Sábado, 02.03.13
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Vendedores de passeio de escuna na Câmara dia 21 |
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Taxista maritimos e terrestres na Câmara dia 26 |
Nestes últimos dias a Câmara de Vereadores de Búzios foi palco de protestos de diversas categorias profissionais do segmento turístico da cidade. Na quinta (21), os vendedores de passeios de escuna reivindicavam o direito de trabalhar depois que foram proibidos de vender passeios nas ruas próximas ao Pier do Centro. Na terça (26), os taxistas maritimos defendiam justamente o contrário: que o governo mantivesse os vendedores fora das ruas, principalmente das próximas ao Pier. Juntaram-se a eles outra categoria de taxistas- os terrestres- pedindo que se coibisse a atuação dos taxis piratas no munícipio.
Nunca conseguiremos o ordenamento desejado da cidade enquanto prefeitos e vereadores praticarem a atual política clientelista herdada dos Inhos. Sempre se usa o argumento de que "eles precisam trabalhar", são pais de família. A política clientelista sempre dá um jeitinho de se burlar a legislação. Para não perder voto, danem-se as leis. O que o Prefeito municipal precisa fazer é criar um mini-distrito industrial atraindo empresas e um polo universitário como fez Rio das Ostras. O turismo sozinho, em uma cidade com mais de 30 mil habitantes, não consegue mais gerar empregos pra todos. A quantidade de empregos formais gerados no mini-distrito permitiria desafogar as pressões pela ilegalidade dos que hoje vivem na informalidade. Os prefeitos anteriores, os dos Inhos, nunca tentaram a empreitada, apesar de defender a ideia em palanque- por sinal, proposta presente também em nosso Plano Diretor em vigor- por incompetência e necessidade de manter o povo no atraso. Não interessava a eles que o povo entrasse na legalidade e tivesse independência econômica, não necessitando mais dos empregos públicos de favor ou que se fizesse vista grossa em relação às atividades informais. Iam se eleger como?
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Terça-feira, 15.03.11
Parabéns ao prefeito Mirinho Braga por ter resolvido o problema dos navios em Búzios. Em reunião na sede do INEA (Instituto do Meio Ambiente), no dia 11 de março, ficou decidido que o município irá receber, na próxima temporada, apenas dois transatlânticos por vez, e não quatro, como vinha sendo feito. Participaram da reunião: Mirinho Braga, prefeito; Minc, secretário estadual de ambiente; Adriana Saad, secretária de meio ambiente de Búzios; Lorram, vereador de Búzios; Chita, presidente da Colônia Z-23 de Búzios; e Walter Eduardo Bombarda, capitão de Mar e Guerra.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, "acrescentou que, mesmo nesses dois pontos de fundeio, normas rígidas terão de ser seguidas".
-"Não será permitido o uso de âncoras para segurar os navios, e sim de bóias" (O Globo, 15/03/2011).
O objetivo da medida é não afetar os corais com as âncoras e não prejudicar a balneabilidade com o revolvimento do fundo do mar.
O elogio vai pela metade porque o prefeito tomou a medida correta mas de forma errada. Como é que ele decide sobre um assunto tão importante para a cidade e não convoca os comerciantes, o dono do Porto Veleiro, a Associação Brasileira de Terminais de Cruzeiros Marítimos, os moradores dos Ossos e da Armação? E porque não todos os moradores da cidade? Por que não fazer audiência pública? Aposto que a maioria da população seria favorável à decisão tomada. Por que o medo do debate?
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Quinta-feira, 06.01.11
Um transatlântico incomoda muito a gente.
Dois transatlânticos incomodam muito mais.
Três transatlânticos incomodam muito a gente.
Quatro transatlânticos incomodam muito mais.
Dia 30 de dezembro de 2010 Búzios recebeu quatro navios de uma só vez em um único píer, o Porto Veleiro. Segundo Sandro Peixoto, testemunha ocular, “foi um pandemônio” (OPM, 30/12/2010). De acordo com o proprietário do Porto, senhor Cadu Bueno, essas paradas já estavam previstas no contrato que assinou com a empresa responsável pelos navios.
Assim que assumiu o governo, o senhor Mirinho Braga em entrevista à Revista Cidade, em janeiro de 2009, afirmou: “Eu acho que o governo permite ou não permite as coisas. Nós não podemos admitir a chegada de três transatlânticos ao mesmo tempo. Os navios são importantes para o comércio do Centro sim... Mas nós temos que ter regras. A primeira delas é dizer que três transatlânticos na orla Bardot, no mesmo dia, na mesma hora, não pode. Não vamos permitir, porque não cabe.”
Quem manda na cidade? Se o prefeito diz que não pode três navios, como é que o senhor Cadu assina contrato prevendo quatro?
Parece que quem manda no mar de Búzios é o senhor Cadu Bueno. Além de por no mar quantos navios quiser, até hoje- 4 meses após a paralisação da obra de expansão de seu cais- “o paliteiro de tubos cravados no solo de Búzios”, segundo as palavras do secretário Ruy Borba, continua lá, mesmo que o prefeito tenha exigido à época que “fossem de imediato retirados os tubos cravados no fundo do mar, até mesmo para não colocar em risco a segurança no local” (JPH, 10/09/2010). A exigência do prefeito entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
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