado sotaque estrangeiro", o que faziam ali, "autoritariamente, mandou que se retirassem, acrescentando que a noite não estava propícia à pescaria".
Quando voltava para casa em seu barco "Fé em Deus", Zeca viu que alto do morro do Sarraio, um dos homens do grupo fazia sinais com um holofote para o que ele pensou ser um submarino. Não pode precisar porque anoite estava bastante escura.
Zeca enviou um ofício ao Senhor Inácio Bezerra de Menezes, diretor dos Correios e Telégrafos de Niterói. Também comunicou o fato ao 1º Tenente Francisco Alves da Silva, da agência da Capitania dos Portos de Cabo Frio. Como não fora tomada nenhuma providência, em 29 de agosto de 1953, com o Aviso nº 34, comunicou o fato ao Ministro da Marinha, Almirante Renato Guilhobel, que designou um funcionário do estado maior da Armada para fazer investigações.
A partir das matérias relativas ao "sensacional episódio" ficamos sabendo que em 1953 Búzios tinha 300 casas e 4.000 moradores.
Anos 40: Misterioso caso de guerra envolve até a polícia política de Vargas.
-Barco de guerra inglês intercepta barco alemão "WAKAMA" próximo ao Cabo de São Tomé. Logo após a interceptação a própria tripulação do "Wakama" incendeia o barco e o põe a pique. Três baleeiras do barco foram abandonadas em alto mar.
- Em uma das baleeiras foram encontrados documentos pertencentes a Joseph Argos, alemão de 42 anos, residente em Santa Catarina, casado com uma brasileira. Segundo seu sobrinho, Eduardo Argos, ele veio para o Rio de Janeiro onde embarcou no "Wakama" com destino à Alemanha.
- A tripulação do iate "Leão" quando iam de Macaé para Cabo Frio para carregar o barco de sal, próximo a Búzios, avistou uma das baleeiras abandonadas do "Wakama". Quando estavam a rebocando "uma onda mais forte invadiu a baleeira, perdendo-se tudo o que havia em seu interior". Não se sabe o que a baleeira estava transportando, mas o Wakama carregava uma "pequena fortuna": Café, Pasta de Linhaça e Banha em larga escala.
-O negociante Jacomo Tardelli comunica à Capitania dos Portos que tem em mãos uma carta de seu irmão Domingos Tardelli Filho na qual três pescadores buzianos (Manoel Gonçalves, Domingos Gonçalves e Colotário Araújo) afirmam que viram um navio flutuando na altura da Ilha do Âncora, a uma hora de distância de Búzios. Funcionários da Capitania dos Portos acompanhados de agentes da da Ordem Política e Social seguiram para o local.